No podcast Posse de Bola #59, Mauro Cezar Pereira afirma que o trabalho de Fernando Diniz é visto com rigor, mas a responsabilidade pelos resultados negativos não pode ser colocada apenas na conta do treinador, já que os seus antecessores também não conseguiram títulos comandando o time.
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"Tem aí o trabalho do Raí, tem o presidente, alguns jogadores, então acho que fica distribuído ali, não é só por ele, tanto que o São Paulo já vem nessa pegada aí decepcionando sua torcida muito antes de o Diniz chegar ao São Paulo, isso já vem de longa data, não é uma novidade. Não é que o São Paulo estava ganhando tudo, o Diniz chegou e passou a perder", diz Mauro Cezar.
"Acho que ele tem uma parcela de responsabilidade em um cenário em que a diretoria também tem, até maior, porque a diretoria está aí há quanto tempo? O Leco teve quantos técnicos? Ricardo Gomes, Rogério Ceni, Dorival Júnior, Jardine, Aguirre, Cuca, Mancini durante um curto momento, interino ali que depois que parecia que queria ficar, enfim, Diniz. Qual deles? Teve um momento ali com o Aguirre que o time chegou a liderar o Campeonato Brasileiro, depois perdeu fôlego, contratações ruins", completa.
O jornalista cita o caso da contratação de Diego Souza, que saiu de graça para o Botafogo e hoje já está jogando no Grêmio, depois de o São Paulo ter investido em sua contratação, e aponta que a situação do São Paulo tem mais influência do trabalho do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e do executivo de futebol Raí.
"As negociações bizarras, a do Diego Souza é uma das mais incríveis, contrata o jogador por uma grana e depois doa o jogador para o Botafogo, foi embora. Quer dizer, que diretoria é essa? E aí tem as digitais do Raí e tem do Leco e de todos os que estão com eles. Eu acho que ela é distribuída de fato, não é só uma responsabilidade do técnico, tanto que assim, não dá para ter nenhuma convicção de que saindo o técnico tudo vai se resolver, pelo contrário, a diretoria vai continuar, a tendência é que fique tudo igual, mesmo com outro técnico, pode melhorar um pouquinho e tal, conseguir dar uma arrumada aqui e ali no time, dependendo da maneira como o técnico trabalha", diz Mauro.
"A questão também é que é muito fim de feira, faltam quatro meses para acabar a Era Leco, então a chega em uma hora assim que agora vai até o final, leva assim mesmo e vê o que acontece. E o seguinte, as opções que o São Paulo tem também, é tudo muito mais do mesmo. Você vê quem são os candidatos, os nomes que aparecem. São pessoas que já estiveram junto com o Leco em algum momento na política do São Paulo, reunidos sob algum guarda-chuva, sob o guarda-chuva do Juvenal, por exemplo, todo mundo já teve junto ali", conclui.
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