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A Libertadores de 2016: Como o São Paulo mostrou para todos sua grandiosidade e tradição na competição

O futebol moderno, como conhecemos hoje em dia, é realmente diferente daquele em que vivemos alguns anos atrás. Hoje, o clube com mais dinheiro, contrata os melhores jogadores, com os mais altos salários (e exorbitantes) e constroem uma saga de conquistas. Assim, fazendo seus adversários também abrirem a carteira, para conseguir se igualar competitivamente e nivelar a competição.



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Entretanto, alguns times jogam com a tradição, com o peso na camisa, com o apoio da torcida e sua força em competições que estão acostumados a vencer. E não existe dinheiro no mundo que compre isso.

Essa matéria é escrita em 2020, mas começou exatamente 4 anos atrás, quando o São Paulo Futebol Clube viajou a Medelín com uma missão quase impossível. Reverter um 2 a 0 sofrido no Morumbi para a sensação da América, o Atlético Nacional.

Mas antes, retornaremos la no início, na tal Pré-Libertadores, motivo de pavor e possíveis vexames para os clubes brasileiros (2019 ainda dói no coração). O tricolor ia ao Peru, enfrentar um time chamado César Valejjo, até então desconhecido, mas basta enfrentar o São Paulo para ter os holofotes em seu devido lugar.

Um primeiro jogo chato, um chute despretensioso do time peruano, vai no ângulo de Denis para abrir o placar. O medo da eliminação batia na porta do torcedor, que assistia o time perder gol atrás de gol. Entretanto, um argentino que não era conhecido aqui no Brasil, mas que viria a ganhar o coração de milhões de tricolores, Calleri empatava a partida e a decisão ficava para o Pacaembu.

E aqui em São Paulo o jogo era outro, um estádio lotado, a torcida apoiando, favoritismo estampado, a vitória vem com tranquilidade certo? Errado. O São Paulo brincava de perder gols, até um pênalti desperdiçado por Michel Bastos. Por sorte, o time peruano não assustava e no final do jogo, o herói improvável Rogério, classificava o tricolor para a fase de grupos.

E como explicar essa fase de grupos torcedor tricolor? Uma derrota para o The Strongest aqui no Pacaembu que ninguém jamais esperava, um empate contra o River Plate no temido Monumental de Nuñez por conta de uma falha de Denis, e outro empate contra o desconhecido Trujillanos na Venezuela. 2 de 9 pontos conquistados e as manchetes já colocavam o São Paulo como eliminado.

Mas retornando ao início deste texto, quando disse que a camisa pesa e que a tradição não se compra. O São Paulo fez valer esse mantra e emplacou duas vitórias no Morumbi, sua casa tão temida por todos os times da América. Um 6 a 0 espetacular, com show de Calleri, 4 gols e o "toca no Calleri que é gol" já era hit. Um 2 a 1 em cima do River Plate, com dois gols adivinha de quem?

Fomos para a última partida precisando de um empate. O problema seria enfrentar não só o The Strongest, como a altitude de La Paz. E conseguimos, em um jogo sofrível, saindo atrás do placar, o empate de Calleri, a expulsão de Denis e o zagueiro Maicon assumindo a responsabilidade na baliza. Se o Galvão Bueno tivesse narrado aquela partida, com certeza ele diria que era um teste para cardíaco. Mas, classificados.

As oitavas de final, um time mexicano, o Toluca, que não era tão conhecido, mas passou em primeiro em um grupo que tinha o Grêmio e com o melhor aproveitamento geral da fase de grupos. Mas no Morumbi, a história é diferente. Com redenção de Centurión, o tricolor aplicou um 4 a 0 e na partida de volta, no México, se deu ao luxo de perder por 3 a 1.

As quartas de final, o jogo que se apresentava como o mais difícil, o Atlético Mineiro, nossos algoz de 2013. O São Paulo, para quem não sabe, tem um certo problema com times do mesmo país em competições internacionais. Foi eliminado para times do Brasil na Libertadores nas edições de 2006,2007,2008,2009,2010,2013.

Primeiro jogo no Morumbi, quando tudo se caminhava para um 0 a 0, Michel Bastos, que retornava de lesão, marcou de cabeça e deu vantagem para o tricolor. No jogo de volta sim era o problema. Aquele maldito horto que nos trazia péssimas lembranças, e começou da pior forma possível. O São Paulo tomou 2 gols em 5 minutos e viu toda sua vantagem ser desconstruída. Porém, uma cabeçada de Maicon no escanteio, devolveu o placar para o tricolor e por fim a classificação.

Então veio a paralisação, maldita paralisação, para as olimpíadas. A semifinal que não chegava contra a sensação Atlético Nacional, que vinha de uma classificação heroica contra o Rosário Central.

Enfim, chegamos ao ponto central dessa matéria. Durante todo esse percurso até chegar na semifinal, o São Paulo sofreu, não tinha elenco, não tinha os melhores jogadores, deram como eliminado ainda na fase de grupos, por todos os noticiários esportivos. Entretanto, quase todos os times caíram, e o tricolor seguia firme.

No Morumbi, aquela festa, tradicional, histórica, de quem conhece a competição. O São Paulo atacava, era melhor, comandava o jogo no primeiro tempo. Mas já na etapa final, Maicon acabou sendo expulso, de uma forma que só o senhor Mauro Vigliano viu como motivo de cartão vermelho. O lance acabou mexendo com o time tricolor e Bauza decidiu não readequar a defesa com um novo zagueiro. Resultado? Dois gols de Borja e a derrota.

No jogo de volta em Medelín, vinha a missão quase impossível. Mas porque quase? Por que nada é impossível para o São Paulo em uma Libertadores. E o jogo começa propício para o time visitante, gol de Calleri, logo no início do jogo e um pedido de calma dos jogadores, para manter a cabeça e fazer o segundo. Porém, o tal colombiano que conseguimos vender por uma boa quantia ao rival Palmeiras e não fazer nada por lá, empatou o jogo.

Depois disso, o São Paulo cresceu, Calleri acertou o travessão e Hudson não teve um pênalti escandaloso não marcado, para revolta dos jogadores. O 2 a 1 significava ir para o vestiário com a cabeça mais tranquila, sabendo que precisava de mais um gol. Porém na segunda etapa, o juiz marca o pênalti, mas a favor do Atlético, e o colombiano "lazarento" faz o segundo dele na partida e a eliminação selada.




Mas porque escrever tanto sobre uma edição que não ganhamos? Em 2016, o São Paulo mostrou o porque ser tão grande e tão tradicional no cenário futebolístico. Um ano em que nos demos por derrotados, eliminados várias vezes, chegamos em uma semifinal da competição mais importante do continente, sendo eliminados por conta de duas arbitragens totalmente contestáveis e que prejudicaram o tricolor durante a semifinal.

Mostra mais uma vez o conceito de que dinheiro não ganha jogo, que tradição não se compra, se conquista, e o porque somos o clube brasileiro mais vezes campeão da América e do mundo.



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São Paulo, libertadores, 2016, tradição

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Comentários (4)
14/07/2020 11:22:26 filipesousa

até hoje não me conformei com aquela derrota pro atlético nacional

14/07/2020 12:10:25 John Stiffler

Sem duvidas fomos roubados, mas o ze ruela do Bauza foi muito burro no Morumbi...deu a avenida pra o atletico acabar o jogo .... Lugano quase endoida no banco...

ouro
14/07/2020 08:00:38 Tricolaço7

Título comprado certeza!!!! E com dinheiro sujo...

14/07/2020 06:35:52 Mailton Kennedy

Vdd 2016 era pra ser nois campeão da América

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