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No Sport, Osvaldo quer se aproveitar de Morumbi lotado e aceita ser 'X9'

Atacante não sabe se comemorará gol e até prevê vaias, mas lembra que estádio cheio não tem garantido vitórias e projeta 2018 perfeito: Sport na Libertadores e São Paulo na Série A

Osvaldo quer levar o Sport à Libertadores Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Neste domingo, Osvaldo terá uma sensação diferente, como ele mesmo diz, ao entrar em um Morumbi, provavelmente com bom público, mas para enfrentar o São Paulo, agora pelo Sport. Mas o atacante, embora sempre repita seu carinho pelo Tricolor, quer é se aproveitar do fato de seu ex-clube não conseguir vencer sempre com o estádio lotado.



- Neste ano, o São Paulo tem tido tropeços, mesmo com estádio cheio. É um fator que pode ser bom para nós. Temos que tentar atrapalhar esse jogo do São Paulo. Com o passar do tempo, os jogadores vão querer apressar o jogo. Sei bem como é jogar no Morumbi lotado e, se o Luxemburgo precisar, posso passar dicas e ser o X9 da vez - disse Osvaldo, ao LANCE!

Como apontou o atacante, apesar de ter os quatro maiores públicos deste Brasileiro, o São Paulo só conseguiu uma vitória nessas quatro partidas no Morumbi: venceu o Cruzeiro, de virada, por 3 a 2. Nos outros jogos, empatou por 1 a 1 diante de Corinthians e Grêmio e perdeu por 2 a 1 para o Coritiba.

Hoje camisa 10 do Sport, com três gols em 19 jogos pelo clube, Osvaldo viveu no São Paulo seus momentos de maior destaque nacional. Atuou pelo Tricolor entre 2012 e 2015, sendo um dos principais nomes na conquista da Copa Sul-Americana, em 2012, e chegando à Seleção Brasileira no ano seguinte.

No começo de 2017, foi sondado para voltar ao São Paulo, e não esconde o desejo de retornar ao clube. Mas, hoje, está focado em colocar o Sport perto de sua meta, que é uma vaga na Libertadores, e até espera vaias no jogo deste domingo, no Morumbi. E não promete que não comemorá gol.

Confira a entrevista de Osvaldo ao LANCE!:

Depois de sair do São Paulo, você já jogou no Morumbi uma vez, na derrota por 2 a 1 do Fluminense, no Brasileiro do ano passado. Como será voltar ao estádio?
Naquele jogo, já senti uma sensação diferente. Foi a primeira vez que enfrentei o Morumbi, depois de viver grandes momentos no São Paulo. Foi um sentimento diferente. No domingo, certamente sentirei alguma coisa diferente também.

Você já jogou com o Morumbi lotado a seu favor, como na conquista da Copa Sul-Americana de 2012. Como será ter o estádio do mesmo jeito, mas contra?
Peguei Morumbi lotado a favor em vários jogos. Sei da força que a torcida passa, empurrando a equipe. Mas, neste ano, o São Paulo tem tido tropeços, mesmo com estádio cheio. É um fator que pode ser bom para nós. O Sport tem que aproveitar. A torcida vai incentivar, mas temos que tentar atrapalhar esse jogo do São Paulo. Com o passar do tempo, os jogadores vão querer apressar o jogo, e esse pode ser um fator importante para conseguirmos bom resultado.

O Vanderlei Luxemburgo já te pediu alguma dica sobre o Morumbi lotado?
Ainda não, mas ajudo no que ele pedir. Vivi três anos jogando no estádio, conheço bem a forma de jogar do São Paulo no Morumbi. Posso ser o X9 da vez.

Espera ser aplaudido pela torcida são-paulina?
Difícil. Adversário nunca recebe aplauso. Por mais que seja um grande ídolo, pegam no pé. A torcida vai dar uma vaiada, como também deve vaiar o Rogério, o Wesley... Mas é normal. A torcida sabe o que fiz, os momentos que vivi no São Paulo. Espero fazer um grande jogo e ajudar o Sport.

Vai comemorar se fizer gol?
É difícil falar. Só na hora mesmo, no calor do jogo. Mas sempre deixei claro, desde que deixei o São Paulo, todo o meu carinho pelo clube. Se eu fizer gol, não sei o que vou fazer no jogo.

Você já comentou que gostaria de voltar ao São Paulo...
O São Paulo é um grande clube, no nível mundial, conhecido em todo lugar. Quando fui jogar na Arábia Saudita, vi o respeito dos árabes e que o pessoal de fora tem pelo São Paulo, pela grandeza que é. Se tiver oportunidade de voltar, não pensaria duas vezes. Fui muito feliz, passei no clube as melhores fases da minha carreira. Quem sabe um dia eu possa retornar ao Morumbi e vestir a camisa do São Paulo.

Com esse carinho que você sempre diz ter pelo clube, como você vê o São Paulo lutando contra o rebaixamento?
Um time como o São Paulo tem que se manter sempre na primeira divisão, até pela estrutura e história que tem. Hoje, sou um dos que torcem para o São Paulo ter um final feliz. O melhor seria ter em 2018 o Sport na Libertadores e o São Paulo na Série A. Com o Sport vencendo ou não no domingo, o São Paulo tem tudo para não cair, tem um elenco muito qualificado. Mas esperamos vencer o jogo.

O São Paulo te sondou, no começo do ano, e o Rogério Ceni até conversou com você. Ainda fala com ele?
Sempre. Trocamos mensagens. Até no jogo daqui (0 a 0, em 14 de junho), fui ao vestiário do São Paulo e fiquei um tempo conversando com ele. O Rogério sempre me ajudou muito. Torci muito para ele dar certo como treinador do São Paulo. Infelizmente, o futebol tem dessas coisas, não se encaixa o trabalho na equipe. Mas ele vai pegar um grande clube depois e dará sequência na carreira.

Voltando ao jogo de domingo, será jogo decisivo na briga dos dois clubes contra o rebaixamento...
É confronto direto, jogo de seis pontos, como dizem. Será um jogo dificílimo. É difícil jogar contra o São Paulo no Morumbi, e acompanhamos que a torcida está incentivando, mesmo em momentos difíceis, como toda a torcida deve fazer. A torcida do Sport também fez isso no nosso último jogo, contra o Vasco, com um bom público na Ilha do Retiro. No domingo, espero, se tiver a oportunidade, ajudar o meu time.

Qual deve ser a estratégia do Sport no Morumbi?
Precisamos segurar o resultado até um certo tempo. O São Paulo precisa do resultado, como nós precisamos. Deveremos ter um esquema para jogar no contra-ataque. Esse contragolpe é a nossa característica.

Esse esquema te beneficia, não?
A velocidade é a minha característica desde o começo da minha carreira, e a uso sempre que entro. No Sport, tenho jogado um bom futebol, com uma sequência muito boa. Tive lesão muscular, mas já me sinto bem. Se for escolhido para entrar, que possa encaixar esses lances. Tenho velocidade e posso surpreender.

Dá para dizer que você é a chave para a vitória do Sport?
Não só eu. Tem também o Rogério, o Lenis, o Thomaz, que também jogam pelo lado do campo. É uma arma a nosso favor. Vou procurar fazer as minhas jogadas no domingo, e espero ajudar o Sport. Precisamos vencer, e tem tudo para ser um grande jogo.

Vi o Vanderlei Luxemburgo dizer que a meta do Sport é ir para a Libertadores, mas o time pode até entrar na zona de rebaixamento nesta rodada...
Está muito embolado. Estamos na parte de baixo da tabela, mas, no Brasileiro, se você encaixa três vitórias seguidas, você encosta na frente. O nosso objetivo neste momento é se afastar da zona de rebaixamento, mas não podemos perder foco e nos aproximar da faixa da Libertadores.

Qual será o peso do desfalque do Diego Souza?
O Diego é um jogador de Seleção, importante, que segura a bola e tem qualidade para acionar os jogadores na frente. E perdemos muito na articulação. Mas quem entrar pode ajudar a equipe. O Diego vai fazer falta, mas podemos suprir a ausência dele.

Como está a sua situação no Sport?
Tenho contrato até dezembro. Não cheguei a conversar com nenhum clube, só antes de vir para cá. Mas o Sport demonstrou interesse na minha permanência, e estou feliz aqui, bem, voltei a jogar um bom futebol. Vamos ver o que vai acontecer no decorrer da temporada, mas estou bem e feliz aqui.

E o Sport te deu a camisa 10...
Nunca tinha sido camisa 10 na carreira, foi uma surpresa. Quando acertei, perguntei logo da camisa 17, que joguei em todos os clubes, mas já estava ocupada pelo Rogério, que pegou a minha 17 no São Paulo e tem até tatuagem com esse número. Então, o Sport me deu a 10, que é um numero bem diferente, tenho gostado. Vamos ver o que tem para acontecer. Gosto também da camisa 11, mas não ligo muito para número. Vamos ver para o ano que vem como as coisas vão acontecer. O importante é o Sport estar bem.

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