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Nem tudo está perdido

Mesmo com derrota no clássico, São Paulo ainda tem pontos a valorizar dentro de campo; o mesmo vale para o vencedor, Palmeiras

Os próximos 15 dias serão tensos para o São Paulo e de muita ansiedade. Mais ansiedade do que tensão. O Campeonato Brasileiro faz uma parada em função dos jogos da seleção nas Eliminatórias e o time do Morumbi terá de conviver com sua situação incômoda na zona de rebaixamento. Quando um grande está em posição de degola, a vontade é gigantesca de voltar logo a campo e conseguir melhor sorte. Só será possível depois da retomada do torneio, dia 9 de setembro, contra a Ponte, em casa.

A derrota para o Palmeiras por 4 a 2, no reduto alviverde, deve ser lamentada pela situação do jogo em alguns momentos, mas não pela ideia comum de que qualquer um pode ganhar um clássico. A conta de salvação do São Paulo (23 pontos em 22 partidas) nunca passou, necessariamente, por uma vitória sobre o Palmeiras dentro do Allianz Parque. Seria ótimo se ela acontecesse, daria moral e confiança ao time.

Ocorre que a matemática dos desesperados tem uma equação manjada e simples: ganhar em casa, ou seja, no Morumbi, e tirar três pontos dos rivais diretos na parte debaixo da tabela, como poderia ter sido diante do Avaí.

O São Paulo perdeu o jogo, mas teve chance de ganhar. Por isso que digo que nem tudo está perdido. Primeiro, saiu na frente com o gol de Marcos Guilherme. Depois, teve a recuperação após a virada do Palmeiras (1 a 2) com o gol de Hernanes. E ainda, quando estava 2 a 2, com dois contra-ataques que poderiam ser letais. Houve ainda aquele gol desperdiçado por Rodrigo Caio.

Então, apesar da derrota e de sua condição dentro da zona da degola, o São Paulo tem futebol para escapar da Segundona. Muitos torcedores viram isso na apresentação de ontem. Sim, há muito o que melhorar ainda. Definir quando a oportunidade aparece é um recado que precisa ser dado por Dorival Junior aos jogadores. Atenção na zaga e reposição mais rápida também. E repensar a escalação de Sidão nesta fase. O goleiro não inspira confiança.

Nem tudo está perdido para o Palmeiras também. E pelos mesmos motivos. Cuca acertou nas laterais, com Jean e Michel Bastos. Tomara continue com eles e defina o setor, coisa que não fez até agora, começo de setembro. Willian Bigode, Moisés e Guerra não podem deixar a equipe. Guerra precisa comer um pouco mais de arroz e feijão. É muito fraquinho e perde todas as divididas. É preciso ainda aproveitar o faro de gol de Willian, autor de dois contra o São Paulo. Cuca pediu que o time tocasse a bola e isso funcionou. O Palmeiras jogou com mais inteligência e menos apegado ao emocional, à pressão de ter de ganhar a qualquer custo. Reagiu após sofrer gol. Quando o torcedor imaginaria que o time, esfacelado que estava, pudesse correr atrás de marcador adverso? Cuca foi simples, e mais competente. Discreto até mesmo ao beijar a santinha.

Sim, também é preciso consertar setores, como a defesa. A atenção de seus jogadores e posicionamento. É preciso falar com alguns jogadores, como Keno, que ajudou e fez gol, que bola perdida na frente pode arrumar o maior salseiro na defesa.

Entre a tristeza dos são-paulinos e a alegria dos palmeirenses após os 90 minutos deste domingo, há a certeza de que nem tudo está perdido.

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