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'O Rogério caiu em uma armadilha, usaram de má fé para se reeleger', afirma Richarlyson

Campeão do mundo e tricampeão brasileiro pelo São Paulo, o volante Richarlyson, hoje no Guarani, viveu, talvez, o melhor momento de sua carreira no clube do Morumbi, entre 2005 e 2010, tendo chegado inclusive à seleção brasileira. Mesmo distante do Tricolor há sete anos, o jogador não deixou de acompanhar sua ex-equipe e torcer por antigos companheiros, caso de Rogério Ceni, hoje treinador.


Em entrevista exclusiva ao Esporte Interativo, Richarlyson analisou a demissão de Ceni, na última segunda-feira (?03). Chateado, o volante acredita que falta memória e respeito a ídolos por parte do povo brasileiro.

"Sou fã do Rogério e estou muito chateado pela situação da forma que aconteceu. O povo brasileiro tem memória muito curta. Independentemente se foi ídolo jogando, ou como treinador, claro que não, mas jogando foi, eu acho que houve falta de respeito. Não tenho nada a ver com a instituição São Paulo, mas é minha opinião em particular", disse.

Na visão do atleta, muito da contratação de Rogério Ceni, inclusive, teve a ver com as estratégias políticas do presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Na visão de Richarlyson, o mandatário aproveitou da imagem do ídolo para se reeleger.

"Questões políticas eu entendo muito pouco, mas é notório que foi uma politicagem que ele fez para se reeleger, não tem como. Ele sabia da força que tinha o Rogério. Qual torcedor não gostaria de vê-lo como treinador? Até eu gostaria e fiquei feliz quando aconteceu. O que eu fico chateado é que, às vezes, as pessoas usam de má fé. E isso é muito para mim. Não vou entrar no mérito da questão, política ou de presidência do São Paulo, bato minha bolinha e está ótimo, mas fica feio depois, porque quando você usa de má fé, o universo te devolve, te mostra, e foi o que aconteceu com ele. E aí, Leco? Não tem o que falar. Pode arrumar uma desculpa atrás da outra, fugir da responsabilidade, mas não vai conseguir apagar o que falou. Usou de má fé e pode até ter esquecido, mas aconteceu. Não tem como, as declarações de quando ele anunciou a contratação e quando demitiu, são de uma incoerência absurda, e na minha humilde opinião uma falta de respeito com o Rogério. Falar que a diretoria não tem culpa. Espera aí, como não? Infelizmente o Rogério caiu em uma armadilha de uma diretoria que visou mais o lado financeiro do que dar uma equipe estruturada para ele trabalhar", afirmou.

Por fim, Richarlyson comparou as últimas gestões do clube do Morumbi com as quais ele viveu entre 2005 e 2010. O volante não poupou críticas à atual diretoria, e recordou o antigo presidente Marcelo Portugal Gouvêa,

"Hoje o São Paulo vive um momento financeiro maravilhoso, com R$ 180 milhões no bolso, mas e o time? É diferente da gestão que eu vivi, do que a que o clube vive hoje. Na época do Marcelo Portugal Gouvêa, hoje não chega nem a 10% do que foi aquela gestão de modelo, de não fazer loucura, não comprar jogador caro, sair vendendo de qualquer forma, priorizar primeiro a instituição, para depois pensar financeiramente. O São Paulo pensava mais em ganhar títulos do que financeiramente. Hoje percebemos que é ao contrário", completou.

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