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"Fica em casa": para PC Vasconcellos, Dorival não deveria ir para o São Paulo

Analista crê que melhor opção para o treinador é ficar sem clube até o final do ano, para evitar aceitar as "regras do jogo" que envolvem demissões de técnicos no Brasil

Para Paulo César Vasconcellos, Dorival não deveria aceitar proposta do São Paulo (Foto: Marcos Ribolli)

Na última segunda-feira, o São Paulo anunciou que Rogério Ceni não é mais o treinador do time. Entre as principais especulações, surgiu com força o nome de Dorival Junior, que teve interesse confirmado pela diretoria. O técnico foi demitido do Santos em junho e está livre no mercado, mas seu perfil e a atual situação do Tricolor geram discussões sobre a possibilidade de contratação. Para o comentarista Paulo César Vasconcellos, aceitar um emprego na metade do ano seria ruim para Dorival, que entraria na "regra do jogo" que envolve a contratação e saída dos treinadores no Brasil. Por isso, ele afirma que não aceitaria a proposta se trocasse de lugar com ele.



- Um cara como o Dorival, que a competência não se discute, eu se fosse ele ficava em casa. A proposta do São Paulo pode ser tentadora, o processo de recuperação do São Paulo pode acontecer, tudo isso pode. Mas fica em casa até o fim do ano. Eu sei que é difícil - afirmou, durante o "Seleção SporTV".

O jornalista Marcelo Barreto analisou o discurso de Paulo César Vasconcellos, e acredita que o ex-treinador do Santos não pode se dar a esse luxo. Em sua visão, treinadores e jogadores não discutem o calendário, prejudicial para ambos. Para Barreto, por mais que Dorival possa ser o técnico que "não vai aceitar o São Paulo", os outros podem. Desta forma, não há como garantir mudanças e nem uma futura estabilidade na atual situação.

- Jogador não é unido, jogador não aparece na hora da divulgação do calendário, só aparece depois para reclamar: "Estou cansado, não posso jogar, tenho que ser poupado porque o calendário é cruel". Cadê você na hora que o calendário é divulgado, na hora em que vai se debater o calendário do ano seguinte? O treinador não se une, e aí isso fica para o Dorival Junior. Você é o cara que não pode aceitar o São Paulo agora, mas os outros todos vão. O problema é que eles não têm essa segurança de "se eu não fizer, o outro não vai fazer" - disse.

Paulo César Vasconcellos também avaliou a saída de Rogério Ceni pensando na situação do mercado. O comentarista considerava que, apesar das mudanças ao longo dos meses, Ceni era um treinador com potencial. No entanto, ele tem dúvidas sobre a continuidade do ex-jogador na carreira fora das quatro linhas.

- Acho que a questão da demissão vem posterior a contratação. A contratação foi embalada por conceitos que passam por fora do campo. Agora, o que eu temo é que, mesmo com todas as variações que o São Paulo teve, eu via o Rogério como um técnico promissor. Um cara que poderá, na carreira de técnico, evoluir. Mas não sei, sinceramente, do jeito que é regido nosso mercado, se o Rogério receberá convites de um outro clube, e se aceitará.

Sem nenhum nome definido no comando, o São Paulo deverá encarar o clássico diante do Santos com Pintado como treinador interino. Na zona de rebaixamento, o Tricolor precisa da vitória para tentar sair da posição incômoda. A partida será às 19h do domingo, na Vila Belmiro.

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