O São Paulo vive uma fase de azar em seu elenco. Em menos de 30 dias, seis jogadores foram para o departamento médico, alguns com lesões graves. Nesta quarta-feira, durante o jogo-treino contra o Pão de Açúcar, no Morumbi, André Dias e Jean deixaram a atividade machucados e são dúvidas para a estreia da equipe no Brasileirão, domingo, contra o Fluminense no Maracanã, às 16h.

Antes deles, Zé Luis, Arouca, Rogério Ceni e Rodrigo já haviam virado ausências na lista do técnico Muricy Ramalho. Os dois primeiros tiveram lesões menos graves e já estão treinando com o grupo. Arouca participou do jogo-treino e Zé Luis está em fase final de recuperação, após problema muscular há quase um mês. Está fora do duelo no Rio de Janeiro domingo.

Rogério Ceni e Rodrigo foram os casos mais graves. O goleiro sofreu uma fratura no pé esquerdo e só deve voltar entre agosto e setembro. Já o zagueiro está com embolia pulmonar, internado, e deve ficar de quatro a seis meses sem jogar futebol.

André Dias, neste período, sofreu duas lesões musculares na coxa esquerda. A primeira foi no dia seguinte à derrota para o Corinthians por 2 a 1, no Pacaembu, quando foi expulso. Ontem, deixou o Morumbi com dores na mesma coxa, mas em um local diferente, segundo ele. Como possui um histórico de lesões musculares, ele deve ser poupado pela comissão técnica.

A lesão de Jean pareceu mais grave no início, mas não preocupou tanto os médicos. Ele sofreu um trauma na região lombar durante o jogo-treino, foi levado para um hospital próximo ao Morumbi e, depois de uma hora, a comissão técnica recebeu a informação de que havia sido só um susto. Com dores, ele realizou uma tomografia na noite de quarta-feira e também virou dúvida.

– Claro que a gente sempre quer o departamento médico vazio, mas são coisas que acontecem. Imaginamos que hoje o último jogador que estava com problemas musculares (Zé Luis) seria liberado. Não foi e ainda ganhamos mais dois problemas – disse o médico José Sanchez.

Com tantos problemas, Muricy terá de se desdobrar para montar o time em uma época do ano que ele planejou estar com todos os titulares à disposição. Próximo do início do mata-mata da Libertadores, prioridade do técnico e do clube, o comandante vive o pior momento da temporada no quesito número de jogadores à disposição no torneio.