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Campeão no atletismo e fã de biografias, Marcos Guilherme conta a sua história

Antes de reencontro com adversário especial, atacante relembra infância e fala sobre a vida fora dos gramados

Por Rubens Chiri / saopaulofc.net

No dia 29 de julho deste ano, no Engenhão, o são-paulino Marcos Guilherme estreou pelo Tricolor em grande estilo: balançou as redes duas vezes na épica virada sobre o Botafogo por 4 a 3, em partida que também marcou o retorno de Hernanes. E antes de duelar novamente com os cariocas neste final de semana, no Pacaembu, o atacante falou sobre a sua vida fora das quatro linhas.



Caçula da família Matos e pai do pequeno Guilherme, de um ano e nove meses, o camisa 23 recordou momentos marcantes na infância e não escondeu a emoção ao lembrar da avó Erundina, que o criou e faleceu em setembro deste ano. No bate-papo, o jogador de 22 anos revelou ser fã de biografias e relembrou um passado vitorioso no atletismo: foi campeão nos 100 e 200 metros rasos na escola.

Confira!

REENCONTRAR O BOTAFOGO


- Sem dúvida, reencontrar o Botafogo é especial. Foi a minha partida de estreia pelo São Paulo. E vamos com a expectativa de conquistar um novo resultado positivo. O jogo do primeiro turno trouxe muitos ensinamentos, como não desistir da vitória, e aquela virada foi importante. Conseguimos vencer, porque acreditamos até o final. Isso me marcou bastante naquela partida. Marcar os dois gols foi emocionante, mas o segundo foi marcante: por garantir a nossa virada e pela movimentação do Cueva na jogada.

IMAGINAVA UM INÍCIO TÃO BOM NO CLUBE?

- Cheguei ao São Paulo com o objetivo de poder ajudar de todas as formas, e felizmente tudo correu bem. A recepção que eu tive de jogadores, comissão técnica e torcida me ajudou bastante. Este foi um fator importante para crescer junto com a equipe.

SENTE UMA EVOLUÇÃO DE LÁ PARA CÁ?

- Trabalhar todos os dias com os jogadores e com a comissão técnica proporciona uma grande evolução. Sinto que cresço um pouco mais a cada dia, e além disso tenho muita vontade de aprender. Sem dúvida, da minha estreia para cá, acredito que consegui evoluir bastante para ajudar a equipe.

DORIVAL JÚNIOR

- O Dorival tem sido muito importante nisso. Antes mesmo de chegar ao São Paulo, quando ele estava no Santos, já existia o interesse de trabalharmos juntos. E felizmente deu certo no São Paulo. Quando o atleta chega em um clube ciente do interesse do treinador, isso dá uma motivação maior. Saber que o técnico conta com você ajuda muito, e tento retribuir isso a cada partida. Não só o Dorival, mas o Lucas Silvestre (auxiliar técnico) e toda a comissão técnica me ajudam bastante. Então sempre vou me doar pelo grupo.

TORCIDA TRICOLOR

- Esse exemplo da torcida, em 2017, será levado para as próximas temporadas. O torcedor tem feito a diferença. No momento mais difícil, a torcida abraçou o time como nenhuma outra fez. E tenho certeza de que isso, agora, é uma referência para todos no futebol brasileiro. Que seja assim daqui para frente, porque o nosso torcedor é fundamental.

RELAÇÃO COM A TORCIDA

- Os torcedores já me reconhecem nas ruas, mas não sou de sair muito (risos). E isso aumentou principalmente após a nossa vitória no clássico contra o Santos (2 x 1), quando fiz o gol (por cobertura). É muito legal este reconhecimento, e como são-paulino me sinto realizado. Era um sonho que eu tinha, desde garoto, ter este reconhecimento em um clube grande como o São Paulo. Estou muito feliz por isso.

MORAR EM SÃO PAULO

- Como não sou de sair muito, ainda não me perdi por aí (risos). Mas é uma cidade grande, com trânsito e muitas opções para sair. Gosto de ficar com a minha família e, eventualmente, jantar fora. Já conheci alguns lugares, e sou fã de restaurantes de massas. Também gosto de levar o meu filho para passear e brincar em parques e shoppings, ou lugares mais tranquilos.

O MARCOS GUILHERME PAI

- Ser pai jovem me ajudou muito, porque trouxe mais responsabilidade. Quem é pai sabe. É um amor que não dá para explicar. Chegar em casa depois de treinos e jogos e ver o meu filho me esperando com um sorriso no rosto não tem preço. Ele me faz crescer cada vez mais como pessoa e profissional, me sinto mais maduro. Ser pai foi uma grande conquista, e tomara que ele seja são-paulino como eu (risos). Apesar de novo, o Guilherme já vai aos jogos e acompanha o São Paulo pela televisão. Ele gosta de jogar bola e já deu para perceber que prefere o futebol.

INFÂNCIA

- Sempre gostei de futebol e brinquei bastante na infância, mas também trabalhei para ajudar em casa. A minha avó, Erundina, vendia geladinho e salgados nas ruas do interior de São Paulo. E eu gostava de ajudá-la. Ela vendia as mercadorias em jogos de futsal da cidade, então eu aproveitava para assistir e vender (risos).

LEMBRANÇA DA AVÓ

- Ela faleceu recentemente, em setembro, logo após o jogo contra a Ponte Preta (2 x 2). Recebi a notícia após a partida e senti muito, porque era como uma mãe pra mim. Inclusive eu a chamava de mãe. Éramos muito próximos. Minha família é pequena, e a minha avó era a nossa líder em casa. Perder ela foi um momento difícil e ainda dói. Quando entro em campo, jogo por ela e pelo meu filho. Felizmente ela conseguiu me ver jogar pelo clube do coração, o São Paulo, e isso me enche de orgulho. Sempre lembro dela antes dos jogos.

VELOCISTA

- Desde pequeno, sempre fui rápido. Fiz atletismo na escola e ganhei algumas provas: fui medalha de ouro nos 100 e 200 metros rasos. E fui aprimorando isso ao longo do tempo. No início da carreira, jogava mais centralizado e de uma maneira mais cadenciada. Mas, depois, comecei a explorar mais a minha velocidade e então fui para as pontas do campo. Fiquei mais veloz e levei isso para o futebol.

INÍCIO DA CARREIRA

- Começou como uma brincadeira, e eu só fui entender que era sério quando saí de casa aos 12 anos de idade para fazer um teste. Tive que morar longe dos meus pais, mas fiz isso em busca do meu sonho de ser jogador. E felizmente deu certo, porque se eu não fosse jogador, estava lascado (risos). A única coisa que eu sei fazer é jogar futebol. Nunca me imaginei em outra área.

FORA DE CAMPO

- Gosto de ver filmes de comédia, ação e seriados. Mas tenho um gosto maior pela leitura, principalmente as biografias, porque ensinam muito. Histórias de quem venceu na vida e superou momentos difíceis para crescer rendem aprendizado. Já li as biografias do Andre Agassi (tenista), que me marcou bastante pois eu vivia um momento difícil na época e a história dele me motivou, do Oscar Schmidt (jogador de basquete), do Michael Jordan (jogador de basquete) e algumas que não são do esporte, como a do Nick Vujicic que não tem os braços e as pernas. Gosto de ler e aprender com as histórias de superação.

ÍDOLO

- É difícil citar apenas um, porque admiro muitos jogadores e esportistas, como estes das biografias. Mas gostava de ver o Lucas (atualmente no Paris Saint-Germain-FRA) jogar pelo São Paulo, em 2012. Ele viveu um grande momento aqui, foi campeão e me marcou bastante.

FUTURO

- Quero ser um exemplo para o meu filho, que ele tenha orgulho do pai. E por isso procuro ser correto. Me cobro bastante para que seja um exemplo para ele, como o meu pai foi para mim. Profissionalmente, estou realizando um sonho de jogar no São Paulo, mas o meu grande objetivo é ser campeão aqui. Ficarei muito orgulhoso quando isso acontecer, porque desde a infância desejo isso.


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