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A conversa serviu para os dirigentes passarem aos jogadores qual é a situação do São Paulo, agravada pela pandemia de Covid-19 e com impacto direto nos salários dos atletas. A reclamação de alguns jogadores é de que o pagamento feito em junho corresponde a apenas 20% dos salários na carteira.
Nessa conversa, os dirigentes do São Paulo tiraram dúvidas dos jogadores sobre os problemas financeiros e também falaram a respeito do planejamento técnico para essa nova pré-temporada.
Os treinamentos serão iniciados a partir desta quarta-feira (1º de julho), quando está prevista a reapresentação de Daniel Alves e outros atletas de nomes não revelados. Cada caso tem razões diferentes não confirmadas. Também não há informação do número de jogadores nessa situação.
Existe a ideia de treinar por um período de tempo no CT da base, em Cotia, onde a estrutura é maior e é possível concentrar os jogadores com mais segurança.
Embora haja quem entenda a grave crise financeira aumentada pela pandemia de Covid-19, também há incômodo pela volta aos trabalhos sem o recebimento dos valores esperados.
Uma das possibilidades para conter a crise seria estender o corte salarial de 50% dos jogadores até o fim do ano. Não se trata de uma ideia do departamento de futebol. Empréstimo em banco também é uma alternativa. Neste momento, tanto o prazo quanto a porcentagem desse possível novo corte estão indefinidos.
O corte salarial foi um dos temas da última reunião entre o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, a diretoria financeira e o Conselho de Administração. O departamento de futebol não participou do encontro.
Antes de tomar uma decisão, o São Paulo pretende buscar entendimento com os atletas. O assunto é considerado muito delicado no clube. A ideia é primeiro quitar os atrasos para depois propor um novo acordo salarial.
Nesse sentido, a intenção do clube é pagar essas pendências e resolver parte dos problemas de caixa com o dinheiro da venda de Antony ao Ajax.
A previsão é de que a maior parte do dinheiro (9,750 milhões de euros, cerca de R$ 60 milhões) seja paga no meio de julho. Pelo acordo, o Tricolor receberá os outros 6 milhões de euros no fim do ano.
Na primeira proposta de corte, o São Paulo havia programado uma nova negociação salarial no fim de junho, quando o panorama seria reavaliado diante do cenário da pandemia. Até o momento, a única previsão de volta de jogos sinalizada é do Brasileirão para os dias 8 e 9 de agosto.
O Conselho de Administração entende que são necessárias medidas drásticas para conter a crise e deverá debater o assunto nas próximas reuniões, embora não tenha poder de determinar ações práticas no futebol.
De qualquer maneira, uma das discussões consideradas inevitáveis é o corte salarial dos jogadores, por se tratar da maior despesa no departamento de futebol.
Nesta semana, o presidente Leco disse que vender jogadores será questão de sobrevivência depois da pandemia. Além das vendas, algumas possibilidades para conter a crise são renegociar contratos com altos valores – com a opção de aumentar o tempo de vínculo – e negociar rescisão com alguns atletas. Uma ideia seria alongar dívidas para 2021, diante do impacto do coronavírus nas finanças.
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