O São Paulo volta a campo amanhã para enfrentar o Athletico-PR em Curitiba e tentar encerrar a sequência de duas derrotas e a queda no desempenho em campo pelo Campeonato Brasileiro desde a virada do ano para se manter na liderança, após ver reduzida sua vantagem para os demais concorrentes.



No podcast Posse de Bola #91, Arnaldo Ribeiro cita a presença de Muricy Ramalho, novo coordenador técnico do clube, durante a semana do São Paulo e a importância da aproximação de figuras importantes na diretoria devido à inexperiência do técnico Fernando Diniz em lidar com uma situação de administrar a dianteira do Brasileirão.


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"Como as coisas ali estão completamente desgovernadas nessa quinzena, o Fernando Diniz está à beira de um ataque de nervos, problema com os jogadores, o time não está andando, descontentamento aqui, descontentamento lá, o Muricy interviu e acho que vai ser agora o cara que vai ficar mais próximo, até pela experiência que tem, pela forma de comunicação que tem fácil mais próximo ali da comissão técnica, foi contratado para tal, e já da diretoria, do presidente e dos jogadores", diz Arnaldo.

"Vale lembrar que algumas intervenções foram feitas nessa trajetória do Fernando Diniz como técnico do São Paulo para ajustes, inclusive intervenção em escalação lá atrás, então imaginar que o São Paulo na fila, tempos e tempos sem ganhar um título, com essa pressão que acho que depois da champanhe do ano novo da pandemia, já veio essa pressão gigantesca, e um técnico que nunca venceu, tem uma pressão particular, que eles vão conseguir lidar sozinhos com isso com tranquilidade", completa.

O jornalista afirma que não se pode esperar que a responsabilidade de lidar com a pressão na reta final de um campeonato fique apenas com Diniz e os jogadores, sob risco de ver escapar pelos dedos a chance de encerrar o jejum de títulos desde a conquista da Copa Sul-Americana de 2012.

"O Fernando Diniz tem como característica uma dificuldade imensa em administrar vantagens nos próprios jogos, imagine vantagem nas tabelas. Ou seja, jogar em alguma situação para buscar um resultado, um empate, agora não adianta mais, um ponto ou outro, agora não tem mais o que administrar, tem que voltar a vencer, mas o grupo do São Paulo e o clube São Paulo demonstram essa paúra na hora de vencer. O São Paulo tem a fila dele e o Fernando Diniz tem a fila particular dele", analisa Arnaldo.

Juca Kfouri lembra que o histórico são-paulino jogando em Curitiba contra o Athletico-PR não tem sido favorável desde a inauguração da Arena da Baixada e que um empate é bom resultado para o time de Diniz, até levando em consideração a possibilidade de perder a liderança para o Internacional no caso de derrota.

"Empatou cinco, ganhou duas e perdeu 13. Até 2018, jamais havia vencido lá, e o Athletico-PR vem em ascensão. Eu te diria que este jogo, se o São Paulo trouxer de lá um ponto, está de bom tamanho. Porque o São Paulo corre o risco de perder a liderança já no domingo. Basta perder o jogo e o Inter golear o Fortaleza", diz Juca.



"Não é exatamente o perfil do Inter do Abel golear ninguém, mas se isto acontecer, o Inter passa o São Paulo no saldo de gols, empata no resto e vai embora. E aí o Inter certamente jogará por um empate no Morumbi, porque o Inter sabe fazer isso", conclui.

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