No início desta temporada, o técnico Muricy Ramalho resolveu fazer um rodízio na equipe do São Paulo para que todos os atletas pudessem ser testados e terem as oportunidades necessárias para serem bem avaliados. A decisão do treinador criou alvoroço no meio futebolístico. Alguns especialistas disseram que seria bom, outros acharam que poderia causar mal-estar no grupo tricolor e até mesmo atrapalhar o ritmo de jogo de alguns. Para responder esta polêmica, a equipe do site Justicadesportiva.com.br resolveu escutar alguns jogadores em ação no país.

O zagueiro Miranda, do próprio São Paulo, e que na última segunda-feira, dia 9 de fevereiro, foi absolvido no Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD/SP), disse que concorda com o rodízio de Muricy e avisou que esta medida é boa para dar ritmo de jogo aos atletas.

“O rodízio é bom, pois acaba dando condição de jogo para todos. O Muricy comentou que deve acabar nesta semana, já que vai começar a Libertadores e ele vai mostrar para todos qual será o time principal”, disse o zagueiro.

O experiente volante Paulo Miranda, que atualmente atua no Santa Helena, de Goiás, explicou que este tipo de rodízio é normal na Europa e lembrou da época em que atuava no Bordeaux/FRA. “No futebol europeu o rodízio de jogadores é muito comum. Os treinadores têm um elenco qualificado e por isso podem experimentar varias formações e equipes. O Muricy é um grande treinador e o São Paulo tem um grande time. Os jogadores não vão fazer cara feia, pois sabem que estão em um dos principais time do país. O Muricy tem pulso forte e sabe comandar a equipe. Ele tem o time na mão e sabe o que faz”, comentou o jogador, acrescentando ainda "É melhor ser reserva no São Paulo do que jogar em muitas equipes chamadas de grande por aí".

O jovem meia Everton, que vem atuando na ala-esquerda do Flamengo, enquanto Juan se recupera de lesão, manteve a linha dos outros atletas e afirmou que isso é bom para motivar também os mais novos. “O rodízio não é algo ruim. Dá ritmo de jogo a todos e uma chance também. Sem falar que é bom para os jovens que podem demonstrar em campo o seu potencial”, opinou.