Contratado no último dia da janela de transferências para a Europa, o meia argentino Marcelo Cañete foi, enfim, apresentado pelo São Paulo.

Mas, apesar de ter custado US$ 3 milhões (cerca de R$ 4,6 milhões) aos cofres do clube, o ex-atleta do Boca Juniors e da Universidad Católica ainda não tem vaga garantida no time titular.

A princípio, o meio-campista de 21 anos disputará posição na equipe com Lucas e Rivaldo. Outra alternativa seria utilizá-lo como terceiro volante. Porém, Casemiro, revelado na base do São Paulo e convocado para defender a seleção brasileira no Mundial Sub-20, é titular absoluto da posição.

Ciente das dificuldades, Cañete elogiou bastante o Tricolor durante sua primeira entrevista coletiva no clube e prometeu trabalhar intensamente para conquistar o seu espaço.

"Estou muito feliz por chegar ao São Paulo, um time mundialmente conhecido e um dos mais fortes da América do Sul. A partir de agora, tenho de correr atrás da posição e espero que minha adaptação seja a mais rápida possível", afirmou.

Para o torcedor são-paulino que não conhece o futebol do novo reforço, o próprio Cañete falou sobre suas qualidades. "Gosto de controlar a partida. Procuro conduzir a bola até os atacantes e também costumo chutar bastante em direção ao gol adversário", comentou.

Durante a última Taça Libertadores, Cañete foi um dos destaques da Universidad Católica na competição e despertou o interesse da diretoria tricolor. Após a equipe chilena ser eliminada pelo Peñarol nas quartas de final, o São Paulo iniciou a negociação com o Boca Juniors, então dono dos direitos econômicos do armador.


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Parado desde o dia 28 de maio, quando disputou seu último jogo pela Universidad Católica, Cañete pretende treinar forte para estar logo à disposição do técnico Adílson Batista.

"Eu joguei até a semifinal da Copa do Chile e, depois, fiquei parado. Pelo que já conheço, sei que o plantel tem muita qualidade. Tenho de mostrar muita luta e convencer o treinador do que posso fazer. Chego para buscar meu espaço. Logo, estarei à disposição", prometeu.

Por fim, o novo reforço rasgou elogios ao goleiro Rogério Ceni. "É um grande goleiro, diferente de todos os outros. Ele faz gols. Isso não é normal para um goleiro. É necessário ter gente como o Rogério no plantel, que mostre respeito e ordem. Fico contente por ter um companheiro como ele", encerrou.

Adílson aposta em vídeo para arrumar o time
Preocupado com os erros cometidos pelo São Paulo no empate com o Atlético-GO, no sábado, o técnico Adílson Batista pediu para seus jogadores chegarem mais cedo ao treinamento de ontem, no CT. Com pouco tempo para arrumar o time - o Tricolor enfrenta amanhã o Coritiba, fora de casa, e no domingo o Vasco, no Morumbi -, Adílson passou um vídeo com as principais falhas do São Paulo na partida contra a equipe goiana.

"Chegamos um pouco mais cedo para ver o vídeo. O Adílson mostrou lances do jogo e falou sobre a nossa desatenção nos dois gols do Atlético-GO. Foi tudo conversado para podermos corrigir os erros dentro de campo", explicou Wellington.

De acordo com o volante, a utilização do vídeo é uma novidade para os atletas do clube. O técnico anterior, Paulo César Carpegiani, não tinha esse costume.