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No alçapão da Ressacada, Avaí bate o São Paulo e se garante na semifinal

Catarinenses, com qualidade e, principalmente, muito mais vontade, venceram com justiça por 3 a 1. Eliminação pode custar cargo de Carpegiani




De um lado, festa na Ressacada: o Avaí venceu o São Paulo em casa por 3 a 1, mostrou calma e organização, superou a desvantagem de um gol sofrido logo no início e ficou com a vaga nas semifinais da Copa do Brasil. Do outro lado, a síndrome do mata-mata voltou a atacar o Tricolor. Depois de ser eliminado na semifinal do Campeonato Paulista pelo Santos, a equipe viu o sonho de conquistar o título inédito se transformar em pesadelo, em noite sem inspiração de suas principais peças e com seguidos erros da defesa. Agora, os comandados do técnico Silas enfrentarão o Vasco, que despachou o Atlético-PR, na próxima fase.

O Avaí segue firme na busca por um lugar na Libertadores de 2012. Para o São Paulo, restaram o Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-Americana para atingir o seu objetivo. A vida, no entanto, não será nada fácil para os jogadores tricolores e principalmente para o técnico Paulo César Carpegiani que, além de não ser unanimidade dentro do próprio elenco, é muito criticado por conselheiros e torcedores. Não será nenhuma surpresa se ele deixar o comando do time.

São Paulo abre o placar, Avaí reage, vira e toma conta do jogo

Precisando de uma vitória por dois gols de diferença, Silas resolveu arriscar no Avaí. Com o reforço do meia Marquinhos, que pode atuar devido a um efeito suspensivo, o técnico do time catarinense sacou o volante Acleisson para colocar o camisa 10 ao lado de Estrada na armação. Além disso, Julinho, que atuou como lateral-esquerdo no Morumbi, formou dupla de ataque com William. No São Paulo, Carpegiani promoveu os retornos de Lucas e Fernandinho na frente, com Marlos ficando como opção no banco de reservas.

Apesar da baixa temperatura, as duas equipes começaram a partida em alta velocidade. O Avaí, por ter a necessidade de reverter o prejuízo, e o São Paulo, pela característica de seus jogadores, que não conseguem valorizar a bola, jogam sempre buscando o ataque. A primeira chance surgiu aos 13, em chute perigoso de Marquinhos.

Jogando em casa, o time catarinense também aproveitou para pressionar a arbitragem. A cada marcação do gaúcho Márcio Chagas da Silva, um dos atletas pressionava o juiz, que teve trabalho com a forte pegada da equipe da casa, que para se ter uma ideia, teve três atletas recebendo cartões amarelos na primeira parte da etapa inicial.

No seu primeiro ataque, o São Paulo abriu o marcador. Aos 15, Dagoberto cobrou falta pela direita, sofrida por Jean, e Casemiro, de cabeça, marcou o seu primeiro gol na Copa do Brasil. O que traria alívio, já que o time da casa necessitaria tomar três gols, logo se transformou em preocupação. Na saída de bola, Estrada recebeu na esquerda, foi ao fundo e cruzou na cabeça de William, que testou no canto direito de Rogério: 1 a 1 e a torcida do Avaí, que estava calada, voltou para o jogo.

A partir daí, o jogo complicou-se para o São Paulo. O time não conseguia manter a posse de bola. O esquema com Lucas aberto pela direita e Fernandinho pela esquerda não resultou o efeito esperado porque as duas peças não entraram no jogo. Dagoberto, o mais lúcido do time, pouco podia fazer sozinho.

Aos 30, o Avaí ficou em vantagem no marcador. Após cobrança de escanteio de Marquinhos pela esquerda, Bruno Silva cabeceou para o gol e Xandão e Carlinhos Paraíba, que estavam na linha do gol, não conseguiram fazer o corte: 2 a 1. Daí para frente, até o final do primeiro tempo, o Avaí tomou conta do jogo. Carpegiani deu sorte de não ver o time levar o terceiro gol para tentar arrumar as coisas no vestiário.


Avaí faz o terceiro e São Paulo vai para o abafa


Tentando dar ritmo ao time e fazer a bola parar no ataque, Carpegiani sacou Fernandinho, visivelmente fora de forma, para colocar Marlos. Mas, como no primeiro tempo, o São Paulo mal teve tempo para respirar. Tão logo a bola saiu, Diego Orlando desceu pela direita e cruzou para a área. A defesa mais uma vez marcou bobeira e a bola sobrou para Marquinhos Gabriel, que bateu no canto esquerdo de Rogério Ceni: 3 a 1. A Ressacada explodiu de felicidade, afinal era o placar que o Avaí precisava para se classificar.

Carpegiani, no banco de reservas, se desesperou. Mudou o esquema tático, saindo do 3-5-2 para o 4-4-2, com a entrada de Henrique na vaga de Xandão. Aos seis minutos, o time teve uma chance de ouro para marcar o segundo gol e voltar a ser o dono da vaga. Marlos tocou para Dagoberto, que deu brilhante assistência a Jean que, cara a cara com Renan, bateu para fora. Aos 11, Lucas chutou de fora da área, a bola desviou na zaga do Avaí e sobrou para Henrique, que cabeceou no canto direito de Renan, que fez grande defesa.

Preocupado com o crescimento do São Paulo, Silas mexeu no Avaí, sacando o meia Estrada para a entrada do volante Acleisson. Isso fez mal ao time da casa, que perdeu o controle da bola, que até então era absoluto até o terceiro gol.

Desespero dos dois lados no final

À medida que o tempo passava, o jogo ganhou uma característica interessante. Os dois times deixaram um buraco no meio-campo. O São Paulo forçava muito o jogo pelo lado esquerdo, com Juan e Marlos. Lucas continuava fazendo apenas figuração no gramado. E o Avaí, quando tinha a bola, não tinha mais a tranquilidade para tocar e esperar um contra-ataque para matar o jogo. Isso muito porque o meia Marquinhos, um dos melhores em campo, cansou. Aos 31, ele deixou o gramado para a entrada de Maurício Alves. No São Paulo, Carpegiani colocou Willian José na vaga de Marlos.

O Tricolor ainda pressionou no final, mas o gol salvador não saiu. E o dono da casa quase fez o quarto aos 41 minutos, em cobrança de Acleisson, que foi na trave. Mesmo sem ampliar no fim, o Avaí comemorou, pois segue na briga para conquistar o título mais importante de sua história.

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