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Serginho Chulapa afirma que clima não era legal na Seleção de 1982

Maior artilheiro da história do São Paulo e ídolo do Santos, Serginho Chulapa colecionou gols e muitas polêmicas ao longo de seus 20 anos de carreira como centroavante. Hoje trabalhando na comissão técnica do Peixe, ele bateu um papo animado com o comentarista Walter Casagrande em mais uma edição do quadro Casão FC. Na entrevista, ele explica algumas das confusões que se meteu, diz que não quer ser mais treinador, afirma que os jogadores de hoje o respeitam e recorda a frustrada Copa do Mundo de 1982 que disputou e perdeu com a camisa da seleção brasileira.



Chulapa era o centroavante do Brasil na Copa da Espanha em 1982, e conta sua versão sobre o que aconteceu durante o Mundial.

- O ambiente não era legal. Já disse isso e repito. Tinha jogador que ia comemorar os gols perto de uma determinada placa de publicidade para ganhar um dinheiro, aí eu também fiz um contratinho né. O negócio estava assim, tinha contrato de chuteira, estava uma bagunça, mas o time estava ganhando né.

O artilheiro lembra que precisou se ligar muito para não vacilar com o disciplinador técnico Telê Santana, mas lamenta o resultado final com a eliminação para a Itália.

- Naquela Copa eu me policiei muito para não fazer besteira, eu tinha que ser o que eu era, mas estava bom daquele jeito, quatro vitórias e jogando fácil. Apesar que aquela copa não era a minha, a minha era a de 1978. Se deu certo ou não deu certo? Poderia ter sido melhor, mas não faltou muito não, se eu, e todos eles, tivéssemos caído na realidade contra a Itália e dito assim: “Pessoal a vantagem do empate é nossa. Vamos voltar aqui, vamos ficar aqui”. Mas não, fomos para frente e infelizmente eu lamento. Porque se a gente passa da Itália ninguém segura. Só lamento por quatro jogadores: Sócrates, Cerezo, Zico e Falcão, aquela geração que não foi campeã mundial. Uma geração perdedora.

Serginho lembra que a Copa de 1978, que perdeu por estar suspenso é que deveria ter sido a sua Copa.
- Antes da copa de 1978 eu fui suspenso por agredir um bandeirinha. Me deram um ano, mas eu não tenho arrependimento. O problema foi que me julgaram no Rio de Janeiro, por um biquinho me deram um ano. Se eu soubesse que ia pegar um ano tinha arrancado a perna dele. Não me arrependo, mas eu dei mole.

Durante a conversa, Serginho lembra também quando ele e Casagrande participaram das gravações da novela Vereda Tropical com o ator Mário Gomes, que interpretava o jogador Luca. Eles se recordam das gravações no Morumbi numa partida contra o Vasco e dão muita risada quando se recordam da passagem rápida de Serginho como cantor, que rendeu uma entrada em campo fantasiado e apenas três shows.

Respeitado pelos jogadores de hoje, que segundo ele veem seus gols na internet, Serginho conta que perdeu a paciência com o trabalho de treinador e que não voltará a exercer esta função e encerra.

- Também já estou com 64 anos.

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