A exclusão da cidade de São Paulo da Copa das Confederações, antecipada pelo secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, em entrevista ao Estado na terça-feira, pode ser apontada como um grande revés do Mundial de 2014. O anúncio oficial da não-participação do maior centro econômico do País no evento de 2013 está previsto para o dia 29 de julho. Até lá, os dirigentes do Comitê Organizador Local (COL) vão tentar minimizar a decisão, que amadureceu e se consolidou com a sequência de atrasos das obras do estádio do Corinthians, o Itaquerão.
Desde que o Brasil foi escolhido, em 2007, como sede do Mundial de 2014, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) passou a trabalhar com a ideia fixa de que São Paulo abrigaria o jogo de abertura do evento e o encerramento ficaria com o Rio. A Copa das Confederações deveria representar assim um grande teste para o Mundial, notadamente para as duas capitais pré-definidas como os centros mais importantes da competição.
Sem a cidade de São Paulo no torneio de 2013, o COL e toda a estrutura envolvida com a sede mais rica do País vão desperdiçar a única oportunidade de ver em prática toda a logística planejada para ser repetida em 2014, com margem reduzida de erros.
Esperava-se observar na Copa das Confederações, em São Paulo, dezenas de detalhes sobre o acesso ao Itaquerão, a mobilidade urbana em dias de grandes jogos, o movimento nos dois principais aeroportos da cidade, o trabalho das equipes de segurança a serviço de torcedores, delegações esportivas e autoridades. São muitos aspectos que contariam com o trabalho de milhares de pessoas.
Isso provavelmente vai poder ser feito no Rio, principalmente no entorno do Maracanã. E ainda nas outras três ou quatro cidades que vão receber jogos da Copa das Confederações.
O COL já descartou a hipótese de outro estádio da cidade ser definido como substituto do Itaquerão no torneio de 2013.
Na direção do comitê, presidido por Ricardo Teixeira, que comanda também a CBF, há um sentimento de frustração e de irritação com a saída de São Paulo do início da festa. Há entre seus dirigentes um consenso de que vários problemas na cidade-sede estão atrelados à má vontade política de figuras importantes do Estado.
Discurso pronto. Esse clima de animosidade teria se acirrado no curso do processo de exclusão do Morumbi do Mundial - que começou em 2009 e foi concretizado em junho do ano passado, após intensa negociação do presidente da CBF com a diretoria do Corinthians para a efetivação de um plano B.
Teixeira e seus assessores já têm um discurso pronto para diminuir esse impacto: vão lembrar que o Soccer City, em Johannesburgo, palco da abertura e do encerramento do Mundial de 2010 na África do Sul, estava fechado para obras durante a Copa das Confederações de 2009.
Isso, porém, não vai ser suficiente para anular a derrota. Em fevereiro, num evento em São Paulo, Ricardo Teixeira deixou clara sua expectativa sobre o Itaquerão. "Nós precisamos do estádio de vocês para a Copa das Confederações. É fundamental que a gente já tenha (ele pronto)", disse, voltando-se para o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez.
Antes disso, Teixeira reforçou mais de uma vez a necessidade de que todos os 12 estádios da Copa do Mundo estivessem concluídos no máximo até o início de 2013, a fim de evitar transtornos. Já sabe, agora, que pelo menos um deles não estará. Sem São Paulo, a Copa das Confederações perde um pouco de sua importância e deixa o caminho aberto para que falhas de organização afetem a realização da Copa do Mundo na cidade.
Desde que o Brasil foi escolhido, em 2007, como sede do Mundial de 2014, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) passou a trabalhar com a ideia fixa de que São Paulo abrigaria o jogo de abertura do evento e o encerramento ficaria com o Rio. A Copa das Confederações deveria representar assim um grande teste para o Mundial, notadamente para as duas capitais pré-definidas como os centros mais importantes da competição.
Sem a cidade de São Paulo no torneio de 2013, o COL e toda a estrutura envolvida com a sede mais rica do País vão desperdiçar a única oportunidade de ver em prática toda a logística planejada para ser repetida em 2014, com margem reduzida de erros.
Esperava-se observar na Copa das Confederações, em São Paulo, dezenas de detalhes sobre o acesso ao Itaquerão, a mobilidade urbana em dias de grandes jogos, o movimento nos dois principais aeroportos da cidade, o trabalho das equipes de segurança a serviço de torcedores, delegações esportivas e autoridades. São muitos aspectos que contariam com o trabalho de milhares de pessoas.
Isso provavelmente vai poder ser feito no Rio, principalmente no entorno do Maracanã. E ainda nas outras três ou quatro cidades que vão receber jogos da Copa das Confederações.
O COL já descartou a hipótese de outro estádio da cidade ser definido como substituto do Itaquerão no torneio de 2013.
Na direção do comitê, presidido por Ricardo Teixeira, que comanda também a CBF, há um sentimento de frustração e de irritação com a saída de São Paulo do início da festa. Há entre seus dirigentes um consenso de que vários problemas na cidade-sede estão atrelados à má vontade política de figuras importantes do Estado.
Discurso pronto. Esse clima de animosidade teria se acirrado no curso do processo de exclusão do Morumbi do Mundial - que começou em 2009 e foi concretizado em junho do ano passado, após intensa negociação do presidente da CBF com a diretoria do Corinthians para a efetivação de um plano B.
Teixeira e seus assessores já têm um discurso pronto para diminuir esse impacto: vão lembrar que o Soccer City, em Johannesburgo, palco da abertura e do encerramento do Mundial de 2010 na África do Sul, estava fechado para obras durante a Copa das Confederações de 2009.
Isso, porém, não vai ser suficiente para anular a derrota. Em fevereiro, num evento em São Paulo, Ricardo Teixeira deixou clara sua expectativa sobre o Itaquerão. "Nós precisamos do estádio de vocês para a Copa das Confederações. É fundamental que a gente já tenha (ele pronto)", disse, voltando-se para o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez.
Antes disso, Teixeira reforçou mais de uma vez a necessidade de que todos os 12 estádios da Copa do Mundo estivessem concluídos no máximo até o início de 2013, a fim de evitar transtornos. Já sabe, agora, que pelo menos um deles não estará. Sem São Paulo, a Copa das Confederações perde um pouco de sua importância e deixa o caminho aberto para que falhas de organização afetem a realização da Copa do Mundo na cidade.
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