Wellington (com o colete laranja, ao centro) tenta tocar na bola em treino do São Paulo

Importante para o São Paulo neste início de Campeonato Brasileiro, o camisa 28 tinha a expectativa de ser chamado para defender a equipe nacional de base.

O treinador brasileiro convocou quatro atletas são-paulinos, o zagueiro Bruno Uvini, o meio-campista Casemiro e os atacantes Willian e Henrique. O clube do Morumbi temia ceder um número maior de jogadores à seleção, o que poderia prejudicar mais a campanha no Nacional.

"Tenho um histórico de vitórias [na seleção], de jogar bem, de carregar a faixa de capitão. A expectativa era enorme, mas o Ney usou bom senso também. Não tem como convocar todos", disse o volante são-paulino para a Folha.

O jogador, que chegou a ser capitão da equipe de Ney Franco, sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo, rompeu o ligamento cruzado e levou cerca de oito meses para se recuperar. Agora, ele se sentia apto para retomar a braçadeira de capitão.

"Eu me sinto apto, mas ele [Ney Franco] é quem decide. É assim mesmo. Eu não tive nenhum contato com ele e não sei o que ele estava pensando nesse Mundial", falou o jogador. "Eu posso dizer que com apensa 20 anos, o momento da lesão foi o momento mais difícil da minha vida. Não é que atrapalhou, mas pode ser que tenha me atrasado um pouco", continuou.

Para Wellington, os seus quatro jogos pelo Nacional com São Paulo foram uma boa demonstração de que está recuperado.

"Eu não sai de campo nenhuma vez, fui bem, é um bom momento. Acho que isso demonstrou que eu voltei de uma lesão grave e voltei bem", falou.

Fora da seleção, Wellington disse que não está decepcionado, pois vive um bom momento no São Paulo.

"Eu já pensava nisto: se não for convocado, vou ficar feliz de qualquer jeito pela sequência boa que estou tendo aqui no São Paulo. Consegui a confiança do Paulo [César Carpegiani] e do grupo. Não tenho do que reclamar. Meu sonho era me firmar no time principal do São Paulo e eu estou indo muito bem."