Antes da parada em razão do Covid-19, porém, Régis já havia deixado o clube em comum acordo com a diretoria. O diretor Renê Marques afirmou que o atleta teve problemas de dependência química, questão já recorrente em clubes anteriores.
“Régis jogou três jogos, teve uma lesão e depois em comum acordo rescindimos o contrato. É um menino muito bom, diferenciado dentro de campo, mas infelizmente teve algumas quedas e junto disso vem a depressão, o isolamento. O problema dele é muito sério, muitos criticam mas poucos ajudam,” afirmou o dirigente.
Segundo Renê, o problema de Régis em Jaraguá do Sul (cidade sede do Juventus-SC) foi especificamente o álcool, e isso resultou em faltas de treinamentos.
“Falamos com outros clubes antes de contratar o jogador, e sabemos que no caso do Régis tentaram de tudo. Acompanhamento, prevenção, psicologia. Nós optamos por deixar ele livre para fazer o que achasse melhor pra ele, sem segurança, sem nada. Em 42 dias de pré-temporada, não teve nenhum problema. Infelizmente depois aconteceu, porque é um menino formidável quando não bebe, você nem acredita que se transforma quando bebe”, disse o dirigente.
Procurado pelo ESPN.com.br, Régis disse que a partir de agora só falaria sobre coisas de dentro de campo, e que pediu a rescisão de contrato para ficar mais perto dos pais e do filho que mora em Brasília e são "sua terapia" neste momento.
O lateral direito, que entrevista a outros veículos no passado confessou o uso de cocaína, disse que seus empresários receberam sondagens antes da parada do futebol no Brasil e que deseja voltar aos gramados assim que possível.
“Hoje ele não tem força”, diz técnico Jorginho
Jorginho trabalhou com Régis no começo da carreira do lateral, quando ele tinha 18 anos, no Goiás. Depois disso, perderam contato e se reencontraram em Santa Catarina. O treinador ressaltou as qualidades do jogador e lamentou que ele não tenha conseguido dar sequência ao que prometeu.
“O vício, se o cara não quiser ajuda, é difícil sair. Ele não foi correto com os colegas, prometeu que ia se cuidar e não conseguiu. É difícil porque ele não queria ajuda fora do campo, então é uma briga interna, ele vai ter que brigar contra ele. Uma pena, porque ele tem dificuldades de entender algumas coisas táticas mas com a bola no pé é outro nível, é pra jogar no Corinthians, São Paulo, etc. Ele não gosta do que vem acontecendo, mas hoje ele não tem força para sair. Torço para que alguém tenha capacidade de fazer ele sair dessa situação, nós infelizmente não tivemos”, declarou o treinador.
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