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Réplica, passagens remarcadas e bom futebol: conheça o São Paulo-AP

Equipe nasceu no fim dos anos 1980 com o propósito de homenagear o Tricolor paulista; nesta sexta tenta desbancar a Portuguesa no mata-mata da Copinha

O zagueiro Bruno Alves presenteia a garotada Divulgação

O São Paulo está fazendo sucesso na Copa São Paulo de Futebol Júnior e conquistando a simpatia dos torcedores. Não estamos falando necessariamente do Tricolor paulista, tricampeão da Copinha e dono de um dos maiores investimentos do futebol brasileiro nas categorias de base. O clube que está atraindo adeptos na competição é o São Paulo do Amapá, que logo em sua primeira participação no torneio já conseguiu escrever história.



O time do escudo (quase) idêntico ao do Tricolor paulista é o primeiro do estado do Amapá a avançar à segunda fase da Copinha após duas vitórias e uma derrota na fase de grupos da competição. Nesta sexta (12), às 16h, a equipe mede forças com a Portuguesa, no Canindé, tentando escrever mais uma página da história e avançar no maior torneio de base do país.

Mas quem é esse São Paulo do Amapá?
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Fundado em 1988 por um grupo de amigos são-paulinos, o xará nordestino é a cópia da equipe do Morumbi. Profissionalmente, o clube disputa apenas o Campeonato Amapaense e faz sua primeira participação em um torneio nacional justamente na Copinha. Por ironia do destino, a equipe caiu no Grupo 31 da competição, justamente com sede no Estádio Nicolau Alayon, a pouco menos de 100 metros do CT da Barra Funda.

Depois de duas vitórias seguidas nas rodadas iniciais, os jogadores e comissão técnica foram convidados a conhecer as instalações do São Paulo. Acostumada a jogar em campo de terra batida, a garotada do Tricolor amapaense ficou impressionada com a dimensão da estrutura de um clube profissional. Não faltaram fotos, tietagem e muita festa por parte dos visitantes.

- Fomos muito bem recebidos e fizemos uma festa lá no CT da Barra Funda. Tiramos fotos com os jogadores e eles nos presentearam com chuteiras, coletes e materiais de jogo. Os garotos quiseram tirar fotos com todos, principalmente com o Diego Souza e com o Rodrigo Caio. Foi uma alegria imensa para nós, relata Adenos de Lima, o presidente do clube e responsável pelos garotos ao longo da estadia na capital paulista.

Além do bom futebol demonstrado na Copinha, o que chama a atenção no São Paulo nordestino é a semelhança visual com seu xará. O brasão da equipe é praticamente o mesmo de seu homônimo famoso. Apenas as letras ‘A’ e ‘P’ colocadas dentro do escudo o distinguem do Tricolor paulista. O uniforme é praticamente a réplica perfeita, como explica o dirigente ao LANCE!
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- Fazemos tudo exatamente igual ao São Paulo. O escudo só é diferente porque tem um ‘A’ e um ‘P’ dentro. O pessoal até fala que um dia o São Paulo vai entrar na Justiça contra a gente, mas eu creio que não porque é uma homenagem. Sempre que o São Paulo lança um uniforme novo, eu compro e mando fazer um igual para o clube, relata o orgulho e, claro, são-paulino Adenos.

Dificuldades para voltar para casa
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Primeiro clube do estado do Amapá a conseguir avançar de fase na Copinha, o São Paulo nordestino contou com a parceria do governo para comprar as passagens de avião necessárias para viajar os mais de 3 mil quilômetros que separam Macapá da capital paulista. O problema, porém, é que o próprio clube não imaginava ir tão longe e agendou o retorno para a última quinta (11).

Como o time tem o confronto com a Lusa, a situação ainda não foi resolvida. Afinal, a garotada entra em campo para, mais uma vez, fazer história e honrar a camisa vitoriosa que veste – mesmo que seja uma réplica.

- Sabemos da qualidade do nosso adversário, mas acreditamos no nosso potencial e cremos ser possível eliminar a Portuguesa, que é uma grande equipe e tem todo o nosso respeito, pontua o presidente.

A companhia aérea responsável pelos voos, no entanto, cobra R$ 1 mil por cada passagem, o que totaliza R$ 25 mil ao modesto clube do Amapá. Humilde, a equipe não tem condições financeiras de custear o retorno atrasado para casa. A solução, agora, é pedir uma ajuda ao governador do estado do Amapá.

- O governo nos ajudou a vir e agora vai nos ajudar a voltar. Tem um rapaz que está vendo isso para nós e vai resolver a situação. O São Paulo (AP) é assim mesmo: na raça e na vontade, brinca Adenos que não se preocupa com os problemas das passagens e foca em conquistar a inédita classificação para a terceira fase da Copinha.

Sonho de parceria

Depois de conhecer o CT da Barra Funda e acompanhar o treino da equipe profissional, o São Paulo do Amapá agora pretende uma aproximação com o Tricolor paulista, mesmo que seja a realização de algum amistoso ou a ida de alguns jogadores para o CT de Cotia para fazer testes.

- Viemos aqui com a esperança de mostrarmos nosso trabalho e ajudarmos a mudar a vida desses meninos. Esperamos que eles conheçam novos lugares e possam jogar em times grandes. Se aparecer alguma proposta, estamos abertos para uma conversa, concluiu o cartola, demonstrando o trabalho social feito no clube e a importância da Copinha para os times de menor expressão.


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