Os ingressos mais caros para assistir a um jogo do São Paulo no Morumbi neste ano saem por R$ 120. Área nobre do estádio, cobertura contra sol e chuva, lanches e bebidas não alcoólicas à vontade. Há dois anos, no entanto, a realidade era outra e o Tricolor partia do mesmo valor para vender os bilhetes mais baratos na campanha da Copa Libertadores da América. O resultado? A velha mística do time com o torneio ficou de lado, as arquibancadas não lotaram e a torcida se afastou. Hoje, esse elitismo que marcava os dirigentes são-paulinos foi deixado de lado. A realidade é de preços populares e fidelidade dos torcedores.
É possível ir ao Morumbi pagando R$ 10, o valor da meia-entrada para as arquibancadas laranja e amarela. Na azul, sempre a mais procurada, o preço é de R$ 30 (R$ 15 a meia-entrada). Essa prática de preços baixos sempre foi uma forma do São Paulo resgatar a torcida em momentos ruins, mas desde o ano passado ela tem sido a política oficial da atual gestão. A única vez em que houve aumenta foi para a semifinal do Campeonato Paulista, contra o Corinthians, com R$ 10 a mais em cada setor. Ainda assim, algo bem distante dos preços exorbitantes de duas temporadas atrás.
O caminho até chegar aos valores populares foi árduo. Sempre houve resistência interna, seja por discursos ultrapassados de que o São Paulo é um clube de elite ou de que é preciso cobrar caro por um produto caro como o futebol profissional. Desde 2015, quando era diretor adjunto de marketing na gestão de Carlos Miguel Aidar, Vinicius Pinotti foi um dos pilares da briga pela redução dos preços. A meta demorou mais de um ano para ser alcançada pelo hoje diretor-executivo de futebol.
Pinotti trabalhou em conjunto com a diretoria financeira, então nas mãos de Adilson Alves Martins, até chegar aos valores praticados atualmente. A tabela de preços entrou em vigor no Brasileirão do ano passado e, desde então, o São Paulo nunca mais atuou para menos de 10 mil torcedores - se terminar 2017 assim, será a primeira temporada do clube com todos os jogos acima dessa presença de público. Havia a pretensão de um leve aumento para este ano, mas a ideia não saiu do papel. A diretoria entendeu que a equação de "ganhos esportivos + ganhos financeiros" havia atingido um equilíbrio.
Para exemplificar: em 2015, o preço médio de ingressos para jogos do São Paulo era R$ 36,82, evidenciando o contraste entre os valores abusivos na primeira fase da Libertadores e no restante da temporada. O clube arrecadou R$ 25.457.234,47 em 35 jogos (média de R$ 727.349,55 por partida), totalizando 691.331 pagantes (média de 19.752). Foram 33 jogos no Morumbi e dois no Pacaembu.
Em 2016, o tíquete médio, graças à campanha até a semifinal da Libertadores, foi de R$ 41,19, gerando arrecadação de R$ 32.870.150,00, também em 35 jogos (média de R$ 939.147,14). Foram 798.238 pagantes (média de 22.806) em 11 partidas no Pacaembu e 24 no Morumbi.
Já nesta temporada, a primeira com a política popular desde o início, o preço médio dos ingressos é de R$ 26,31. Até agora, em 21 jogos, todos no Morumbi, o Tricolor arrecadou R$ 17.274.239,00 (média de R$ 822.582,81) e já levou ao estádio 656.533 pagantes (média de 31.263). Ainda restam mais nove partidas como mandante, mas apresentações da banda U2 (o grupo já tem quatro shows agendados no estádio) podem impedir que todos aconteçam no Morumbi.
A média de público atual é a maior da história do clube e a terceira maior do Brasil na temporada, atrás de Corinthians (32.255, com R$ 39.070.825 arrecadados e tíquete médio de R$ 52) e Palmeiras (32.182, com R$ 46.540.380 arrecadados e tíquete médio de R$ 62). No Brasileirão, o São Paulo tem o recorde de público da competição: 56.052 torcedores compareceram ao Morumbi na vitória por 3 a 2 sobre o Cruzeiro no Morumbi, no último domingo.
Veja a transformação de público e renda do São Paulo em três temporadas:
2015
Público total: 691.331 pagantes
Média de público: 19.752
Arrecadação total: R$ 25.457.234,47
Renda média: R$ 727.349,55
2016
Público total: 798.238 pagantes
Média de público: 22.806
Arrecadação total: R$ 32.870.150,00
Renda média: R$ 939.147,14
2017
Público total: 656.533 pagantes
Média de público: 31.263
Arrecadação total: R$ 17.274.239,00
Renda média: R$ 822.582,81
É possível ir ao Morumbi pagando R$ 10, o valor da meia-entrada para as arquibancadas laranja e amarela. Na azul, sempre a mais procurada, o preço é de R$ 30 (R$ 15 a meia-entrada). Essa prática de preços baixos sempre foi uma forma do São Paulo resgatar a torcida em momentos ruins, mas desde o ano passado ela tem sido a política oficial da atual gestão. A única vez em que houve aumenta foi para a semifinal do Campeonato Paulista, contra o Corinthians, com R$ 10 a mais em cada setor. Ainda assim, algo bem distante dos preços exorbitantes de duas temporadas atrás.
O caminho até chegar aos valores populares foi árduo. Sempre houve resistência interna, seja por discursos ultrapassados de que o São Paulo é um clube de elite ou de que é preciso cobrar caro por um produto caro como o futebol profissional. Desde 2015, quando era diretor adjunto de marketing na gestão de Carlos Miguel Aidar, Vinicius Pinotti foi um dos pilares da briga pela redução dos preços. A meta demorou mais de um ano para ser alcançada pelo hoje diretor-executivo de futebol.
Pinotti trabalhou em conjunto com a diretoria financeira, então nas mãos de Adilson Alves Martins, até chegar aos valores praticados atualmente. A tabela de preços entrou em vigor no Brasileirão do ano passado e, desde então, o São Paulo nunca mais atuou para menos de 10 mil torcedores - se terminar 2017 assim, será a primeira temporada do clube com todos os jogos acima dessa presença de público. Havia a pretensão de um leve aumento para este ano, mas a ideia não saiu do papel. A diretoria entendeu que a equação de "ganhos esportivos + ganhos financeiros" havia atingido um equilíbrio.
Para exemplificar: em 2015, o preço médio de ingressos para jogos do São Paulo era R$ 36,82, evidenciando o contraste entre os valores abusivos na primeira fase da Libertadores e no restante da temporada. O clube arrecadou R$ 25.457.234,47 em 35 jogos (média de R$ 727.349,55 por partida), totalizando 691.331 pagantes (média de 19.752). Foram 33 jogos no Morumbi e dois no Pacaembu.
Em 2016, o tíquete médio, graças à campanha até a semifinal da Libertadores, foi de R$ 41,19, gerando arrecadação de R$ 32.870.150,00, também em 35 jogos (média de R$ 939.147,14). Foram 798.238 pagantes (média de 22.806) em 11 partidas no Pacaembu e 24 no Morumbi.
Já nesta temporada, a primeira com a política popular desde o início, o preço médio dos ingressos é de R$ 26,31. Até agora, em 21 jogos, todos no Morumbi, o Tricolor arrecadou R$ 17.274.239,00 (média de R$ 822.582,81) e já levou ao estádio 656.533 pagantes (média de 31.263). Ainda restam mais nove partidas como mandante, mas apresentações da banda U2 (o grupo já tem quatro shows agendados no estádio) podem impedir que todos aconteçam no Morumbi.
A média de público atual é a maior da história do clube e a terceira maior do Brasil na temporada, atrás de Corinthians (32.255, com R$ 39.070.825 arrecadados e tíquete médio de R$ 52) e Palmeiras (32.182, com R$ 46.540.380 arrecadados e tíquete médio de R$ 62). No Brasileirão, o São Paulo tem o recorde de público da competição: 56.052 torcedores compareceram ao Morumbi na vitória por 3 a 2 sobre o Cruzeiro no Morumbi, no último domingo.
Veja a transformação de público e renda do São Paulo em três temporadas:
2015
Público total: 691.331 pagantes
Média de público: 19.752
Arrecadação total: R$ 25.457.234,47
Renda média: R$ 727.349,55
2016
Público total: 798.238 pagantes
Média de público: 22.806
Arrecadação total: R$ 32.870.150,00
Renda média: R$ 939.147,14
2017
Público total: 656.533 pagantes
Média de público: 31.263
Arrecadação total: R$ 17.274.239,00
Renda média: R$ 822.582,81
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