Éder Militão ascendeu da base ao time principal do São Paulo sob o trunfo de poder atuar como zagueiro ou volante. Recentemente, tomou conta foi da lateral direita, com atuações que os especialistas Bruno e Buffarini não conseguiram ter em 2017.



Mesmo com a lesão do jovem de 19 anos, que pode desfalcar a equipe por até três semanas, a tendência é que o improviso permaneça no setor. Ou com Araruna, volante de origem, ou com Aderllan, contratado para reforçar a zaga tricolor.

Bruno e Buffarini estão mal na temporada. O brasileiro, além da instabilidade técnica, sofre com dores na região cervical. Em razão delas, ele só foi relacionado para um dos últimos 13 jogos da equipe. O argentino, por sua vez, tem ficado no banco de reservas, mas, mesmo assim, é preterido quando Dorival precisa tirar Militão.

Na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-PR, ao longo do segundo tempo, o escolhido para entrar foi Araruna, que, assim como Militão, foi promovido por Rogério Ceni no primeiro semestre. Volante e lateral-direito na base, ele era o reserva de Thiago Mendes no meio, mas se tornou opção para o lado do campo.

Já em outro triunfo recente, os 2 a 0 em cima do Flamengo, Dorival tirou Militão nos acréscimos, e optou por um jogador de característica física semelhante: Aderllan fez sua estreia nos minutos finais.

Com Bruno no departamento médico, veja o que o São Paulo pode ganhar e perder com cada uma das alternativas de Dorival Júnior para a lateral direita:

Araruna

Ponto positivo: dentre os três, certamente é quem tem a batida mais refinada na bola para um passe ou um cruzamento. Tem boa movimentação e ajuda em triangulações.

Ponto negativo: seu poder de marcação não é tão bom, principalmente nos duelos um contra um.

Buffarini

Ponto positivo: o conhecimento tático da posição, já que tem anos atuando na posição.

Ponto negativo: além da má fase técnica, é baixo, e Militão tem sido muito importante na bola aérea ofensiva, defensiva, e também alternativa para Sidão sair jogando.

Aderllan

Ponto positivo: sua altura faria com que o São Paulo não perdesse tanto na bola aérea.

Ponto negativo: não se imagina que um zagueiro tão grande possa ter virtudes ofensivas pelo lado, sem falar que o time, que já é pesado no meio, poderia ficar muito estático.