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Após recuperação, Bruno Uvini diz estar pronto para substituir Miranda

Zagueiro do São Paulo completa três meses longe dos gramados e ensaia retorno na estreia do Brasileirão

Sete de fevereiro de 2011. Brasil e Argentina jogavam pelo Sul-Americano Sub-20, no Peru. Com apenas 19 segundos de jogo, Bruno Uvini dividiu uma bola e acabou fraturando a fíbula. Fim de torneio para o capitão da Seleção Brasileira. Três meses depois, no CT da Barra Funda, o zagueiro diz estar recuperado da primeira lesão de sua carreira e quase pronto para voltar aos gramados. Liberado pela fisioterapia e pelo departamento médico, Bruno se mostra recondicionando fisicamente. Há dez dias, já participa de atividades com o restante do elenco. Na próxima semana, deve iniciar as atividades com bola. E no dia 22 de maio, estreia do São Paulo no Brasileirão, espera ficar à disposição do técnico Paulo César Carpegiani.


Em entrevista concedida ao Globoesporte.com, o zagueiro falou sobre seus primeiros passos no futebol, da “prova psicológica” que passou durante o período longe dos campos e sobre a expectativa de substituir Miranda na defesa são-paulina. O experiente zagueiro deixará o clube no meio do ano.

Globoesporte.com: Como foi seu início no futebol?


Bruno Uvini:
O futebol está no meu sangue. Meu pai, Tuca, jogou muito tempo na Ponte Preta (nos anos 80). Comecei no esporte aos quatro anos, na escolinha que ele tem em Capivari, a Pinta de Craque, e desde que me conheço por gente, sempre joguei bola.

E como você foi parar no São Paulo?

Aos 14 anos, fiz um teste no PAEC. Passei e fiquei dois anos por lá. Foi quando o São Paulo se interessou por mim. Eles tinham uma parceria com o PAEC e primeiro me contrataram por empréstimo. Eram seis meses de adaptação. Acabei ficando até hoje.




Vim sozinho. Menino do interior, caipira pra caramba. Não conhecia nada."


Bruno Uvini




Veio sozinho para a capital?

Vim sozinho. Menino do interior, caipira pra caramba. Não conhecia nada. Foi uma experiência que me ajudou a amadurecer bem rápido.

Você acha que essa mudança te ajudou a ser capitão na categoria de base?

Ajudou. Cheguei a ser capitão no PAEC também. Tenho facilidade de captar as coisas, de pôr em prática novas ideia e isso ajuda bastante na minha formação. Meu pai também tem um perfil de liderança e foi capitão da Ponte algumas vezes.

Como foi a transição da base para o profissional?

Virei profissional em setembro do ano passado. Foi uma época difícil. Tínhamos sido campeões da Copa São Paulo. Foi um trabalho muito bem feito, sempre pensando no profissional. Infelizmente, essa oportunidade surgiu num momento em que o clube não atravessava uma fase muito boa. Na primeira semana, o (Sérgio) Baresi teve três desfalques na zaga e já fui para o banco de reservas contra o Cruzeiro. Foi muito rápido e isso ajudou a entender como funcionavam as coisas.

Qual a principal diferença nessa transição entre a base e o profissional?


A cobrança é extremamente importante. As vitórias trazem respostas positivas do trabalho feito no dia-a-dia. Em muitos lugares, não é o caso do São Paulo, as vitórias e até os títulos acabam mascarando muita coisa errada que existe por trás do clube. O futebol profissional é baseado em vitórias.



Cicatriz Bruno Uvini São Paulo (Foto: Alexandre Massi / Globoesporte.com)Bruno Uvini exibe cicatriz na perna

(Foto: Alexandre Massi / Globoesporte.com)


Falando agora da sua lesão. Você se lembra do lance em que se machucou?

Foi uma fratura na fíbula direita, com 19 segundos, contra a Argentina, pelo Sul-Americano Sub-20. Foi um lance comum, que geralmente acontece com os zagueiros. Não houve maldade de ninguém. Foi uma dividida. Tirei a bola, mas o jogador da Argentina acabou pegando minha perna. No momento não tive dor, mas senti uma coisa estranha. Não tinha firmeza pra voltar. Quem me ajudou muito nessa hora foi o doutor (Márcio Tannure), que me tirou de campo na hora. Se dependesse de mim, teria voltado e poderia ter cometido um erro maior.

Essa foi a primeira contusão na sua carreira?


Foi. O pessoal na base sempre brincava comigo que eu não gostava dos fisioterapeutas. Nem pra conversar. Foi a primeira, mas não tem como jogador fugir disso a carreira inteira. Espero que não volte a acontecer.  Foi uma experiência bem diferente de tudo que eu tinha vivido. Aprendi muito. A gente sabe o quanto é ruim ficar longe daquilo que a gente gosta, é uma prova psicológica.

Desde quando você está participando de atividades com o grupo?

Desde a quinta-feira passada. Acredito que na semana que vem eu esteja mais solto para fazer mais coisa com o grupo, com bola. É importante ir devagar para não acelerar nada. Estou me preparando para voltar a mil por hora e para quando aparecer uma brecha, poder agarrar.

Você ainda sente dor no local?

Não sinto nada. Está perfeito. Estou feliz com isso. A recuperação está sendo muito boa.

Acredita que estará apto para a estreia do Brasileirão (dia 22 de maio, contra o Fluminense, no Engenhão)?

Acredito que sim. Estou me preparando para isso e, se der, para os últimos jogos da Copa do Brasil.

Você teve dificuldade em atuar pelo lado direito da defesa?


Na base, joguei sempre pela esquerda. No profissional, o pessoal acabou me vendo mais pela direita porque a gente treinava com os reservas. Era eu e o Samuel, que é canhoto. Na Seleção, foi a mesma história porque os outros dois zagueiros eram canhotos. Mas não senti diferença alguma de adaptação.

A transferência do Miranda e a possível saída do Alex Silva abrirão vagas na zaga do São Paulo. Como você lida com isso?

Crio uma expectativa até porque sei o que o Miranda e o Alex representam para o clube. Com a vaga do Miranda, quero buscar meu espaço neste elenco. Tenho totais condições e espero agarrar essa chance.


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