Goleiro foi demitido depois de conseguir 14 vitórias, 13 empates e dez derrotas

O São Paulo estuda fórmulas para não pagar o valor integral de R$ 5 milhões da multa rescisória prevista no contrato de Rogério Ceni. Depois de uma reunião com o Conselho de Administração do Tricolor, na noite desta segunda-feira, o presidente Leco decidiu levar o contrato para análise do departamento jurídico.



Ainda que o jurídico não encontre falhas no vínculo, o São Paulo tentará convencer Rogério Ceni a abrir mão de pelo menos metade da multa. Os R$ 5 milhões pesariam bastante nas economias do Tricolor, que luta desde o começo do ano contra a falta de dinheiro em caixa.

Leco foi perguntado sobre a multa nesta terça-feira, em sua primeira entrevista depois da demissão do ídolo. "Em relação à multa, será algo de âmbito interno. O São Paulo cumprirá à risca tudo que estiver determinado. Serão feitos ajustes com ele. O Rogério esteve aqui hoje (terça-feira). O relacionamento com ele não será interrompido. As portas não estarão fechadas", avisou.

Pessoas que conhecem Rogério Ceni garantem que não há a menor possibilidade de o treinador demitido aceitar uma redução nos R$ 5 milhões, já que seu aproveitamento de pontos era de 49,5% depois da derrota para o Flamengo, no domingo - 14 vitórias, 13 empates e dez derrotas.

O contrato lhe dava o direito de cobrar a multa em caso de demissão se tivesse mais do que 47%, número alcançado com a média dos resultados de Juan Carlos Osório, Edgardo Bauza e Ricardo Gomes.