Henrique Miranda posa para foto no CFA de Cotia, onde cresceu para o futebol (Foto: Tom Dib)

Na quinta-feira, Henrique Miranda esteve em Cotia, onde deu os primeiros passos para se tornar profissional. E foi justamente no “abrigo” das categorias de base que ele chamou a atenção de Carpegiani. O treinador, na primeira visita ao local, ano passado, já viu potencial no lateral-esquerdo.

Mas era preciso esperar a Copa São Paulo. O garoto, hoje com 18 anos recém-completados (fez aniversário em 10 de maio), foi bem no torneio e, pouco depois, recebeu a segunda visita do técnico. No mesmo dia, ao lado de Luiz Eduardo, foi chamado para ir ao CT da Barra Funda, de onde não saiu mais.

Passaram-se quase quatro meses para Henrique Miranda ganhar sua primeira chance como titular. Diante do Figueirense, entrou no intervalo, agradou o “pai” Carpegiani, e ontem, em treino coletivo, ganhou chance entre os titulares. Agora, ele não quer decepcionar o responsável por ele ter subido rapidamente para o profissional:

– Aumenta um pouco a responsabilidade, porque ele acredita no meu futebol. Mas também estou tranquilo, para corresponder a confiança.

– Estou preparado, mas não depende de mim ser titular ou não. Na verdade, depende de eu treinar bem, entrar bem, então estou me dedicando para isso. Se optar por mim, estou preparado – completou.

Mirandinha, como é chamado pelos colegas, está empolgado. E os empresários estão de olho na promessa. Depois da estreia, o telefone do garoto não parou de tocar. A maioria se oferecendo para agenciar a carreira, que já tem um responsável.

Outra nova responsabilidade do jovem é realizar o sonho de todo menino de 18 anos. Após atingir a maioridade, ele deu entrada na papelada para tirar carteira de motorista. Nesta quinta, após o treino, foi liberado para fazer o exame escrito. Questionado pela reportagem do LANCENET! se é melhor com a bola nos pés ou com o volante na mão, avaliou:

– Acho que sou melhor jogador. Ao menos por enquanto, né? (risos).

Cada dia mais maduro, Henrique não quer perder nenhuma chance. Seja dentro ou fora de campo.

Confira um Bate-Bola com Henrique Miranda:

Como foi ganhar chance de treinar entre os titulares?
Foi bom. O professor (Carpegiani), antes do treino, falou comigo e deu algumas orientações. Estou procurando treinar direito para, se for escalado, poder jogar bem.

O que ele pediu para você?
Falou para ter tranquilidade, estar sempre firme. Dentro de campo, quer que eu ataque, mas também marque, feche para o meio. Disse coisas que os técnicos sempre costumam explicar.

Ainda sente muita diferença do profissional em relação à base?
Um pouco. O pessoal é mais experiente, sabe os atalhos, corta caminhos, mas aos poucos vamos acostumando com o que é feito pelos profissionais. Estou procurando evoluir, melhorar um aspecto, mas tenho muito mais para oferecer. Vou trabalhar cada vez mais para melhorar sempre.

Mas já está mais tranquilo?
Estou solto, brincando com a maioria, então, conforme passa o tempo, melhora. É mais fácil com o pessoal da base, mas já me acostumei com os experientes.

Os apelidos de Henrique Miranda

Xandãozinho Segundo os companheiros e o próprio jogador, Henrique Miranda se parece com Xandão. As brincadeiras são constantes. O zagueiro adotou o jovem como “filho”.

Mirandinha
Assim o garoto é chamado pelos colegas da base. No profissional, também gostam. O clube acha que faz lembrar o ex-jogador do Corinthians.

Miranda
Como o zagueiro Miranda está de saída do clube, o garoto não vai precisar mais colocar Henrique antes do nome que usava na Copinha.