Antes do clássico disputado no dia 27 de março entre São Paulo e Corinthians, o assunto era a possibilidade de o goleiro Rogério Ceni marcar o centésimo gol de sua carreira (pelas contas do atleta), o que acabou acontecendo na vitória tricolor por 2 a 1. Neste domingo (26), no Pacaembu, as duas equipes voltam a se encontrar, desta vez pelo Campeonato Brasileiro, e o capitão do único time com 100% de aproveitamento na competição pode alcançar, “de novo”, a marca histórica contra o rival.


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A explicação para o fato é simples: a Fifa não contabiliza dois gols marcados por Rogério Ceni em amistosos. Por isso, o camisa 1, que marcou seu 101º gol (ou 99º?) contra o Noroeste, poderá alcançar novamente a marca histórica na partida contra o arquirrival, que também está invicto na competição nacional, na terceira colocação, e com um jogo a menos disputado.

Passar novamente pela experiência de ver o arqueiro festejando uma marca histórica não parece preocupar, ao menos no discurso, os corintianos. O atacante Willian, que na ocasião começou o clássico como reserva, mas formará dupla de ataque titular neste encontro com cara de “déjà-vu”, foi bem claro.

- Ele tem qualidade muito grande para bater falta, mas não temos que ficar nos preocupando porque temos um grande goleiro [Julio Cesar], que está vivendo um momento muito bom. É só não dar bobeira e ficar fazendo faltas beirando a entrada da área.

O técnico Tite praticamente repetiu o discurso adotado antes do encontro pelo Paulistão e jogou para o lado são-paulino o dever de se preocupar com a possibilidade de o jogador marcar ou não mais um gol na carreira.

- Para mim, esse fato é secundário. Para ele e para o São Paulo é importante. Para mim, não. Dou méritos, mas o significativo aqui é o Julio Cesar, o Renan. O que penso é fazer um grande jogo e vencer.


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Para alcançar o objetivo, Tite terá força máxima disponível, com a volta do zagueiro Chicão ao lado de Leandro Castán no miolo defensivo. E está confiante em ver o time derrubar o único time 100% do torneio.

- Todos os jogos têm caráter decisivo. É importante a gente ficar nesse bloco da frente. Sinto os meus atletas com muita vontade.

O São Paulo também está com vontade de sobra e, mesmo sem contar com Lucas, principal jogador da equipe, não parece disposto a perder a série de cinco vitórias consecutivas na competição, recorde na era dos pontos corridos do Brasileirão.

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Prudente, o técnico Paulo César Carpegiani adotou a tática do mistério e não revelou quem ocupará a lateral esquerda do time, que não terá Juan e seu reserva imediato, Henrique Miranda.

O treinador negou, no entanto, que a melhor campanha sobre o rival credencie o Tricolor como favorito para vencer novamente o duelo.

- Favoritismo existe quando uma grande equipe joga contra uma equipe de menor expressão. Se o São Paulo ou o Corinthians jogarem dez vezes contra um time menor, vão ganhar oito. Isso é lógica. Em clássico não tem lógica, são duas equipes muito iguais.

Fernandinho, Ilsinho, Carlinhos Paraíba e Rodrigo Souto, de contrato renovado, lutam por duas vagas no time, enquanto Rhodolfo, contundido, deve ceder seu lugar para Bruno Uvini, destaque da seleção sub-20 do Brasil.

FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS X SÃO PAULO

Local: estádio Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 26 de junho de 2011, domingo
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Rodrigo Braghetto (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa-SP) e Vicente Romano Neto (SP)

CORINTHIANS: Julio Cesar; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo; Willian, Liedson e Jorge Henrique
Técnico: Tite

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Ilsinho (Fernandinho), Xandão, Rhodolfo (Bruno Uvini) e Luiz Eduardo; Wellington, Jean, Casemiro e Carlinhos Paraíba; Marlos e Dagoberto
Técnico: Paulo César Carpegiani


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