Após protestos de dirigentes dos clubes brasileiros, a CBF recuou e decidiu discutir a nova regra de transferências de jogadores entre equipes que disputam a mesma divisão do Campeonato Brasileiro. No seminário realizado na última quarta-feira, no Rio de Janeiro, a entidade divulgou que nenhum atleta poderia defender outro clube da mesma série depois de jogar uma partida. No fim da tarde desta quinta-feira, a entidade resolveu reunir seus executivos para discutir o assunto.

Até o ano passado, um jogador poderia mudar de equipe se tivesse participado de no máximo seis partidas por um clube da mesma divisão. Para 2009, a ideia seria proibir as transferências - bastava entrar em campo uma vez para não poder jogar por outra agremiação da mesma série.

O problema, porém, é que o regulamento publicado no site da CBF é omisso sobre o assunto. A definição só poderia ocorrer após um acordo entre os clubes, mas os próprios dirigentes se surpreenderam com a informação de que as transferências seriam dificultadas - negócios adiantados como a chegada de Marlos do Coritiba ao São Paulo, por exemplo, poderiam ser anulados.

Apesar dos protestos dos mandatários, a federação nacional informava até o início da tarde desta quinta-feira que nenhum atleta poderia jogar por dois clubes da Série A, o mesmo se aplicando para B, C e D. Funcionários da CBF até se surpreendiam ao saberem que o regulamento não abordava o tema, mas mantinham o veto aos negócios entre atletas que já entraram em campo.

A alteração só foi colocada em dúvida horas depois, quando se divulgou que tudo só seria decidido depois de uma nova reunião, que estaria acontecendo nesta noite no Rio de Janeiro. Oficialmente, até o momento, a posição é de que tudo está indefinido e os dirigentes têm de correr contra o tempo para não haver mais dúvidas até a primeira rodada, que começa neste sábado.