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São Paulo mostra pontaria descalibrada

Time de Rogério Ceni vai mal na frente, especialmente na hora de definir as jogadas, chuta bastante de fora da área, mas tem dificuldades para acertar o gol do Fluminense

Quantas vezes você já não ouviu um jogador ou treinador dizer que determinada equipe pecou "no último passe", aquele momento decisivo que define o sucesso ou fracasso do lance no ataque? Pois foi exatamente nesses instantes que o São Paulo mais falhou, o que ajuda a explicar o empate em 1 a 1 com o Fluminense, no último domingo, no Morumbi. O resultado deixou o Tricolor a um passo da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro.



Claro que não foi apenas isso. O cochilo da marcação no gol do Fluminense e a pontaria descalibrada também atrapalharam os planos de Rogério Ceni de tirar o time do jejum de resultados positivos - o último aconteceu no dia 8 de junho, contra o Vitória (2 a 0), pela quinta rodada. Mas a falta de sintonia entre os homens de frente se mostrou determinante. Vamos analisar primeiro esse aspecto, antes de falar dos outros dois.

Cueva, Marcinho e Denilson só começaram bem

Ceni mexeu mais uma vez na formação titular do São Paulo. Em relação aos 11 iniciais da derrota na rodada anterior, para o Atlético-PR (1 a 0), ele sacou Éder Militão e Cícero, para apostar em Araruna e Denilson. Mudou, assim, o esquema tático: abriu mão do 3-4-2-1 para espelhar o 4-3-3 do Fluminense. Os primeiros 15 minutos pareciam promissores. Além do gol de Jucilei, marcado logo no início do confronto, o time marcou pressão, repetindo fórmula de sucesso dos jogos de pré-temporada.

Henrique e Orejuela, duas válvulas de escape do time carioca, encontravam dificuldades para buscar o jogo com os laterais Lucas, pela direita, e Léo, na esquerda. A trinca Marcinho-Cueva-Denilson cumpriu bem a função tática na marcação.


Marcação inicial do São Paulo dificultou a saída de bola do Fluminense (Foto: GloboEsporte.com)

O problema foi que, passado o abafa dos donos da casa, os visitantes se soltaram e Léo resolveu sair mais para o jogo. Marcinho não conseguia acompanhar todas as descidas do lateral rival. Quando começou a fazer a ultrapassagem no "um-dois" com Calazans, Léo virou um tormento para Araruna, sobrecarregado no combate pela direita. Lugano, sem mobilidade, ficava mais preso na área, à espera da definição. Deixava espaços, assim, para Henrique Dourado entrar pelas costas da zaga. O artilheiro do Brasileiro, aliás, teve chance incrível de marcar, mas parou em Renan Ribeiro.


Quando Léo avançou e Marcinho cansou, Araruna ficou sobrecarregado (Foto: GloboEsporte.com)

Paralelamente a isso, começou a surgir o maior defeito tricolor no jogo. Com menos posse de bola no primeiro tempo, a equipe precisava pensar e agir rápido nos contra-ataques. O time ia bem até a linha intermediária do Fluminense. Ora com Cueva, ora com Marcinho, errava na escolha do passe. No segundo tempo, Denilson foi mais acionado e também vacilou no último toque. Tanto que Lucas Pratto participou muito pouco do confronto - recebeu apenas dez passes em 90 minutos. O GloboEsporte.com fez uma compilação dos muitos lances em que o Tricolor tinha a chance de infiltrar na área carioca, mas desperdiçava.

Chutes e mais chutes...

Cueva acabou substituído aos 26 do segundo tempo, por Lucas Fernandes, que mudou a dinâmica do ataque tricolor. Já que estava difícil entrar na grande área, o garoto começou a arriscar os chutes de média e longa distância. Apenas ele tentou três. Thiago Mendes e Junior Tavares também arriscaram. Foram os melhores momentos do São Paulo nos 45 minutos finais. Mas faltou pontaria. Ao todo, o Tricolor finalizou 14 vezes contra a meta de Júlio César. Porém, de acordo com o scout da TV Globo, chances reais de gol, mesmo, foram apenas quatro. De qualquer forma, valeu a tentativa de Lucas Fernandes, que parece pedir passagem após se recuperar de lesão no ombro.

E a defesa, melhorou?

Mais ou menos. Se não fosse Renan Ribeiro, o placar do jogo poderia até ter sido favorável ao Fluminense. E, como já citado, o lado direito ficou muito exposto. O rival cansou de criar ultrapassagens por ali. Sem contar que o gol do empate nasceu de um cochilo tremendo dos volantes. Na falta ensaiada, Gustavo Scarpa rola a bola e corre para a esquerda, como se fosse receber o passe de volta de Wendel. O volante caminhou com ela pelo meio, sem ser incomodado. Cueva, o primeiro jogador do São Paulo a chegar para dar combate, apareceu bem depois da paulada de fora da área.

Faz tempo que o São Paulo não joga bem. Mesmo na última vez em que deixou o campo com os três pontos, levou um sufoco danado do Vitória até marcar o segundo gol. A defesa é vazada em quase todo jogo - a equipe levou gol em 25 partidas das 34 oficiais disputadas em 2017 (não entra nessa conta a Flórida Cup, na pré-temporada). O cara diferente do elenco, Cueva, está em baixa. O elenco passa por reformulação no meio do ano. Enfim, nada contribui para se pensar que Rogério Ceni terá sucesso em tirar um coelho da cartola à essa altura da temporada. O jogo contra o Fluminense apenas reforçou o mau pressentimento.

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