1 - O tempo maior entre jogos que possibilitará a Dorival Júnior trabalhar melhor a equipe.
2 - O peso de sua camisa, fruto de uma história gloriosa.
3 - A fragilidade dos demais concorrentes ao rebaixamento.
São essas as três razões que indicam possibilidade de o São Paulo não disputar a Série B em 2018. E a única na qual se pode confiar concretamente é a primeira. Porque outros gigantes do país já caíram, e o time não tem conseguido vencer os adversários que lutam pelo mesmo objetivo.
Independentemente da divisão que venha a disputar em 2018, e não será nada fácil se manter na elite, o São Paulo está rebaixado por seus dirigentes. A equipe atordoada que se vê em campo é produto de anos e anos de gestões desastrosas e da maneira absolutamente ultrapassada de ver, pensar e entender futebol.
Tricampeão em 2006, 2007 e 2008. Ameaçado pelo descenso em 2013, 2016 e 2017. Há um rebaixamento nítido. De ambição, de patamar, de respeito. Uma queda representada em cenas dantescas protagonizadas por cartolas.
Teve de tudo: presidente escorraçando cinco pobres coitados do elenco após eliminação; leitura de lista de técnicos demitidos do rival; diretor de futebol criticando publicamente o capitão do time; presidente e vice comendo bananas e depois se engalfinhando num processo que culminou em renúncia por evidências de corrupção; o desrespeito ao maior ídolo do clube jogando em seus ombros a culpa por um processo mal-ajambrado.
E por aí vai...
Agora, em 2017, a gestão Leco iniciada em abril tem como aliado um estatuto que prega profissionalização, mas ainda não tirou o São Paulo do mais profundo amadorismo. Normalmente, quando um grande cai, não é pela qualidade de seu time, e sim pelas trapalhadas administrativas. No Morumbi, impera o fogo amigo. Há anos.
O São Paulo é um "Game Of Thrones" contemporâneo e sem qualquer glamour. Diretor X queima o Diretor Y, que fala mal do Diretor Z, que alfineta o Diretor Alfa, e segue o jogo sempre no mesmo ritmo, com o desfile de conselheiros pra lá e pra cá no vestiário, no ônibus, na sala do presidente. Ninguém pensa no clube. Todos pensam em si mesmos. Situação, oposição. Sem distinções.
Na derrota para o Bahia, no último domingo, apenas dois titulares participaram da pré-temporada em janeiro: Araruna e Cueva. Num time montado, desmontado e remontado à base da compra e venda, ainda insistem, dentro e fora do Morumbi, em comparações absurdas, como a tese de que o elenco do São Paulo, individualmente, é melhor que o do Corinthians, líder disparado e invicto há 34 partidas.
Comparações individuais num esporte coletivo servem para multiplicar o tempo da cerveja no bar ou criar ilusões. Monte um time com um goleiro e os 10 melhores atacantes do mundo. Ele será, individualmente, o melhor da história. E rebaixado com a defesa mais vazada de todos os tempos.
O São Paulo tem bons jogadores. Não tem um bom time e nem poderia com o frenético entra-e-sai. Dorival Júnior é inocente, como era Rogério Ceni. Não que ambos não cometam seus erros, no presente e no passado, mas a maioria deles é provocada pelas péssimas condições oferecidas, embora o presidente tenha dito o contrário.
Jucilei, Petros, Hernanes, Cueva e Pratto são muito bons. Juntos, talvez não sejam tanto. Falta velocidade e imposição física. Não falemos de qualidade, e sim desses outros dois aspectos cada vez mais importantes no futebol: João Schmidt, Thiago Mendes, Luiz Araújo e Gilberto são mais rápidos do que Jucilei, Petros, qualquer um e Pratto. É preciso balancear.
Não há jogadas pelos lados. Para essa função a diretoria contratou Wellington Nem (machucado, só volta em 2018), Neilton (já foi embora), Marcinho, Morato (machucado, só volta em 2018), Denilson, Maicosuel (jogou só 45 minutos e está há dois meses em recuperação) e Marcos Guilherme, além de ter vendido os melhores: David Neres e Luiz Araújo.
Na zaga, o São Paulo vendeu Maicon e Lyanco, emprestou Breno, afastou Lucão, subiu Militão, contratou Arboleda e Aderllan. Isso tudo em sete meses. É uma loucura.
O São Paulo vai cair, sim. Se não for em 2017, será em 2018. Ou 2020. Em breve. A não ser que mude sua maneira de tocar a vida, com gente do ramo, profissionais de verdade, e não arranjos políticos ou de laços de amizade.
PS: Justiça seja feita, acertou o São Paulo ao contratar Altamiro Bottino para ser coordenador científico e reestruturar processos ligados ao elenco. Dizem se tratar de um ótimo profissional, porém muitíssimo exigente. É provável que ele, em pouco tempo, detecte a estagnação do clube. O modus operandi clássico tricolor é minar quem ousa apontar suas falhas e contestar sua soberania. Quando o clube conseguir baixar a crista, admitir o atraso e atender suas necessidades, será um ótimo começo.
2 - O peso de sua camisa, fruto de uma história gloriosa.
3 - A fragilidade dos demais concorrentes ao rebaixamento.
São essas as três razões que indicam possibilidade de o São Paulo não disputar a Série B em 2018. E a única na qual se pode confiar concretamente é a primeira. Porque outros gigantes do país já caíram, e o time não tem conseguido vencer os adversários que lutam pelo mesmo objetivo.
Independentemente da divisão que venha a disputar em 2018, e não será nada fácil se manter na elite, o São Paulo está rebaixado por seus dirigentes. A equipe atordoada que se vê em campo é produto de anos e anos de gestões desastrosas e da maneira absolutamente ultrapassada de ver, pensar e entender futebol.
Tricampeão em 2006, 2007 e 2008. Ameaçado pelo descenso em 2013, 2016 e 2017. Há um rebaixamento nítido. De ambição, de patamar, de respeito. Uma queda representada em cenas dantescas protagonizadas por cartolas.
Teve de tudo: presidente escorraçando cinco pobres coitados do elenco após eliminação; leitura de lista de técnicos demitidos do rival; diretor de futebol criticando publicamente o capitão do time; presidente e vice comendo bananas e depois se engalfinhando num processo que culminou em renúncia por evidências de corrupção; o desrespeito ao maior ídolo do clube jogando em seus ombros a culpa por um processo mal-ajambrado.
E por aí vai...
Agora, em 2017, a gestão Leco iniciada em abril tem como aliado um estatuto que prega profissionalização, mas ainda não tirou o São Paulo do mais profundo amadorismo. Normalmente, quando um grande cai, não é pela qualidade de seu time, e sim pelas trapalhadas administrativas. No Morumbi, impera o fogo amigo. Há anos.
O São Paulo é um "Game Of Thrones" contemporâneo e sem qualquer glamour. Diretor X queima o Diretor Y, que fala mal do Diretor Z, que alfineta o Diretor Alfa, e segue o jogo sempre no mesmo ritmo, com o desfile de conselheiros pra lá e pra cá no vestiário, no ônibus, na sala do presidente. Ninguém pensa no clube. Todos pensam em si mesmos. Situação, oposição. Sem distinções.
Na derrota para o Bahia, no último domingo, apenas dois titulares participaram da pré-temporada em janeiro: Araruna e Cueva. Num time montado, desmontado e remontado à base da compra e venda, ainda insistem, dentro e fora do Morumbi, em comparações absurdas, como a tese de que o elenco do São Paulo, individualmente, é melhor que o do Corinthians, líder disparado e invicto há 34 partidas.
Comparações individuais num esporte coletivo servem para multiplicar o tempo da cerveja no bar ou criar ilusões. Monte um time com um goleiro e os 10 melhores atacantes do mundo. Ele será, individualmente, o melhor da história. E rebaixado com a defesa mais vazada de todos os tempos.
O São Paulo tem bons jogadores. Não tem um bom time e nem poderia com o frenético entra-e-sai. Dorival Júnior é inocente, como era Rogério Ceni. Não que ambos não cometam seus erros, no presente e no passado, mas a maioria deles é provocada pelas péssimas condições oferecidas, embora o presidente tenha dito o contrário.
Jucilei, Petros, Hernanes, Cueva e Pratto são muito bons. Juntos, talvez não sejam tanto. Falta velocidade e imposição física. Não falemos de qualidade, e sim desses outros dois aspectos cada vez mais importantes no futebol: João Schmidt, Thiago Mendes, Luiz Araújo e Gilberto são mais rápidos do que Jucilei, Petros, qualquer um e Pratto. É preciso balancear.
Não há jogadas pelos lados. Para essa função a diretoria contratou Wellington Nem (machucado, só volta em 2018), Neilton (já foi embora), Marcinho, Morato (machucado, só volta em 2018), Denilson, Maicosuel (jogou só 45 minutos e está há dois meses em recuperação) e Marcos Guilherme, além de ter vendido os melhores: David Neres e Luiz Araújo.
Na zaga, o São Paulo vendeu Maicon e Lyanco, emprestou Breno, afastou Lucão, subiu Militão, contratou Arboleda e Aderllan. Isso tudo em sete meses. É uma loucura.
O São Paulo vai cair, sim. Se não for em 2017, será em 2018. Ou 2020. Em breve. A não ser que mude sua maneira de tocar a vida, com gente do ramo, profissionais de verdade, e não arranjos políticos ou de laços de amizade.
PS: Justiça seja feita, acertou o São Paulo ao contratar Altamiro Bottino para ser coordenador científico e reestruturar processos ligados ao elenco. Dizem se tratar de um ótimo profissional, porém muitíssimo exigente. É provável que ele, em pouco tempo, detecte a estagnação do clube. O modus operandi clássico tricolor é minar quem ousa apontar suas falhas e contestar sua soberania. Quando o clube conseguir baixar a crista, admitir o atraso e atender suas necessidades, será um ótimo começo.
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