São Paulo segue sem vencer e sem fazer gols no Paulistão. Neste sábado, no Morumbi, o Tricolor empatou por 0 a 0 com o Novorizontino, pela segunda rodada – na estreia perdeu do São Bento. Dessa vez, o técnico Dorival Júnior escalou o que tinha de melhor dentre aqueles que tinham as melhores condições de entrar em campo. Mas o problema de criação permaneceu.



Até mesmo quando promoveu a estreia de Diego Souza e o retorno de Cueva no segundo tempo, o técnico não conseguiu dar à equipe evolução suficiente para buscar a vitória. Foram poucas chances de gol criadas. E as melhores não saíram com os jogadores de frente. O São Paulo ainda tem um longo caminho pela frente para encontrar o time ideal.

– Temos de começar a vencer, porque lá na frente vai fazer falta – falou Jucilei depois do jogo, no qual o Tricolor teve como melhor chance uma bola de Petros na trave e ainda um pênalti não marcado em cima do garoto Caíque.

A próxima partida do São Paulo no Campeonato Paulista será na quarta-feira, às 21h45, contra o Mirassol, fora de casa, pela terceira rodada da competição.

Diego Souza fez sua estreia com a camisa do São Paulo, mas passou em branco (Foto: Mauro Horita / Estadão Conteúdo)

Primeiro tempo
O São Paulo dominou a posse de bola na etapa inicial. Mas teve muita dificuldade em transformar isso em oportunidades de gol. Responsável pela armação, Shaylon não conseguiu colocar os seus companheiros de ataque em condições de finalizar. Com Marcos Guilherme e Lucas Fernandes nas pontas e Brenner de centroavante, o Tricolor pouco fez para abrir o placar.

Das três melhores chances do São Paulo, apenas uma teve Shaylon e um atacante envolvido. Foi em contra-ataque aos 22 minutos. O meia deixou Marcos Guilherme em boa condição, mas o chute do atacante parou nos pés de Tony, que salvou em cima da linha. Fora isso, duas oportunidades de fora da área: uma com Petros, aos 14, e outra com Militão, aos 46.

– Estamos demorando um pouco, está faltando um pouco mais de capricho no último passe – disse Rodrigo Caio ao Sportv, no intervalo da partida.

O zagueiro tem razão. Shaylon, porém, poderia ter tido mais colaboração de Marcos Guilherme e Lucas Fernandes pelas pontas. E também de Brenner, que ficou muito isolado lá na frente e pouco apareceu para o jogo. Dorival Júnior disse recentemente que gostaria de ter um time taticamente disciplinado nos dois primeiros terços. Dali para frente, ele queria ver maior liberdade na criação.

Nisso, pelo que foi visto no primeiro tempo, o time está devendo.

Veja como o São Paulo entrou em campo contra o Novorizontino (Foto: Reprodução)

Segundo tempo
A etapa final começou com um susto para os são-paulinos. Com menos de um minuto, Rodrigo Caio dominou mal a bola e teve de fazer falta para evitar que o Novorizontino tivesse chance.

Passado isso, nada mudou em relação ao primeiro tempo. E com Diego Souza e Cueva no banco nada mais natural do que a torcida começar a pedir a entrada da dupla. E assim foi. Primeiro Diego Souza, aos 12, no lugar de Lucas Fernandes. Depois Cueva, aos 17, na vaga do garoto Brenner.

Muito embora a entrada dos dois tenha dado maior qualidade técnica à equipe, a falta de entrosamento pesou. E com a tentativa de ganhar a partida, o São Paulo ficou mais aberto na defesa e quase perdeu em contra-ataque do Novorizontino. Juninho deixou Sidão para trás aos 32, e Rodrigo Caio salvou o Tricolor.

A última cartada de Dorival Júnior foi Caíque no lugar de Marcos Guilherme. O garoto se movimentou bem e chegou a sofrer um pênalti de Cléo Silva. Mas o árbitro Luiz Flávio de Oliveira não marcou. Seria a melhor chance de o Tricolor abrir o placar no Morumbi. Para a próxima rodada, Dorival Júnior tem algumas missões importantes:

- Dar maior ritmo aos seus principais jogadores
- Melhorar o setor de criação
- E encontrar mais opções para atacar contra times mais fechados

Veja a formação do São Paulo que terminou a partida no Morumbi (Foto: Reprodução)