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Corrupção dentro do departamento de marketing do São Paulo vira caso de polícia

Morumbi será palco de shows do U2 em outubro (Foto: Alexandre Lozetti)

Um escândalo de corrupção dentro do departamento de marketing do São Paulo virou caso de polícia. Após investigações comandadas pelo diretor de comunicação e marketing do clube, Márcio Aith, o gerente de marketing do Tricolor, Alan Cimerman, foi demitido por justa causa por interferência no processo de venda de camarotes dos shows da banda irlandesa U2. As apresentações estão marcadas para os dias 19, 21, 22 e 25 de outubro, no Morumbi. A informação foi divulgada primeiramente pelo Yahoo.



Quando há shows no local, o São Paulo comercializa seus camarotes a interessados e cada um é vendido por aproximadamente R$ 200 mil. Alan Cimerman, segundo a investigação feita pelo clube, vendeu todos a uma mesma empresa que, por sua vez, começou a revender a terceiros. Nessa comercialização, o clube pode ter tido prejuízo de R$ 1,4 milhão.

Além disso, cada dono de camarote tem direito a uma quantidade de ingressos de pista e de cadeiras numeradas. Mas, desta vez, só foram fornecidos os bilhetes de pista. Os de cadeira também foram revendidos pela empresa citada acima, e o dinheiro não foi repassado ao clube.

As investigações foram iniciadas pelo Conselho de Administração do Clube, que chamou Alan Cimerman para explicar também a razão de o Tricolor ter reduzido o preço do aluguel do estádio. O São Paulo normalmente cobrava R$ 1,2 milhão. Para os shows do U2, nos dois primeiros dias, o aluguel foi de R$ 750 mil. Nos dois últimos, o valor foi ainda menor (não revelado). As justificativas apresentadas não foram convincentes, dando início a uma varredura no departamento.

Após novas descobertas, Cimerman não conseguiu se explicar novamente e acabou demitido por justa causa. O caso foi levado para a polícia, e a investigação continua. Oficialmente, o São Paulo não se manifesta sobre o caso.

Vale lembrar que Alan Cimerman foi contratado no final de 2015 sob enorme polêmica no clube. Ele teve problemas administrativos em uma de suas empresas, a Team Spirit, que prestou serviços durante a Copa de 2014. No total, ela foi acionada judicialmente por 14 fornecedores por falta de pagamentos.

Por causa desse problema, segundo informação passada por dirigentes do São Paulo ao GloboEsporte.com, o salário mensal que ele recebia do clube era depositado na conta de familiares para evitar que houvesse bloqueio.

Alan Cimerman, em contato com a reportagem, disse que não iria se manifestar e que seu advogado, Daniel Bialski, deveria ser procurado. Contactado, o representante disse que só poderia conversar com a reportagem às 13 horas. Tão logo ele se manifeste, publicaremos a versão nesta matéria.

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