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Justiça manda CBF revogar asterisco do Flamengo

Ricardo Teixeira é mesmo fanfarrão. Depois que seu candidato Kleber Leite foi derrotado na eleição do Clube dos Treze, resolveu destruir a entidade. Semeou a discórdia entre os clubes. Distribuiu taças com 50 anos de atraso, tirou estádio da Copa, prometeu dinheiro para construir estádio e resolveu mexer no título brasileiro de 87, assunto enterrado há anos pela Justiça.

Maquiavélico, mandou a Caixa Economica Federal entregar a “Taça das Bolinhas” ao São Paulo. Juvenal caiu na arapuca. Acreditou na decisão do jurídico da CBF. Foi até a Caixa recebê-la. Na semana seguinte, o jurídico mudou sua decisão. Depois de 24 anos de “estudo” decidiu que o Flamengo foi campeão brasileiro de 1987, desrespeitando decisão antiga da Justiça, julgada em última instância.

Normal, Teixeira nunca se importou muito com Justiça. CPI então, ele tira de letra.

Não importa, RT queria mesmo rachar a força da oposição: São Paulo e Flamengo.

Quem viveu a história, ainda mais trabalhando como jornalista, vê o episódio como uma grande ironia do destino. Em 1987, descontentes com a CBF, os clubes de maior torcida resolveram organizar um campeonato com a TV Globo, patrocinado pela Coca-Cola. Clubes tradicionais, com grandes equipes, campeões brasileiros e estaduais, foram exlcuídos pelo critério comercial.

Não foi escolha pelo critério técnico, mas pelo “potencial do mercado consumidor”.

A TV Record foi excluida. Na época, a emissora tinha a melhor equipe de esportes da TV brasileira, ao lado da TV Bandeirantes. O canal transmitiu todos os jogos do campeonato organizado pela CBF, inclusive a final. A Copa União, organizada pelo Clube dos Treze, nasceu morta. Nunca foi reconhecida. A tentativa de criar uma Liga paralela não vingou. Os clubes de maior torcida foram obrigados a enfiar o rabo entre as pernas e continuar jogando o Campeonato Brasileiro, criado pela CBF em 1971.

Vinte a quatro anos depois, Globo e CBF estão juntas, parceiras no Brasileirão. O Clube dos Treze buscou parceria com a Record. E, para ganhar apoio político do Flamengo, Ricardo Teixeira resolveu dar ao Flamengo um título que a CBF entregou ao Sport Recife em 1987. Quem diria. Incrível a ironia do destino.

As parcerias políticas mudaram, mas a decisão da Justiça Comum não.

Easta semana, mais uma vez a Justiça confirmou que o título sempre foi do Sport Recife. A decisão do juiz da 2ª Vara da Justiça Federal, Francisco Alves, era esperada. A CBF não pode mudar a decisão. Se fosse na Câmara ou Senado, aí sim RT teria chances de negociação, afinal conseguiu barrar a CPI e liberar bilhões para a Copa do Mundo.

Aliás, o artigo 39 da MP 527 é um escândalo.

“Por este artigo, o governo transfere poder à Fifa e a seu agente no Brasil, Ricardo Teixeira, presidente do comitê organizador da Copa e da CBF, para alterar projetos e refazer preços de obras contratadas.”

Leia a matéria para entender:

http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/ultimas-noticias/2011/06/16/camara-aprova-mp-que-da-carta-branca-para-fifa-alterar-custos-de-obras.jhtm

É, Ricardo Teixeira continua mandando nos políticos brasileiros.

Na Justiça, por enquanto só o Lulla que conseguiu libertar o criminoso Battisti no STF.

Aliás, nem a Ditadura Militar conseguiu tal façanha de mudar uma decisão do Supremo.


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