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São Paulo 'estaciona' após tri brasileiro; Carpegiani amarga 8º fracasso no clube

Campeão paulista, campeão da Copa Libertadores da América, campeão mundial e tricampeão brasileiro. O altamente vitorioso retrospecto recente do São Paulo, entre 2005 e 2008, fez da equipe do Morumbi o maior “bicho-papão” do futebol do país na segunda metade da última década. Mas, desde o final de 2008, quando comemorou o terceiro título consecutivo do Brasileirão, o time paulista não sabe o que é levantar um troféu.

Nesse período, para piorar, os tricolores assistiram a dois dos principais rivais do estado conquistarem títulos. O Corinthians foi campeão estadual e da Copa do Brasil em 2009, mesmos troféus conquistados pelo Santos no ano seguinte. Apenas o Palmeiras, cujo último título foi o Campeonato Paulista de 2008, também passou em branco desde então.

O primeiro dos dois anos e meio da “seca” de títulos são-paulina foi 2009, quando a equipe ainda comandada pelo técnico Muricy Ramalho caiu nas semifinais do Campeonato Paulista para o arquirrival Corinthians. A principal prioridade do time era mesmo a Libertadores, mas o atual comandante do Santos amargou a eliminação nas quartas de final para o Cruzeiro e perdeu o emprego. Era a quarta vez seguida que o São Paulo caía no torneio continental para uma equipe brasileira.

A saída de Muricy não rendeu tantos frutos no Morumbi, pelo menos em termos de títulos. O técnico tricampeão nacional, entre 2006 e 2008, foi substituído por Ricardo Gomes, que conseguiu tirar a equipe da parte de baixo na classificação e a levou ao terceiro lugar no Brasileirão de 2009. O time chegou a assumir a ponta nas rodadas finais, mas deixou a chance do tetra escapar e foi superado pelo campeão Flamengo e pelo Internacional, vice.

Ricardo Gomes continuou no clube para a temporada de 2010, e o São Paulo foi novamente eliminado numa semifinal de Campeonato Paulista – desta vez para o Santos, que, assim como o Corinthians no ano anterior, comemoraria o título. Na Libertadores, o time do Morumbi chegou longe, às semifinais, mas parou no Internacional, algoz da final continental de 2006, que também levaria o título.

Em agosto do ano passado, em meio aos maus resultados do São Paulo no Brasileirão, Gomes foi demitido e deu lugar, primeiro, ao interino Milton Cruz, e depois, a Sérgio Baresi, treinador das categorias de base. Em outubro, Paulo César Carpegiani, que já havia comandado a equipe em 1999, retornou ao Morumbi. Apelidado de “Professor Pardal” pelas constantes alterações que fazia no time, o treinador repetiu o fracasso de sua primeira passagem, há 11 anos.


Paulo César Carpegiani ainda não conquistou nenhum título em duas passagens pelo São Paulo
Crédito da imagem: Agência Estado

Oito campeonatos perdidos

Em 1999, Carpegiani assumiu o São Paulo no início da temporada, mas, depois de um ano de trabalho, deixou o clube criticado por grande parte da torcida e sem títulos importantes. O primeiro fracasso foi no Torneio Rio-São Paulo, com a eliminação nas semifinais para o Vasco depois de terminar em primeiro lugar de seu grupo na fase de classificação.

No Campeonato Paulista, o São Paulo voltou a decepcionar e foi goleado pelo rival Corinthians por 4 a 0 no primeiro duelo da semi. No jogo de volta, o empate por 1 a 1 eliminou o time tricolor. Ainda no primeiro semestre, o terceiro revés aconteceu, coincidentemente, na mesma Copa do Brasil da qual o time se despediu ontem: naquele ano, a equipe paulista foi despachada pelo Botafogo após empate por 1 a 1 no Morumbi e derrota por 3 a 1 no Maracanã.

A série de maus resultados de Carpegiani em sua primeira passagem pelo São Paulo continuou no segundo semestre de 1999. Após uma boa campanha na primeira fase e prejudicada pelo famoso “caso Sandro Hiroshi” (o São Paulo foi punido pelo STJD e perdeu pontos pela escalação supostamente irregular de seu atacante, segundo o tribunal), a equipe do Morumbi cruzou com o forte Corinthians na semifinal. Assim como no Paulistão, os são-paulinos lamentaram mais uma eliminação com derrotas por 3 a 2 e 2 a 1.

Ainda naquela temporada, o time não foi longe na Copa Mercosul. A equipe de Carpegiani não passou da primeira fase do torneio sul-americano, terminando em terceiro lugar de um grupo que contava com San Lorenzo, Boca Juniors e Universidad Católica. O Boca, aliás, aplicou uma goleada histórica de 5 a 1 no São Paulo, na Bombonera.

Onze anos depois, Paulo César Carpegiani voltou ao Morumbi, em meados de 2010, já com o Campeonato Brasileiro em andamento, para levar a equipe ao 9º lugar na competição nacional, às semifinais do Campeonato Paulista (eliminação para o Santos) e às quartas de final da Copa do Brasil (queda diante do Avaí).

Se continuar no comando do time, o treinador tem a chance de reverter essa sina nas duas últimas competições do São Paulo em 2011: o Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-Americana.

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