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Zaga Tricolor põe planejamento de Ceni em xeque

Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Logo quando chegou ao Brasil depois da Florida Cup, torneio de pré-temporada nos Estados Unidos, em janeiro, Rogério Ceni detectou um problema de planejamento no São Paulo: havia zagueiros demais no elenco. Passados seis meses, o trabalho para formar a equipe é colocado em xeque outra vez. O motivo porém, parece ser exatamente inverso. Para enfrentar o Atlético-PR, nesta quarta-feira, às 21h45, na Arena da Baixada, o treinador terá apenas quatro zagueiros à disposição: Rodrigo Caio, Lugano, Militão e Douglas.



Quando o São Paulo deu o pontapé na temporada 2017, Rodrigo Caio, Maicon, Lyanco, Breno, Lucão, Douglas e Lugano disputavam posição no setor. Por isso, era considerado por Ceni como o único "bem servido", que não precisava de reforços.

"A zaga é a posição mais tranquila e difícil, ao mesmo tempo, porque eu tenho sete zagueiros. No momento, estou usando três porque tem o Rodrigo Caio [como volante], mas posso voltar com ele em uma linha de quatro para a zaga, e aí ficariam cinco fora. Então, é uma posição ingrata porque muitos vão ficar chateados, eu não gostaria de ter tantos jogadores de uma posição fora do banco. Mas eu não tenho o que fazer, esse desequilíbrio veio lá de trás. Eu não consigo desfazer", analisou Ceni no dia 27 de janeiro, tentando encontrar maneiras de minimizar o problema.

"O que tentei foi ter mais opções de ataque, ter mais opções de meio de campo, economizar dinheiro em algumas posições para promover jogadores da base. Isso é o que posso fazer. No caso dos zagueiros, é incompatível para mim porque eu não tinha saída. Inclusive, eu tinha mais dois, que eram o Tormena e o Lucas Kal, que poderia trazer para cá, é inviável. Eu ia fazer um time de zagueiros, talvez ."

Não demorou muito para a primeira baixa acontecer. Lyanco foi negociado com o Torino, da Itália, em março. O clube viu uma boa oportunidade ao receber a proposta de R$ 17,3 milhões dos italianos, sendo que o valor com performance pode chegar a R$ 24 milhões. Pouco utilizado pelo treinador e com a alegação de que precisava de mais oportunidade para recuperar o ritmo de jogo, Breno foi emprestado ao Vasco após o término do Campeonato Paulista. Pelo Tricolor, ele entrou em campo em cinco jogos oficiais, sendo que no time carioca já jogou sete duelos do Brasileiro.

Nesta semana, o clube perdeu mais um defensor. Após falhar na derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG e ser criticado pela torcida, no domingo (18), Lucão disse que "para a alegria de muitos, logo sairia do São Paulo". A declaração não foi bem recebida por diretoria e comissão técnica e o jogador deve ser negociado. Para o jogo desta quarta-feira, ele nem sequer foi relacionado para não atingir o limite de sete partidas no Nacional e seguir livre para se transferir para um outro clube do país.

A situação pode ficar mais complicada nos próximos dias. Lugano tem contrato com o São Paulo só até o fim do mês e ainda não decidiu se aceita a proposta de renovação apresentada nesta segunda-feira pelo clube. Vale destacar também que o uruguaio não é visto como uma das opções preferidas de Ceni - neste ano, ele só disputou oito jogos.

Com a abertura da janela de transferência, há assédio sobre os jogadores do São Paulo. Maicon está em negociação avançada com o Galatasaray, da Turquia, pediu para voltar ao futebol europeu e não deve mais defender o Tricolor. Convocado para a seleção brasileira e valorizado, Rodrigo Caio também está na mira de clubes italianos e espanhóis, mas o Tricolor não tem intenção de negociá-lo.

Por isso, o São Paulo agora vai ao mercado para tentar contratar jogadores para o setor. A diretoria está muito perto de um acerto com o equatoriano Robert Arboleda, que atua no Universidad Católica, de Quito. O clube também negocia com Aderlan Santos, que reserva do Valencia, da Espanha.

Rival também tem problemas na zaga

Se em 2016 a defesa foi o grande trunfo do Atlético-PR, em 2017 o time também enfrenta problemas defensivos. Já são 13 gols sofridos no Brasileirão, contra 32 da temporada passada, melhor desempenho do ano, ao lado do campeão Palmeiras. Em todo o ano, o Atlético foi vazado em 42 ocasiões, 21 delas em casa, na Arena, onde é conhecido por ser adversário dos mais duros. O custo disso é que, no Brasileirão, o Atlético ainda não venceu em casa após três partidas.

No Atlético há cinco jogos, Eduardo Baptista mexeu no sistema e colocou Paulo André no banco, promovendo Wanderson aos titulares ao lado de Thiago Heleno. Nos dois últimos jogos, nenhum gol sofrido. "A dupla de zaga será Wanderson e Thiago. Manteremos", afirmou o técnico. O time também experimenta nas laterais. Desde que Léo saiu, Jonathan tomou conta da direita. Na esquerda, Sidcley tem sido criticado pela torcida, que o quer no meio-campo. "O Sidcley foi bem na frente, fez gol, mas ele é importante atrás, na lateral esquerda. Temos de pesar tudo isso para montar a melhor equipe", desconversou.

Outra ausência em relação a 2016 é a de Hernani, volante que foi para o Zenit, da Russia. Ali, o Furacão sofre para achar uma solução. Já atuaram Lucho González, Eduardo Henrique, Otávio, Matheus Rossetto e Bruno Guimarães. Contra o São Paulo, a opção será Deivid, formado na base do clube e que viveu os últimos sete anos – e três jogos com ele em campo – do tabu do São Paulo na Arena da Baixada. "Quando começa a partida é uma nova história que temos que fazer dentro desses 90 minutos", disse.

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