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Em entrevista à ESPN, candidato à presidência do conselho quer reuniões mensais do órgão com diretores do futebol

Filho do árbitro que apitou o primeiro jogo da história do Morumbi e membro de família ligada há décadas ao clube, Olten Ayres de Abreu Junior, 60, decidiu começar um outro capítulo na relação com o São Paulo e é candidato à presidência do conselho deliberativo. Pleito em dezembro que vai definir também o mandatário para o próximo triênio.



Abreu Junior faz parte do mesmo grupo que apoia Julio Casares à presidência, formando a Chapa Grafite. Os adversários da Chapa Branca ainda não definiram seus candidatos, algo previsto para ocorrer na primeira quinzena de agosto.

Em entrevista exclusiva, Abreu Junior deu exemplos do que pode ser feito dentro do conselho deliberativo. Como, por exemplo, reuniões mensais com representantes do departamento de futebol para que ocorram prestação de contas.

Também há um compromisso da parte dele de transmitir ao vivo as reuniões no conselho, desde que não tenham assuntos confidenciais, para sócios, sócios torcedores e interessados acompanharem a dinâmica.

A entrevista foi dada na mesma semana em que Daniel Alves, capitão do time, fez críticas ao funcionamento interno, justamente atacando o excesso de pessoas que participam da vida diretiva do clube e a lentidade para a tomada de decisões.

“Muita gente opina na tomada de decisão, mas não sabemos se realmente são as melhores decisões que são levadas ao Conselho e voltadas a expor para construir alguma coisa”, disse Daniel Alves, na última terça-feira (4).

A eleição que vai escolher o presidente do São Paulo pelos próximos três anos será em dezembro. O pleito é dividido em duas etapas. A primeira é a eleição de cem novos conselheiros pelos sócios. Eles se juntam aos vitalícios e aí sim votam para a presidência.

Hoje, são 240 vagas no conselho, sendo que 143 já estão preenchidas por membros vitalícios (o máximo permitido são 160) e 80 são de membros que estão no fim do mandato. O aumento para cem é para adequar o quadro a última reforma doo estatuto..

Há 17 cadeiras vagas para indicação/substituição de vitalícios que morreram.

Veja a entrevista na íntegra
QUEM É CANDIDATO
Sou advogado, formado pelo Largo São Francisco. Estudei Engenharia antes de Direito. Não terminei a Escola Politécnica. Desde então, minha única atividade profissional foi ser advogado. Em 2001, me mudei para a Europa e fiquei 14 anos trabalhando como advogado para um escritório que faço parte até hoje. O foco é direito internacional.

A LIGAÇÃO COM O SÃO PAULO
Nasci são-paulino por influência do meu pai. Minha família está dentro do São Paulo desde anos 40. Eles fizeram parte da equipe de atletismo, na época do Adhemar Ferreira da Silva. Depois meu pai veio a ser árbitro e apitou o jogo inaugural do Morumbi, em 1960. O nome dele batiza o vestiário da arbitragem no estádio. Sempre convivi com os grandes dirigentes do São Paulo, como Laudo Natel e Henri Aidar. Passei a colaborar com a diretoria durante a gestão do José Eduardo Mesquita Pimenta [no início dos anos 1990], que me nomeou diretor jurídico adjunto. Em 2000, fui eleito conselheiro pela primeira vez, mas como acabei me mudando para a Europa em 2001 fiquei afastado do conselho. Em 2014, retornei ao Brasil e participei da eleição. Fui eleito para o conselho novamente. Quatro anos depois, virei conselheiro vitalício. Dentro do conselho fui presidente da comissão legislativa até 2017.

DECISÃO DE DISPUTAR O PLEITO
Como qualquer candidatura, a decisão não é uma vontade individual. O embrião foi a discussão sobre o direito dos conselheiros remunerados. Tivemos êxito proibindo a remuneração de conselheiros após muito dialogar com as pessoas. Os grupos envolvidos nas conversas colocaram que eu deveria ser candidato à presidência do conselho. Me surpreendi, mas acabei aceitando.

ALIANÇA COM JULIO CASARES
Como conselheiro, ao encaminhar um pedido proibindo conselheiros de exercerem cargos renumerados, tive contato com vários grupos, buscando a união. Assim conseguimos alinhar as discussões e encaminhar a aprovação da emenda. Costumo dizer que nós aproximamos mais por nossas divergências. Faço parte do grupo que nunca aprovou a gestão atual, embora exista uma relação de respeito com o presidente. Foi nesse momento, em torno de ideias, que houve a coalizão. Em fevereiro de 2019, nosso grupo elaborou uma série de sugestões para o departamento de futebol, pedimos uma audiência com o presidente, entregamos as sugestões para ele e não fomos atendidos. Em junho de 2019, o grupo dele [Casares] solicitou alterações no departamento de futebol. Também não foi atendido. Também destaco convergência nos pilares principais de gestão: governança, transparência e profissionalismo. Acho importante ressaltar que deliberativo e diretoria devem trabalhar em conjunto, mas atuar de forma autônoma.

GOVERNANÇA
Queremos evitar problemas com conflitos de ordem administrativa, sobreposição de funções dentro do São Paulo, conflitos. Governança está ligada ao compliance. Deve ser por órgãos internos ou externos.

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TRANSPARÊNCIA
Todos os atos da diretoria devem ser discutidos pelos órgãos internos do clube e divulgados à comunidade são-paulina. Sempre com velocidade. O fato tem de ser comunicado enquanto fato. Não adianta divulgar fatos pretérito. A repercussão já foi. E é importante falar diretamente com a comunidade tricolor. Estamos estudando fazer lives mensais, com o sócio e o sócio torcedor. Também pretendemos que as reuniões do conselho sejam transmitidas ao vivo, desde que não tratem de assuntos confidenciais.

PROFISSIONALISMO
Dentro da nossa visão do São Paulo, mas sobretudo do futebol, tendo em vista que hoje o futebol se transformou em tema de entretenimento mundial e não permite que se tome decisões sem conhecimento administrativo, transparência e profissionais. Vamos estabelecer comissões e critério para que o trabalho seja pautado dentro de elementos e conhecimento.

MUDANÇAS NO ESTATUTO
A primeira grande revisão já foi feita. Tampamos o primeiro buraco, que era a permissão para que conselheiros fossem remunerados. Isso foi saneado. O novo estatuto trouxe coisas importantes para o clube, modernas, mas que podem ser reavaliadas. O conselho administração, cujas funções não correspondem ao nome, é um exemplo. Hoje, o departamento de futebol não é obrigado a apresentar contratações para discussão e deliberação. Isso agride o que se chama boa governança. Outro ponto que agride a boa governança é que a presidência do conselho de administração é exercida pelo presidente da diretoria. O que contrária a ideia de fiscalização, cobrança. Pretendemos promover uma reforma estatutária estatutária, embora a atual trouxe grandes avanços, mas nem tudo é perfeito. Como homem do Direito, costumo dizer que não a norma que é boa ou ruim. Ela precisa evoluir.




FORÇA DO CONSELHO
Como candidato à presidência do conselho, devo dizer que a função do cargo é mediar e avaliar discussões. Quem altera ou solicita alterações no estatuto é o quadro de sócios. Mas estamos falando de transparência e governança. O futebol tem de ser tema presente e contínuo das nossas discussões. Não pode haver barreiras para ter informações e debater de forma propositiva. Pretendemos aumentar para dez ou 12 reuniões do conselho por ano para assuntos do clube. E ter uma reunião exclusiva sobre o futebol por mês. Todo corpo do futebol estará presente, sem ausência de respostas. É importante transparência para saber os caminhos.

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Comentários (7)
07/08/2020 04:59:23 José Luiz De Arruda Galati

Mais um enrolador!

06/08/2020 17:08:41 Samuel Vilar

#renuncieleco

06/08/2020 16:09:21 Paulo Monteiro de Mello

Ele tem cara de quem gosta do fruto... Hahahah...

06/08/2020 14:54:15 Priscilaeelvis Oliveira

Farofa do mesmo saco

06/08/2020 14:28:25 Paulo Monteiro de Mello

Ele é do grupo Aidar, Leco, Casares, Rai. Se você quiser que o SP continue assim votem neles

06/08/2020 13:53:48 Gerson Ribeiro da Rocha

Ele é universal e braço do seu leco Dr Marco Aurélio Cunha presidente

06/08/2020 13:47:39 Weslley Rodrigues

E do grupo do casares então não tem apoio de ninguém

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