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Dorival revela que Petros e Militão jogaram no sacrifício

Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

A vitória do São Paulo contra o Atlético-PR, por 2 a 1, foi conquistada neste sábado (14) com muita disposição no Pacaembu e, inclusive, um pouco de resiliência. De acordo com Dorival Júnior, o volante Petros e o lateral Militão tinham problemas físicos antes da partida deste sábado, mas toparam jogar no sacrifício. O triunfo, de virada, veio com gols de Pratto e Maicosuel.



"O Petros teve constatada uma lesão, jogou 90 minutos e disse desde o primeiro minuto que, o que tivesse acontecido, se manteria em campo e iria para o jogo. Esse espírito faz muita coisa se modificar aí dentro (vestiário) e esses exemplos puxam os outros. O Eder (Militão) estava sentindo e foi para a partida até onde suportou", comentou Dorival.

"Já aconteceu com Marcos Guilherme, Pratto e Buffarini...são atitudes que fazem a gente acreditar que o trabalho vai prevalecer em algum instante. (...) Vejo trabalho, dedicação e entrega. A oscilação é natural, mas a equipe faz de tudo para acertar", exaltou ainda o treinador tricolor.

De acordo com Dorival, houve uma conversa antes do jogo e a dupla se prontificou a vencer as dores para conseguir ajudar o São Paulo. "Eles foram para o sacrifício. Acho importante a atitude dos dois, que no mesmo momento falaram 'dá para ir'. Aquecemos Jucilei e Felipe (Araruna) um tempo maior na expectativa de que no aquecimento (de Petros e Militão) alguma coisa pudesse acontecer. Mas estavam preparados para entrar", contou.

Perguntado sobre o fato, Petros citou um estiramento no músculo posterior da coxa. "Assumi a responsabilidade, falei para ele que aguentava jogar e felizmente não agravou, acho, porque a sensação é a mesma do início do jogo", comentou. "Eu nunca tive lesões. Depois de alguns anos, você conhece melhor o seu corpo", justificou ainda o meio-campista, que atuou 90 minutos. Já Militão, pelas dores, saiu durante o segundo tempo.

Veja mais declarações de Dorival Júnior:
ANÁLISE DO JOGO

Não tem como jogar em velocidade contra 10 atrás da linha da bola. É ter paciência e ir criando boas oportunidades. Não definindo em gol, mas tentando marcar agressivamente, tomando a maioria das bolas no campo do Atlético e brigando pela segunda bola. Não tem como imprimir velocidade nessa circunstância. Tomamos gol em dois minutos no segundo tempo e muda a situação.

O QUE DEIXOU MAIS SATISFEITO
A equipe demonstrou um pouco de cada detalhe. Ousadia de marcar no campo ofensivo, soube o momento da espera, soube o momento em que se aventurou e foi para cima, correndo riscos de contra-ataque, e esperou para contra-atacar. Foi uma partida completa em todos os aspectos e tivemos um pouco de tudo dentro do jogo. Vi tudo que está sendo trabalhado se desenvolver dentro do jogo e fico feliz pela maneira como eles se comportaram e pela reação que tivemos.

BRIGA CONTRA A QUEDA, MAS TENTA JOGAR FUTEBOL
É o conceito de futebol que acredito. Não vou mudar, não vou alterar. A situação do São Paulo é um pouco diferente e acredito nessa maneira de jogar. Trabalho para que isso aconteça e já começa a gerar resultados, não o ideal, não o adequado, mas percebo crescimento. Acompanhamos os números e temos hoje 57% de aproveitamento no segundo turno, o que é muito bom. É o período que paramos (menos jogos) e aceleramos o processo. Hoje, foram mais de 600 passes, um número considerável para o que vemos no futebol brasileiro diariamente. O São Paulo pode sair dessa situação.

EQUILÍBRIO EMOCIONAL
Vem acontecendo há algum tempo. Tivemos virada com o Botafogo, com o Cruzeiro e tivemos jogos em que a equipe se manteve. Com o Atlético, nos posicionamos de maneira adequada e agredimos mais. Não foi grande jogo o anterior, mas teve o autocontrole. Vem acontecendo de maneira constante em razão do que vem sendo acertado em treinamentos.

ASCENSÃO
Se pegarmos o segundo turno, é desempenho para brigar pelas posições da frente. Depois de semanas de treinamentos, foram fundamentais para um crescimento da equipe.

JOGAR NO PACAEMBU
Não vejo problema, pelo contrário. O São Paulo tem histórico aqui. No Santos, acho que tivemos 15 ou 17 vitórias seguidas aqui dentro do Pacaembu e fico feliz que isso continue. Foi importante para não ter a ligação de que saímos do Morumbi e prejudicou. A grande equipe precisa atuar em qualquer circunstância.

TORCIDA
Vi uma grande diferença. Uma torcida participativa, que tenta motivar os atletas que estavam se doando, comparecendo em grande número. Geralmente acontece o contrário que são cobranças, invasões, o que já vi por imagens. O torcedor do São Paulo está de parabéns, deu exemplo de se comportar quando tenha sua equipe de coração em momento de dificuldade.

MAICOSUEL AJUDOU
Maicosuel teve tempo e se preparou adequadamente. Ele trabalha forte, teve a segunda oportunidade comigo e é natural que seja pouco pelas dificuldades que encontrou para o melhor momento. Que ele curta um pouco tudo isso e continue. É um grande jogador, dirigi no Cruzeiro.

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