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De Lugano a Wilder Guisao: São Paulo vai para 23 estrangeiros no século; relembre sucessos e fracassos

Alguns dos estrangeiros do São Paulo: Lugano, Alvaro Pereira, Piris e Guisao

Ao anunciar o equatorino Robert Arboleda e do argentino Jonatan Gómez, o São Paulo reforçou uma fórmula muito conhecida dentro do clube neste século: recorrer a estrangeiros para se reerguer. Hoje, são sete "gringos". De 2000 para cá, já são 23 jogadores nascidos fora do Brasil a terem passado pelo Morumbi. Alguns fizeram muito sucesso já outros...



O uruguaio Diego Lugano é o jogador que melhor se adaptou e mais teve sucesso. Ele chegou sem qualquer grife, trazido e bancado pelo presidente Marcelo Portugal Gouvêa em 2003. Apesar da desconfiança, conquistou a torcida pelo espiríto de luta e entrega. Foi campeão de praticamente tudo: Paulista, Brasileiro, Libertadores e Mundial.

A passagem dele foi tão marcante, que depois de deixar o clube ao final de 2006 passou a ser recorrente torcedores gritarem seu nome nas arquibancadas como um pedido de raça ao time ou até mesmo na expectativa de vê-lo retornar ao Morumbi.

O reencontro ao final de 2015, quando fez parte da festa de despedida de Rogério Ceni, acabou o aproximando do São Paulo. E a diretoria cedeu aos pedidos da torcida e o recontratou. Mais velho, ele não vem fazendo tantos jogos quanto na primeira passagem, mas muitos torcedores querem a renovação de contrato dele.

Ficaram na lembrança

Em 17 anos, não há nenhum outro estrangeiro que tenha conseguido no São Paulo metade do que Lugano fez. Mas é possível citar casos de jogadores que agradaram.

O meia equatoriano Reasco teve boas atuações no São Paulo entre 2006 e 2008, sendo tricampeão brasileiro no clube. Especialmente em 2007, teve ótimos momentos na campanha da conquista nacional. Mas a trajetória foi trágica.

Perdeu o final da temporada 2006 por uma lesão na fíbula. Em agosto do ano seguinte, em seu melhor momento, fraturou a tíbia esquerda e só retornou em 2008.

O volante chileno Maldonado foi outro com currículo vitorioso no São Paulo. Ganhou um Paulista, um Torneio Rio-São Paulo (título inédito para o clube) e um Supercampeonato Paulista. Teve muito destaque na equipe entre 2000 e 2002.

Podem ser citados nesta lista mais dois atletas, que, no entanto, não foram campeões com o São Paulo. O lateral esquerdo uruguaio Alvaro Pereira, que defendeu o time entre 2014 e 2015, tendo inclusive sido convocado para a Copa do Mundo. Ele era um símbolo de raça e técnica. A lembrança mais marcante foi um jogo contra o Criciúma, quando chegou a desmaiar após um choque de cabeça, mas, ao se recuperar, quis continuar no jogo.

Outro nome do qual a torcida guarda boas lembranças é o atacante argentino Carelli. Ele jogou apenas no primeiro semestre de 2016. Demonstrava muita raça e técnica. Fez 16 gols em 31 jogos, deixando uma imagem muito positiva ao se despedir.

Para serem esquecidos
A quantidade de nomes neste caso é maior, especialmente se levar em conta aqueles que são odiados pelos torcedores do São Paulo.

O nome que encabeça essa lista é o lateral argentino Clemente Rodríguez. Ele chegou ao São Paulo em junho de 2013 e saiu em fevereiro de 2015, com apenas três jogos e uma expulsão. Ele ganhava R$ 150 mil por mês e ficou as últimas temporadas treinando separadamente do elenco profissional. Muitas vezes fazia isso em Cotia.

É difícil explicar porque ele não deu certo no São Paulo. O técnico que mais tempo conviveu com ele foi Muricy Ramalho, que jamais cogitou escalá-lo.

O zagueiro/lateral chileno Saavedra é outro caso. Chegou ao clube em julho de 2009. Na época, as referências é de que ele tinha o mesmo estilo de Lugano. Jamais conseguiu comprovar isso. Pior, nem atuou. Chegou a ser emprestado ao Atlético-GO em 2010. Ao retornar ao São Paulo, em março, foi dispensado sem remorso pela diretoria.

Os colombianos Dorlan Pabón e Wilder Guisao, ambos atacantes, também não deixaram saudade. O primeiro marcou apenas dois gols em 18 jogos. O segundo fez um tento em 13. Ou seja, ficaram bem distantes do que a torcida desejava.

Outros dois nomes que valem ser citados são o do lateral direito paraguaio Ivan Piris e o atacante venezuelano Rondón. O primeiro conseguiu ficar por duas temporadas (2011 e 2012). Mas nunca transmitiu a segurança desejada nem mesmo mostrou a habilidade que se esperava. O segundo jogou em 2004. Foram 11 partidas e nenhum gol anotado.

Veja abaixo todos os estrangeiros do São Paulo neste século:

Argentina
Ameli, 2002
Adrián González, 2009 até 2010
Cañete, 2011 até 2015
Clemente Rodríguez, 2013 até 2015
Centurión, 2015 até 2016
Calleri, 2016
Chávez, desde 2016
Buffarini, desde 2016
Lucas Pratto, desde 2017
Jonatan Gómez, desde 2017


Chile
Maldonado, 2000 até 2002
Saavedra, 2009 até 2010
Mena, 2016

Colômbia
Dorlan Pabón, 2014
Wilder Guisao, 2015

Equador
Reasco, 2006 até 2008
Robert Aborleda, desde 2017

Paraguai
Ayala, 2000
Piris, 2011 até 2012

Peru
Cueva, desde 2016


Uruguai
Lugano, de 2002 até 2006 e retornou 2016

Álvaro Pereira, 2014 até 2015

Venezuela
Rondón, 2004

*Em negrito, os jogadores que estão no elenco tricolor

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