O técnico Adilson Batista resolveu ontem dar folga ao veterano Rivaldo, 39. E não se arrependeu da decisão.

Em partida fraca tecnicamente, Cícero, substituto do meia, marcou duas vezes e deu a vitória ao São Paulo no palco de sua eliminação na Copa do Brasil deste ano.

A vitória por 2 a 1, em Florianópolis, fez a equipe se aproximar da liderança. Beneficiada pelo tropeço do antigo líder, o Corinthians, está só dois pontos atrás do Flamengo, novo primeiro.

Rivaldo, poupado após ser titular das últimas seis partidas, havia sido protagonista da última visita são-paulina ao Avaí, três meses atrás.

Ele nem foi a campo na derrota que tirou o clube da Copa do Brasil, mas reclamou das poucas oportunidades que recebia e criou uma crise com o então técnico da equipe, Paulo César Carpegiani.

Ontem, Adilson Batista promoveu a estreia de João Filipe. O zagueiro era reserva do Botafogo, foi contratado na sexta-feira, pouco treinou no sábado e já começou no novo clube como titular.

Tudo porque era a única opção para formar uma dupla de zaga com Rhodolfo.

Os outros três beques do elenco estão fora de ação, e os dois atletas que poderiam ser improvisados (Rodrigo Caio e Iván Piris) tampouco tinham condições de atuar.

O novo beque não comprometeu, apesar de um ou outro lance mais estabanado.

Após um primeiro tempo chato, praticamente sem chances de gol para nenhum lado, o Avaí buscou a pressão no início da segunda etapa. E conseguiu abrir o placar.

Aos 15min, William aproveitou lance confuso dentro da área adversária e, com um chute mascado e fraco, conseguiu passar por Rogério.

Mas, rapidamente, Cícero deu o troco e definiu o décimo triunfo do time paulistano em 15 jogos no Brasileiro.

Primeiro, com a cabeça. O meia aproveitou escanteio, ganhou da defesa rival e subiu para empatar a partida.


Foto: Agência Lance

Depois, fez papel de centroavante em jogada criada pelo único atacante nato do time, Dagoberto. Recebeu o passe e deu um bonito toque por cima do goleiro Felipe.

Com vantagem no marcador, restou ao São Paulo segurar a pressão final exercida por um adversário que está na zona de rebaixamento.