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Com Rivaldo fica mais fácil

Não dá para entender os motivos de Rivaldo ter ficado tanto tempo esquentando o banco no São Paulo. Não que ele seja o Salvador da pátria da equipe neste Campeonato Brasileiro, mas é inegável a qualidade que dá ao meio de campo do time. Ontem, na vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, o experiente atleta provou que tem bola para ser titular.

Rivaldo foi o principal destaque do São Paulo contra o Cruzeiro (Foto: Tom Dib)

“O importante foi a vitória. Fico feliz de entrar como titular aqui no Morumbi e estou feliz também pela minha atuação”, disse o jogador, que iniciou a jogada do primeiro gol e deu o passe para o segundo.
Logo no início, numa das primeiras bolas que pegou, ele deu lançamento perfeito para Marlos – a bola cruzou o campo da esquerda para direita e chegou no pé do companheiro. Marlos entrou na área em velocidade e cruzou, mas Fábio foi mais esperto e evitou o perigo.

Apesar dos 39 anos, Rivaldo também esbanjou fôlego. Corria para os dois lados do campo, defendia e atacava, e chamava a responsabilidade das jogadas. Tanto que seus companheiros sempre o procuravam para iniciar qualquer lance. A bola passava pelos pés do meia e voltava redonda.

E foi assim que nasceu o gol do Tricolor, numa jogada que não é ensaiada, e que apenas ocorre quando jogadores inteligentes participam. Aos 20, Rivaldo deu um lindo lançamento para Marlos, nas esquerda. O jogador pegou a bola, esperou Rivaldo chegar e tabelou com o craque. Saiu na cara do gol e preferiu tocar por cima de Fábio, deixando Dagoberto sozinho para empurrar para o fundo das redes.

“Nossa tabela deu certo, o Marlos é um grande jogador e deu o gol de bandeja para o Dagoberto”, disse Rivaldo, mostrando mais uma de suas qualidades: a humildade. Mesmo já tendo sido eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa em uma oportunidade, ele passou meses no banco e sempre treinou com o mesmo empenho.

Quando chegou ao Tricolor, ganhou a camisa 10 do presidente Juvenal Juvêncio e garantiu que estava em forma para atuar por mais um ou dois anos no clube. Só que o técnico demitido neste semana, Paulo César Carpegiani, nunca engoliu a contratação do meia. E raramente colocava Rivaldo como titular. A última vez que ele havia entrado entre os 11 foi em 17 de abril, no empate por 1 a 1 com o Oeste.

Desde então amargou a reserva. “Claro que a gente sempre quer oportunidade, mas foi opção dele. Agora não adianta falar dele, temos de falar do presente”, disse Rivaldo.

Quando o São Paulo foi eliminado pelo Avaí, na Copa do Brasil, Rivaldo mostrou todo o seu descontentamento com Carpegiani e chegou a dizer que estava sendo humilhado. Continuou na reserva, mas com a queda do comandante, virou titular após um treino de Milton Cruz. Ontem, ele provou que só Carpegiani não enxergava as qualidades.

A torcida pedia fazia tempo a entrada de Rivaldo no time. E logo que foi anunciada sua escalação, a massa comemorou. Ovacionou o craque novamente quando, aos 46 segundos da etapa final, ele deixou Marlos na cara do gol para fazer o segundo. Todos abraçaram Rivaldo, reconhecendo seu talento. No final, ao ser substituído aos 44 minutos para a entrada de Dener, a torcida aplaudiu o meia de pé. Ele, enfim, teve seu talento reconhecido. “Quero estar no grupo e participar. Se estou aqui é porque tenho lenha para queimar.”

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