Dentro da zona de rebaixamento, com 24 pontos e a 19ª posição, o São Paulo é o pior visitante do Brasileirão, tendo conquistado apenas cinco pontos fora de casa: nove derrotas, dois empates e apenas uma vitória, contra o Botafogo, no Engenhão. Na visão do comentarista Carlos Cereto, são números que complicam ainda mais a vida do Tricolor para o duelo contra o Vitória, rival direto na parte de baixo da tabela, neste domingo, no Barradão, pela 24ª rodada. Para Cereto, além do desempenho ruim longe dos seus domínios, outro ponto vem prejudicando a equipe: o meia Hernanes tem carregado o elenco "sozinho" nas costas.



- Não fosse o Hernanes, o São Paulo estaria em uma situação muito pior, porque ele está tirando coelho atrás de coelho da cartola nos jogos do São Paulo. Está jogando sozinho, só ele joga no São Paulo. Os demais são coadjuvantes e que não estão conseguindo jogar. Não que o Hernanes deveria ser o ator principal, porque o Hernanes nunca foi protagonista em nenhum time pelo qual passou. Mas no São Paulo, está sendo, como não tem outro que chame a responsabilidade do ponto de vista técnico.

Curiosamente, o Vitória é o pior mandante do Brasileirão, com nove pontos conquistados em 36 possíveis em seus domínios (25% de aproveitamento). O retrospecto ruim do rival, no entanto, é apenas um alívio em meio à sequência difícil que o São Paulo tem pela frente, segundo Cereto. Depois do Leão, o time encara o líder Corinthians na outra rodada, no Morumbi.

- Os números mostram que o São Paulo tem uma campanha muito ruim fora de casa. Vai ser um jogo muito difícil. Uma sequência complicada. Pega o Vitória e o Corinthians, jogo no Morumbi, mas complicadíssimo porque o peso em cima do São Paulo é gigantesco. São Paulo tem feito bobagem em cima de bobagem. Essa semana chamou a torcida organizada para levar uma DR. E só bobagem, nada sugere que o São Paulo vai conseguir sair dessa situação complicada a curto prazo.

Com 24 pontos, o São Paulo tem três a menos que o Coritiba, primeiro time fora do Z-4, com 27. O Tricolor já bateu um recorde nada positivo no Brasileiro, contado a partir de 2003: ficar 11 rodadas na zona de rebaixamento. O time comandado por Dorival Jr, no entanto, pode deixar a incômoda região da tabela na próxima rodada – precisa vencer o Vitória e torcer por ao menos dois entre os seguintes resultados dos rivais: derrota ou empate da Chapecoense (contra o Grêmio), derrota do Bahia (contra o Cruzeiro), tirando saldo de quatro gols, e derrota do Coxa (contra o Palmeiras).