A velocidade é a maior qualidade do São Paulo. A saída da defesa para o ataque, com Lucas à direita, Marlos à esquerda (acredite, Marlos foi o melhor do jogo!), o toque de bola é envolvente e difícil de parar. Tudo de primeira, em contra-ataques que lembram Dodô e Aristizábal, no time vice-campeão paulista de 1997. Não falemos de Muller e Careca, para não exagerar.

Nos primeiros 25 minutos do primeiro tempo, nos primeiros 20 da segunda etapa, essa foi a tônica do jogo. Não por acaso, o São Paulo fez seu primeiro gol aos 12 minutos, o segundo aos 16 da segunda etapa.

Mas só velocidade não resolve.
Quando o fôlego diminui, o Grêmio começa a tocar a bola no campo de ataque, com Fábio Rochemback esbarrando na marcação de Wellington no primeiro tempo. No segundo tempo, Rochemback teve mais espaço, jogou mais perto de Lins, que substituiu Neuton, bizarro na primeira etapa, passando Lúcio à lateral esquerda.

O Grêmio tinha Douglas colocado às costas de Rodrigo Souto, mas sem penetração. O gol saiu de bola parada, cruzada por Rochemback para Casemiro marcar contra.

Faltou Gabriel aparecer pelo lado direito, Lúcio participar mais pela esquerda, para que a bola chegasse a Júnior Viçosa.

A mistura da velocidade são-paulina e a falta de criatividade do meio-de-campo gremista resultou na quarta vitória do São Paulo, líder do Brasileirão. É a primeira vez na história que o time paulista ganha as quatro primeiras partidas.


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E a quarta vez na história dos pontos corridos de um time 100% em quatro rodadas. O Botafogo e o Fluminense de 2005, o Inter de 2009 e agora o São Paulo de 2011 têm quatro vitórias nas quatro primeiras rodadas.