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São Paulo em queda livre

Em setembro de 2016 escrevi um artigo sobre a grave situação que passava o São Paulo. Na época membros na diretoria do clube me contataram tentando provar que estava errado, já que a culpa seria do antecessor do atual presidente Carlos Eduardo Barros e Silva, o Leco.

Nesse momento que o tricolor do Morumbi se encontra na penúltima posição da Série A, não há mais o que justificar.

O atual presidente e sua diretoria são os únicos responsáveis pelo absurdo que está ocorrendo com o clube, que um dia foi sinônimo de boa gestão e títulos.

Colocar a culpa na inexperiência de Rogério Ceni, maior ídolo do clube é o maior absurdo de todos. Se Ceni não tinha condições de assumir o elenco principal do time, a culpa é exclusivamente de quem o contratou como escudo e cabo eleitoral.

Nenhum clube grande pode fazer esse tipo de experiência e muito menos queimar seu ídolo. Leco mostrou toda sua incapacidade como gestor.

Nem Guardiola no Barcelona ou Zidane no Real Madrid chegaram ao topo, sem passar pelos times de base. Recentemente Steven Gerrard, ídolo do Liverpool foi contratado como treinador do time Sub 18 do tradicional clube inglês.

Mas Leco queria vencer a eleição com o uso da imagem de Ceni. E venceu, contra outro cardeal, José Eduardo Mesquita Pimenta, que seguramente também não serve para comandar o tricolor, mesmo com o apoio de Abílio Diniz.

Não há renovação na política do clube, são sempre os mesmos, como os mesmos discursos arcaicos e em alguns casos com um verniz de profissionalização.

Qualquer pessoa percebe claramente que não é isso que o clube precisa. O clube não necessita de apaixonados torcedores/dirigentes e sim de uma mudança radical em sua gestão.
Nenhum nome atual mostra esse perfil, nem mesmo Abílio Diniz.

Um novo perfil de gestor, antenado com modernas técnicas de gestão e livre das amarras desses cardeais, que nada mais são que torcedores fanáticos.
O Sâo Paulo gasta mais de R$ 265 milhões com o departamento de futebol, sendo disparado o time mais ineficiente da Série A.



O clube hoje está muito aquém de outros tempos. Sua principal fonte de sustentação continua sendo as transferências de atletas.

O tricolor não percebeu que o grande desafio não é vender jogadores e sim fortalecer a marca, atrair patrocínios e lotar seu estádio.

Entre 2003 e 2016 faturou R$ 742 milhões com vendas de atletas, ficando apenas atrás do Internacional, que movimentou R$ 750 milhões.

Somente nos últimos 4 anos foram R$ 409 milhões com vendas de atletas, disparado o maior do Brasil.



E essa realidade não muda, já que o atual presidente segue a mesma cartilha de seus antecessores. E para piorar ainda aniquilou a imagem do seu maior ídolo.

Em compensação fatura muito pouco com patrocínios, apenas R$ 35 milhões e irrisórios R$ 33 milhões com vendas de ingressos.

Está muito distante do seu potencial, como terceira maior torcida do país e com uma marca extremamente relevante no nosso mercado.

Somente gestores muito qualificados podem mudar esse cenário.

Dívida só aumenta

Se o São Paulo não para de vender atletas, isso nem de longe equilibrou suas finanças. Segundo balanço do clube sua dívida no ano passado atingiu R$ 385,3 milhões, o maior valor da sua história.



Em 2011, o endividamento do clube era de apenas R$ 158,5 milhões.

Foi um dos clubes brasileiros que mais cresceu sua dívida nesses últimos seis anos.

Gastos financeiros são exorbitantes

Seguindo o padrão dos clubes brasileiros o São Paulo atua alavancado. Nos últimos seis anos torrou R$ 184 milhões em despesas financeiras.



Em 2015 chegou ao recorde de gastos financeiros de R$ 48,2 milhões, frente aos R$ 18,2 milhões de 2013.

Fechou 2016 com despesas financeiras de R$ 39,4 milhões.

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