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Apoio na bola e cobrança na caneta: cobrar e fiscalizar a gestão do São Paulo é politicagem? – Wender Peixoto

Falar de futebol e do clube sem mencionar os responsáveis é falho. Hoje, 80% do desempenho no gramado é resultado da gestão no futebol. Mencionar os culpados pela desgraça do clube não é politicagem. Imagine o prefeito acabando com a cidade que tu ama e você calado ou falando da praça. É muita alienação e omissão ser isentão.

Onde está a política? Criticar presidente de clube e cobrá-lo é política? Não tem nada a ver com oposição. O cidadão brasileiro ao criticar presidente, governador ou prefeito não está fazendo política; e o são-paulino quando critica o presidente do clube também não. O topo da cadeia de comando se expõe naturalmente em qualquer organização.

Desde o escândalo Aidar tudo o que acontece na diretoria do São Paulo deve ser exposto, nada escondido. Tudo. Criticar, expor e cobrar diretoria não tumultua, ao contrário, esclarece e lustra a transparência da instituição. Não se deve confundir apoio na bola com blindagem às canetas. Juvenal apoiou-se dessa maneira e deu no que deu.

Cabe aos torcedores mudar isso de fora para dentro por direito adquirido e incontestável. Conselheiros devem ser pressionados, igualmente jornalistas que entrevistam e formadores de opinião. Quem se sente lesado tem o direito de procurar os órgãos competentes. Pagar Sócio Torcedor e ingresso sem exigir que os valores sejam bem geridos no clube é negligência também – o Estatuto do Torcedor rege. E por falar em ingressos, se a diretoria considera o apoio da torcida ao time como sendo para a gestão, grande equívoco.



Ano após ano o clube afunda e defender essa gestão é no mínimo esquisito. A maneira de gerir o São Paulo está toda errada. O custo operacional não pára de subir; novas receitas não entram e não crescem. A consultoria Itaú BBA especializada em finanças dos clubes de futebol cravou desmanche no São Paulo em 2018. Inevitável. A diretoria de futebol, comandada por Pinotti e Leco, concentra 80% das receitas do Tricolor.

Para 2017, o financeiro do clube previu déficit de R$ 67 milhões e gastou R$ 46 milhões contratando. Também pagou R$ 50 milhões da dívida. Ao ser eliminado precocemente de competições, deixou de arrecadar R$ 15 milhões previstos. Total = R$ 178 milhões. A diretoria possivelmente não confirmará, mas os recursos das vendas já foram gastos. O São Paulo não viu a cor do dinheiro, por isso precisa de uma auditoria urgente e transparência.

Os torcedores de arquibancada, o povão Tricolor, acordaram. Os escândalos não param. O desvio da gestão Aidar, engavetado por Leco, não chega perto do escândalo dos ingressos do U2 no marketing. Há dez anos a dívida do São Paulo vem numa escalada exponencial. Conscientes separam bola e chuteira da caneta e gravata. Se o clube luta para não ser rebaixado, ano sim ano não, algo não caminha na probidade.

O Flamengo organizou a sua casa em quatro anos com R$ 800 milhões de dívidas, sem estádio, reduzindo o montante pela metade. O São Paulo devia R$ 250 milhões há 4 anos e aumentou a sua dívida em 54% no mesmo período. No ano passado, Leco endividou o clube em mais R$ 26 milhões totalizando R$ 385 milhões.

Após a entrevista desastrosa do Leco – reduziu Rogério Ceni e o tamanho do São Paulo – e a reunião da segunda-feira, todos devem estar atentos fiscalizando e cobrando. Dizer que não somos maiores que Vasco, Atlético-MG e outros doeu na alma. Um presidente não pode falar tais coisas para o torcedor que enxerga o São Paulo com amor. Se Pinotti e Leco trouxerem um Pato, por exemplo, o sofrimento não deve ser esquecido.

O presidente do clube é assalariado e a gestão também. A questão não é o quanto ganha, mas a eficiência. Quando era voluntário, ok, passava. Agora, remunerado, deve ser cobrado fortemente como um executivo profissional. O São Paulo é formado por três pilares: torcida, time e diretoria (presidente e gestão). A torcida abraçou o time e deixou a diretoria de fora para salvar o clube mais uma vez.

ClubedaFé

Wender Peixoto
https://twitter.com/PeixotoWender

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