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Reinaldo é uma das armas ofensivas do time de Fernando Diniz, como o maior garçom com dez assistências e 84 chances de gols criadas, segundo o TruMedia, a ferramenta de estatísticas da ESPN.
No Campeonato Brasileiro, torneio que o São Paulo lidera com sete pontos de vantagem, Reinaldo tem cinco gols e cinco assistências. Na Copa do Brasil tem uma assistência e não marcou nenhuma vez.
Os cruzamentos estão em destaque, com 317 bolas levantadas para a área e aproveitamento de 47%, mas esta não é sua única ferramenta. Ele também é um dos mais acionados para ter a bola nos pés, com 1.821 ações com a bola. Apenas Daniel Alves tem mais (2.123).
É ainda o terceiro jogador com mais partidas em 2020 abaixo apenas do goleiro Tiago Volpi, que acumula 52 jogos. O lateral esteve em 47, assim como Tchê Tchê e Vitor Bueno, mas ele tem a condição de titular absoluto com Diniz (soma 4.163 minutos) e os outros dois não.
Em termos defensivos, só perde para Daniel Alves em desarmes certos. O consagrado jogador da seleção brasileira soma 80, enquanto Reinaldo tem 52. Este são alguns de tantos números que compravam como o lateral tornou-se importante no São Paulo de Diniz.
E é isso que deixa muitos torcedores frustrados e preocupados com a ausência dele nesta noite.
Ele não estará em campo porque cumprirá suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo. Algo que poderia ter sido evitado, afinal foi punido pelo árbitro por uma reclamação nos minutos finais do primeiro jogo da semifinal, em Porto Alegre.
Aliás, esta estatística pesa contra Reinaldo. Ao lado de Daniel Alves, ele lidera como o mais indisciplinado do elenco em cartões recebidos. Foram 13 para cada um. Todos amarelos, sem qualquer vermelho.
Voltando ao ponto inicial deste texto, a relação de Reinaldo com a torcida é curiosa. Em 2015, ele carregou o peso da eliminação nas oitavas da Conmebol Libertadores para o Cruzeiro. Também foi responsabilizado pela goleada do Corinthians por 6 a 1, em Itaquera.
Em fóruns de torcedores, ele era chamado pejorativamente de “Ruimnaldo”. Desgastado, acabou emprestado para a Ponte Preta e para a Chapecoense em 2016 e 2017, respectivamente. Retornou em 2018 e, com boas atuações contra o Corinthians, virou “Kingnaldo”.
Mas os seguidos fracassos são-paulinos após o título da Copa Sul-Americana de 2012 pesam e há ainda quem tenha críticas ao lateral. A história pode ter seu ponto definitivo de mudança dependendo do desfecho na atual temporada. O time briga em duas frentes.
No Brasileirão, o São Paulo depende apenas de si para terminar como campeão. Lidera com 56 pontos contra 49 de Atlético-MG e Flamengo após 27 rodadas. Já na Copa do Brasil depende de um triunfo por dois gols de diferença contra o Grêmio para avançar à final.
Como foi derrotado por 1 a 0 em Porto Alegre há uma semana, triunfo por um gol de diferença (independentemente dos números finais no placar) levará a definição para os pênaltis. Empate classifica o Grêmio.
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