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A primeira do São Paulo: saiba 25 curiosidades da Libertadores de 1992

Há exatos 25 anos, em Morumbi lotado, o São Paulo vencia o argentino Newell''s Old Boys por 1 a 0 no tempo normal, por 3 a 2 nos pênaltis e pegava gosto pela taça sul-americana

Raí fez o gol da final no Morumbi Reprodução





Telê não dava importância



O técnico Telê Santana priorizava o Brasileiro e não mostrava nenhuma empolgação com a Libertadores, tanto que escalou um time cheio de reservas para a estreia do São Paulo, que terminou derrotado por 3 a 0 pelo Criciúma. "Gosto de vencer jogando bola. Por isso, não me animo com essa competição", dizia o treinador, que se queixou tanto de que se ganhava o torneio nos bastidores que o então presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, cogitou puni-lo. Para alegria do Tricolor, a diretoria do clube conseguiu convencer Telê da importância da Libertadores.







Medo em Oruro



O embarque de La Paz para Oruro deixou traumas na delegação são-paulina. Não só pelos ?3.706m de altitude, que fazem o então preparador de goleiros Valdir de Moraes lembrar da viagem dizendo "Lá é tão alto que o avião desce, não sobe". A aeronave que transportou a delegação era do Exército boliviano, com cadeiras de madeira, apenas dois motores e as rodas à vista e bem próximas dos passageiros. Para piorar, o fim da viagem de 40 minutos foi em uma pista de terra. Apesar de tudo isso, e dos problemas com falta de ar durante o jogo, o São Paulo venceu o San Jose por 3 a 0.

Ônibus virou vestiário em La Paz



Para quem enfrentou os 3.706m de altitude de Oruro, os 3.640m que separam La Paz do mar não eram um problema tão grande. A dificuldade foi o trânsito para chegar ao estádio Hernando Siles: o ônibus da delegação virou vestiário. Os jogadores se trocaram lá mesmo e desceram do veículo direto para o campo. O São Paulo chegou com 15 minutos de atraso, dentro da tolerância permitida para não perder de W. O. Levou um gol cedo do Bolívar, mas Raí empatou nos minutos finais.



Roberto Carlos quase jogou naquele time



Para o lugar do afastado Nelsinho, a diretoria chegou a anunciar a contratação por empréstimo de Roberto Carlos, que estava no União São João de Araras. O São Paulo pagaria US$ 250 mil e repassaria Baiano, Ivan, Vitor, Cláudio e Gilmar Oliveira. Mas o clube do interior não queria cedê-lo de imediato, e o Tricolor preferiu apostar em Marcos Adriano, do Operário-MS. Roberto Carlos acabou no Palmeiras, onde iniciou carreira que culminou com passagens históricas por Real Madrid e Seleção Brasileira.

Criciúma, o grande rival



Campeão da Copa do Brasil de 1991, o Criciúma era o outro representante brasileiro na Libertadores de 1992 e foi o grande rival do São Paulo. Foram quatro encontros no torneio. Na primeira fase, os catarinenses venceram por 3 a 0 em casa e levaram 4 a 0 no Morumbi. Nas quartas de final, o Tricolor ganhou de 1 a 0 em seu estádio e se classificou com 1 a 1 fora. Mas tantos duelos deixaram os ânimos acirrados. Levir Culpi, técnico do Criciúma, começou a competição enaltecendo Telê e terminou o ironizando, já que o treinador são-paulino reclamava do estilo marcador da equipe catarinense. "Quem sabe consigo ganhar do Telê novamente por 4 a 1?", chegou a dizer, lembrando que, pela Inter de Limeira, goleou o Tricolor de Telê no Paulista de 1991. Em campo, a rivalidade ficou clara no jogo decisivo das quarto de final, quando Raí e Jairo Lenzi brigaram e foram expulsos pelo árbitro Márcio Rezende de Freitas. E a torcida catarinense não cansou de vaiar Telê, mesmo depois da confirmação da eliminação do Criciúma.

Zetti virou ídolo



Zetti foi revelado pelo Palmeiras nos anos 1980, em meio ao jejum de títulos do rival. Chegou ao São Paulo em 1990 e logo foi chamado de pé-frio por ter perdido o título brasileiro daquele ano para o Corinthians. Mas iniciou sua escalada à idolatria conquistando o Paulista e o Brasileiro de 1991, consagrando-se na Libertadores de 1992. Enfim, seus reflexos em campo eram coroados com a camisa tricolor - veja no vídeo as suas principais defesas pelo clube.



De veado a Pelé



Na primeira fase, Macedo foi titular no lugar de Muller, machucado, e sentiu-se como a maior vítima do empate por 1 a 1 com o San Jose de Oruro, no Morumbi. "Ouvi o Morumbi inteiro me vaiar e até fazer um coro para dizer que eu era veado. Tudo isso me chocou muito", disse o atacante ao jornal Gazeta Esportiva na época. Um mês depois, ele fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Criciúma, na ida das quartas de final, e sentiu-se craque. "Marquei um gol de Pelé. Fiz tudo muito rápido. Dominei a bola, girei o corpo e concluí. O goleiro ainda tentou, mas nem o Taffarel pegaria. Fiquei arrepiado quando a massa gritou o meu nome. Dei mais de mil autógrafos depois. Sempre entendi a torcida, ela que não me entendeu em alguns momentos", disse depois do jogo.



Time chegou à final em baixa



O São Paulo não chegou à final em alta. Nas semifinais, apesar de ter feito 3 a 0 sobre o Barcelona de Guaiaquil na ida, no Morumbi, levou 2 a 0 na volta, no Equador, em jogo que os campeões definiram como o mais difícil da campanha. O sufoco fez com que Telê apontasse queda de rendimento em seus jogadores, Raí admitiu que estava deixando a desejar e o artilheiro Palhinha precisou explicar que não era pipoqueiro. As cobranças naquele momento eram tão grandes que, no time hoje tão lembrado pela qualidade técnica, Cafu chegou a dizer que a força da equipe era a garra.



Maior público pagante da história fez Galvão chorar



A decisão contra o Newell's Old Boys fez com que 105.185 pessoas comprassem ingresso para entrar no Morumbi, formando o maior público pagante da história da Libertadores. O ambiente e a festa, com ampla invasão de campo, emocionaram Galvão Bueno. "Jamais vi isso no Morumbi! Com tantos anos de estrada, as lágrimas me vêm aos olhos!", disse o narrador, que transmitia o jogo pela rede OM, retransmitida em São Paulo pela TV Gazeta.















Cafu não se deslumbra



Cafu tinha acabado de completar 22 anos de idade quando conquistou aquela Libertadores e já era jogador da Seleção Brasileira. Mas, há 25 anos, já tratou de avisar que não gastaria o dinheiro que ganhou com o título sul-americano. "Aplico o meu dinheiro, pois sei que vem fácil e vai fácil", disse o lateral direito ao jornal Gazeta Esportiva, em meio à festa.

O jogo!



Nada dá mais alegria ao torcedor são-paulino do que rever os melhores momentos daquela partida, com o time devolvendo a derrota que teve na ida, por 1 a 0, na Argentina, e vencendo por 3 a 2 nos pênaltis. Lembre a ficha técnica da decisão: FICHA TÉCNICA SÃO PAULO 1 (3) x (2) 0 NEWELL'S OLD BOYS Local: Morumbi, em São Paulo (SP) Data-Hora: 17/6/1992 Árbitro:José Joaquín Torres Cadenas (Colômbia) Assistentes: Jorge Zuluaga e John Redón (ambos da Colômbia) Público/renda: 105.185 pagantes; Renda: Cr$ 1.072.490.000,00 Gol: Raí (pênalti), 22'/2 SÃO PAULO: Zetti, Cafu, Antônio Carlos, Ronaldão e Ivan; Adílson, Pintado e Raí; Muller (Macedo), Palhinha e Elivélton. Técnico: Telê Santana. NEWELL'S OLD BOYS: Scoponi, Saldaña, Gamboa (capitão), Pocchettino e Berizzo; Llop, Berti e Martino (Domizzi); Zamora, Lunari e Mendoza. Técnico: Marcelo Bielsa.


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