O sinal de alerta foi acionado mais uma vez após os últimos três jogos, quando o time sofreu seis gols e quase perdeu a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil e se complicou na segunda fase da Copa Sul-Americana.
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Em entrevista coletiva após a derrota por 3 a 2 para o Lanús, Fernando Diniz mostrou sua insatisfação com os gols sofridos. Não há, porém, sinal de mudanças para o confronto contra o Flamengo, neste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, pela 19ª rodada do Brasileirão.
– A gente tem evoluído, mas precisamos melhorar o sistema defensivo, no que diz respeito a tomar gols. Temos de parar de tomar gols – afirmou o treinador.
Diante destes números e da urgência por mudanças, o ge fez um raio-x de todos os gols sofridos pelo São Paulo em 2020. Dos 46 gols, 21 tiveram origem em jogadas trabalhadas pelos rivais pelo meio da defesa com finalizações de dentro da área. O número representa 45% do total.
Logo em seguida, outras três maneiras empatam, com oito gols em cada uma: chute de fora da área, cruzamento para a área (com bola rolando) e bola parada.
Veja abaixo o levantamento completo:
Durante a temporada, a defesa são-paulina sofreu inúmeras modificações. Em determinado momento, a linha de quatro defensores era composta por Juanfran, Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo.
Após a eliminação no Paulistão e jogos irregulares no início do Campeonato Brasileiro, o sistema passou a ser formado por Igor Vinicius, Diego Costa, Léo e Reinaldo.
No início de outubro, nova mudança, com a saída de Léo e o retorno de Bruno Alves. Para fortalecer ainda mais o sistema defensivo, Tchê Tchê deixou de ser o primeiro volante para dar lugar a Luan, um jogador de marcação mais forte.
Para o comentarista da Globo Alexandre Lozetti, a marcação da equipe do técnico Fernando Diniz pelos lados é ruim e precisa haver mais agressividade dos jogadores do setor ofensivo para que o número de gols sofridos diminua (veja a análise completa no vídeo no início da reportagem).
– O São Paulo é um time que tem dificuldade para pressionar o adversário. Essa talvez seja uma lacuna nessa ainda curta carreira do Fernando Diniz. É conseguir criar mecanismos e treinamentos para que o time, que é envolvente com a bola nos pés, sabe o que fazer, também consiga ser forte sem a bola. Competir, pressionar, atacar o adversário. O São Paulo às vezes deixa espaços e permite que o adversário jogue dentro do seu campo. A marcação pelos lados é ruim, então quando você permite que o seu rival ronde a sua área, fica mais fácil que os gols aconteçam – afirmou Lozetti.
– O São Paulo precisa ser mais agressivo lá na frente. Evitar que esse contato, que esse combate só aconteça perto da sua área. Se quando perder a bola apertar, pressionar lá na frente, subir todas as linhas, que é uma coisa que o Fernando Diniz gosta, mas que nem todos os jogadores têm a característica de fazer, talvez o São Paulo consiga melhorar sua defesa – completou.
Mesmo com os problemas apresentados, o São Paulo tem a segunda melhor defesa do Campeonato Brasileiro. Com 13 gols sofridos, o time só perde para o Fortaleza, que levou 11. Os torneios de mata-mata vêm sendo o grande problema do Tricolor paulista.
Para este domingo Diniz não deve promover mudanças, e o São Paulo vai enfrentar o Flamengo com: Tiago Volpi, Tchê Tchê, Diego Costa, Bruno Alves e Reinaldo; Luan, Daniel Alves, Igor Gomes e Gabriel Sara; Luciano e Brenner.
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