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Ele saiu do São Paulo para estudar engenharia nos EUA e jogou até na Alemanha. Hoje, comanda torneio que leva gigantes para Flórida

Ricardo Villar (à dir.) jogou no Kaiserslautern, da Alemanha

Fundador e CEO da Florida Cup, competição realizada em janeiro nos Estados Unidos, Ricardo Villar fez uma carreira como jogador profissional fora do Brasil. Após começar no futsal e migrar para o campo nas categorias de base do São Paulo, ele precisou tomar uma importante decisão.



"Acabei vivendo aquela situação de que precisava escolher entre a educação e o esporte. Era muito puxado porque o colégio era muito longe do CT da base. A escola pedia para eu parar de jogar e focar nos estudos e o clube pedia para ter mais empenho no futebol. Isso foi um divisor de águas para mim", disse, ao ESPN.com.br.

Aos 15 anos de idade, Villar saiu do clube do Morumbi para se tornar um estudante nos Estados Unidos.

"Vim como aluno de intercâmbio e jogava pela escola. Era muito diferente do que é hoje. Um treinador universitário me viu jogando e me ofereceu uma bolsa de estudos", recordou.

O jovem foi estudar engenharia de produção na Universidade de Penn State (EUA) e competiu na liga da NCAA (National Collegiate Athletic Association). Até hoje, é o único brasileiro selecionado como All-American, honraria concedida aos 11 melhores jogadores da competição. Com isso, foi escolhido pelo FC Dallas no draft da MLS (Major League Soccer).


Ricardo no São Paulo

"Eu poderia ter saído empregado como engenheiro depois da faculdade, mas fui draftado para jogar. Fiz um jogo pela Open Cup contra o DC United, que tinha o El Diablo Etcheverry [ex-seleção boliviana] e o Stoichkov [ex-jogador búlgaro do Barcelona]. Tinha um olheiro alemão por lá e no ano seguinte eu fui para Europa", contou.

O brasileiro foi jogar pelo Austria Salzburg [que virou depois o Red Bull Salzburg] ao lado de Richarlyson, ex-volante de São Paulo e Atlético-MG.

"Fui bem e cheguei até a ser cogitado para tirar a cidadania e jogar pela seleção austríaca. Mas acabei transferido ao Chunnam Dragons, da Coreia do Sul, e depois fui ao Kaiserslautern, da Alemanha, em 2006. Eu era o único brasileiro da equipe e fiquei uma temporada por lá", afirmou.

Neste período, Ricardo Villar jogou a 2ª Divisão da Bundesliga e enfrentou pela Copa da Alemanha o Bayern de Munique na Allianz Arena para 68 mil pessoas.

"Nós fomos dominados o jogo inteiro e perdemos por 1 a 0. Eu era um meia-atacante, mas joguei mais na parte defensiva. Estavam na minha frente estava só o Lahm e o Schweinsteiger. Era uma situação bem difícil (risos). Foi uma experiência bem interessante", garantiu.

"Foi um primeiro impacto de sonho que tinha deixado para trás quando tinha ido estudar nos EUA. Não imaginava que um dia poderia chegar tão longe. Foi uma realização para mim. Troquei de camisa com o Lahm no final do jogo", relembrou.

Após esta experiência, ele passou por SpVgg Unterhaching-ALE, AS Rhodos-GRE e depois voltou para o FC Dallas, da MLS.

"Fiz alguns gols no final da carreira e foi bacana. Nossa equipe chegou até os playoffs de 2011, mas caímos para o New York Red Bulls, do Thierry Henry e Rafa Márquez. Foi bem diferente essa volta porque o futebol evoluiu muito por aqui nesses anos", comparou.

Idealizador de competição
Após voltar aos Estados Unidos, ele começou a se preparar para quando pendurasse as chuteiras.

"Eu sofri uma contusão e encerrei minha carreira em 2012. Mas foi uma transição mais fácil porque já tinha alguns negócios fora dos campos. Eu já tinha começado a 2SV Sports, empresa que faz intercâmbio esportivo-acadêmico em universidades norte-americanas, por meio de bolsas de estudos", contou.

Com os contatos que o brasileiro fez ao longo destes anos, resolveu fundar a Florida Cup, que teve sua primeira edição em janeiro de 2015.


Ricardo Villar é o idealizador da Florida Cup

"Resolvemos aproveitar essa necessidade de internacionalização dos clubes do Brasil e essa brecha que abiu na pré-temporada. Dentro de um mercado emergente como os Estados Unidos poderia ser importante", afirmou.

Já participaram do torneio clubes como Atlético Mineiro, Corinthians, Fluminense, Internacional, São Paulo, Vasco, Atlético Nacional-COL, Bayer Leverkusen-ALE, Estudiantes-ARG, PSV Eindhoven-HOL, River Plate-ARG e Schalke 04-ALE.

Ricardo Villar também foi chamado para ajudar na construção do San Francisco Deltas, em maio de 2016, como consultor esportivo do clube da Califórnia. Com Dagoberto (ex-jogador de São Paulo e Cruzeiro), a equipe venceu Liga Norte-Americana de Futebol (NASL), logo em sua temporada de estreia na competição.

Em 2018, a Florida Cup terá PSV Eindhoven, Légia Varsóvia, Rangers,Atlético Nacional e Barcelona de Guayaquil. Os representantes brasileiros serão Corinthians, Fluminense e Atlético Mineiro. A competição será realizada nos Estados Unidos entre os dias 10 e 20 de janeiro.

"Resolvemos aproveitar essa necessidade de internacionalização dos clubes do Brasil e essa brecha que abiu na pré-temporada. Dentro de um mercado emergente como os Estados Unidos poderia ser importante", afirmou.

Já participaram do torneio clubes como Atlético Mineiro, Corinthians, Fluminense, Internacional, São Paulo, Vasco, Atlético Nacional-COL, Bayer Leverkusen-ALE, Estudiantes-ARG, PSV Eindhoven-HOL, River Plate-ARG e Schalke 04-ALE.

Ricardo Villar também foi chamado para ajudar na construção do San Francisco Deltas, em maio de 2016, como consultor esportivo do clube da Califórnia. Com Dagoberto (ex-jogador de São Paulo e Cruzeiro), a equipe venceu Liga Norte-Americana de Futebol (NASL), logo em sua temporada de estreia na competição.

Em 2018, a Florida Cup terá PSV Eindhoven, Légia Varsóvia, Rangers,Atlético Nacional e Barcelona de Guayaquil. Os representantes brasileiros serão Corinthians, Fluminense e Atlético Mineiro. A competição será realizada nos Estados Unidos entre os dias 10 e 20 de janeiro.

"Os clubes alemães não poderão vir por causa do ano de Copa do Mundo. A pausa do fim do ano será menor. Serão realizados confrontos internacionais como nos anos anteriores", finalizou.


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