Aos cinco minutos de jogo, o cruzamento de Reinaldo pela esquerda encontrou Pablo livre. O camisa nove, porém, errou o golpe de cabeça. A melhor oportunidade são-paulina enquanto o time conseguiu ser minimamente compacto no 4-1-4-1, com Tche Tche entre as linhas de quatro.
A LDU do treinador uruguaio Pablo Repetto tinha alguma dificuldade na construção de trás no início, mas passou a gradativamente encontrar espaços para acelerar a circulação da bola e acionar o quarteto ofensivo com Zunino e Muñoz pelas pontas e Jhojan Julio e Martínez Borja mais adiantados como uma dupla de ataque, embora Julio circulasse mais como um meia num 4-2-3-1.
Na primeira jogada bem coordenada, o cruzamento de Christian Cruz para Borja, que abriu o jogo na esquerda, cabecear por cima de Tiago Volpi. Gol que desarticulou o time brasileiro, que pelo contexto de crise iminente e muitas cobranças por conta dos oito anos sem títulos, costuma se abater mais em momentos de adversidade. Zunino perdeu gol incrível depois de "bagunçar" a retaguarda tricolor.
Complicou de vez na falha na saída de bola que já foi hesitante de Volpi para Igor Comes e deste para Hernanes, com bola perdida e gol de Jhojan Julio. O erro não foi arriscar o toque desde a defesa, já que apelar para a ligação direta constantemente é entregar a bola e o controle do jogo para o adversário. O pecado foi na execução imprecisa em momento crucial.
No final do primeiro tempo, outra oportunidade desperdiçada de Pablo. Desta vez não demorou para pagar pelo "arame liso" na frente. Logo veio o terceiro da LDU, novamente de Julio, em rápida transição ofensiva que escancarou o cansaço e também o abalo emocional de um time que baixou a guarda. O fim do primeiro tempo no Estádio Casa Blanca veio como alívio. Para respirar e não sucumbir de vez. Diniz mandou a campo Brenner e Paulinho Bóia nas vagas de Vitor Bueno e Igor Vinícius. Os chutes de Gabriel Sara, um para boa defesa de Gabbarini e outro na trave, seguido do gol de Brenner deram esperanças a Fernando Diniz.
Mas a marcação frágil na entrada da área deixou espaços de sobra para o chute espetacular de Billy Arce, que entrou na vaga de Zunino. 4 a 1 parecia a senha para uma goleada ainda maior, até pela natural queda de intensidade do visitante na altitude. Mas as substituições diminuíram o ritmo da LDU e reoxigenaram o São Paulo. Santiago Tréllez que não jogava desde março, foi às redes e fez acreditar em um milagre. Ou reforçou o lamento pelas chances desperdiçadas por Pablo, que saiu para a entrada do atacante colombiano. Os números ressaltam o equilíbrio: 52% de posse de bola e 15 finalizações dos são-paulinos, mas apenas quatro no alvo. A equipe equatoriana foi mais eficiente, acertando sete conclusões na direção da meta de Volpi em um total de 16. Com os 6 a 0 do River Plate sobre o Binacional, a missão do tricolor fica improvável, não só pela necessidade de vitória em Avellaneda, mas também descontar 11 gols no saldo. Se restar apenas a vaga na Sul-Americana, o São Paulo não pode culpar apenas a sorte.
om os 6 a 0 do River Plate sobre o Binacional, a missão do tricolor fica improvável, não só pela necessidade de vitória em Avellaneda, mas também descontar 11 gols no saldo. Se restar apenas a vaga na Sul-Americana, o São Paulo não pode culpar apenas a sorte. Além do imperdoável revés para o Binacional, mesmo na altitude, Fernando Diniz e seus comandados guardaram para o pior momento um "combo" de velhos erros. No duro Grupo D é difícil ter perdão para tantos pecados.
São Paulo FC, Tricolor, SPFC, erros, derrota
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