Com uma das piores atuações de sua defesa na temporada, o São Paulo deu adeus à Copa KIA do Brasil, na noite desta quinta-feira. A derrota de virada para o Avaí, por 3 a 1, mais do que eliminar o Tricolor da competição, expôs também diversas deficiências táticas e técnicas do time comandado por Paulo César Carpegiani. Com a derrota, o técnico gaúcho corre sério risco de ser demitido. O descontentamento com seu trabalho, que já não era dos menores, vai certamente crescer.
Mas engana-se quem pensa que apenas a defesa falhou. Porque o São Paulo, como já se tornou corriqueiro nesta temporada, falhou demais também na articulação e, principalmente, nas finalizações. Porque, mesmo desorganizado, o São Paulo teve boas chances de matar o jogo. E uma a uma, deperdiçou todas.
O início do jogo dava indícios de que o São Paulo teria uma noite tranquila em Florianópolis. Aos 15, Dagoberto bateu falta na área e Casemiro, com estilo, subiu de cabeça para abrir o placar. Porém, não houve tempo para comemorar. Menos de um minuto mais tarde, Estrada desceu pela esquerda e cruzou na risca da pequena área para William empatar. Alex Silva estava mal posicionado no lance.
O gol animou os donos da casa, que apostaram na velocidade e começaram a sufocar o São Paulo. Aos 30, em cobrança de escanteio, Rogério Ceni não conseguiu sair do gol, bloqueado por Carlinhos Paraíba, mal colocado na primeira trave. O desvio do volante matou o goleiro são-paulino. A bola sobrou para Bruno Silva cabecear fraco. Antes de entrar, a bola ainda passou entre Rhodolfo, Xandão e Carlinhos Paraíba.
"A pressão é normal e a gente começou bem", disse Dagoberto, na descida para o vestiário. "O importante é ter calma. A gente não pode tentar decidir sozinho", completou o jogador, por ironia, conhecido pelo seu individualismo.
Relâmpago/ Não se sabe qual era a estratégia são-paulina para a segunda etapa. O fato é que o Avaí não deu a ela qualquer chance de implantação. Aos 30 segundos, em falha de Xandão, a bola sobrou para o atacante Marquinhos Gabriel, que acabara de entrar, fazer o terceiro. Aí, o São Pulo se perdeu de vez.
Desordenado, o Tricolor partiu desesperado para cima do Avaí, já que um gol significaria a vaga. O goleiro Renan estava inspirado. E o time catarinense, inteligente, levava perigo a cada contra-ataque que conseguia encaixar. Não foram poucos. Bolas cruzadas davam calafrios nos são-paulinos.
Em ato de desespero, Carpegiani ainda tirou Marlos, que entrara no intervalo, para colocar o garoto Willian José. Nada adiantou. O São Paulo dançou no baile do Avaí.
Avaí
O time de Santa Catarina mostrou muita personalidade. Mesmo saindo atrás no placar, foi buscar a virada. Na frente, os atacantes William e Marquinhos Gabriel infernizaram a vida dos zagueiros. Atrás, Revson, Bruno Silva e Gustavo Bastos anularam o ataque tricolor. O técnico Silas também foi bem nas substituições.
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