O tom baixo nas palavras tenta passar a falsa ideia de controle emocional. O apelo a qualquer estatística que possa distrair os jornalistas. A confiança de encarar o entrevistado, adquirida nos 25 anos de idolatria dentro do campo. As pitadas de arrogância e prepotência para negar a realidade.
Ele sabe que qualquer um no seu lugar estaria demitido.
Três eliminações seguidas, frustração na estreia do Brasileiro.
Trocas constantes de esquemas táticos.
O time cada vez pior.
Tudo isso é contornável porque Rogério Ceni tem as 'costas quentes'. Ou seja, tem proteção do milionário, seu amigo particular e fã, quase um tiete, Vinicius Pinotti. O homem que emprestou o dinheiro para a compra de Centurión ganhou um cargo na diretoria. Se aproximou do seu maior ídolo, Ceni. Mostrou a tatuagem que fez com o distintivo do São Paulo no braço direito. Viraram amigos.
Milionário e bem relacionado, Pinotti foi promovido pelo presidente. Deixou o marketing e, com seu 'amplo' conhecimento como torcedor, virou o responsável pelo futebol do São Paulo. E sua primeira atitude é proteger o ídolo que o trata como amigo. Os quatro meses de trabalho do técnico já serviram para matar duas das três chances do clube de chegar à Libertadores em 2018, o objetivo deste ano.
A Copa do Brasil se foi. Assim como a Copa Sul-Americana. Eliminações precoces, desperdício de milhões. Agora só resta o Brasileiro. E o time estreou com derrota e péssimo futebol contra o Cruzeiro.
A rodada marca o próximo jogo só daqui a uma semana.
Contra o fraco Avaí, segunda-feira, no Morumbi.
Chance de recuperação; vitória fácil; promessa de reviravolta; desabafos contra a imprensa; abraços combinados dos jogadores no treinador, para demonstrar apoio; entrevista emocionada de Ceni; sorrisos do dirigente/torcedor Pinotti; livre acesso na sala da presidência no Morumbi, a conselheiros influentes.
Este seria o previsível roteiro.
Não fosse por um detalhe importante.
Rogério Ceni não está suportando a pressão. E começa a cometer o suicida erro de treinadores ameaçados. Repassar a culpa das derrotas aos jogadores. Isso sempre foi veneno para o ambiente de qualquer time, seleção.
"O jogo estava parelho. Mas nós tomamos um gol medonho, chega a ser medonho tomar gol numa bola de lateral (...) Se eu te falar que o Cueva vive sua melhor fase eu estarei mentindo para você."
Basta ter alguns neurônios para analisar o que o técnico disse na coletiva, após mais uma derrota. O jogo contra o Cruzeiro estava igualado, equilibrado. Até que a desatenção infantil de Maicon, que perdeu tempo precioso chutando a bola longe ao sair pela lateral, enquanto o Cruzeiro já cobrava nas suas costas e marcava o gol da vitória mineira.
Mesmo usando uma palavra pouco corriqueira no futebol, 'medonho' repassa a culpa para o experiente zagueiro são paulino. É como se o treinador tivesse a certeza de que o time seguraria ao menos o empate, se não fosse Maicon tentar mostrar o nível alto de testosterona dando o inútil chutão.
Maicon é um dos líderes do grupo. Sabe que o clube envolveu quase R$ 25 milhões para tirá-lo do Porto. Foram R$ 20 milhões e mais 50% de duas revelações. Isso para um jogador de 27 anos. Ele completará 29, em setembro. Empresários já tentam uma transação com a Turquia. O seu futebol não agradou. A fase que merecia o apelido 'God of Zaga' ficou para trás. Se mostra um jogador voluntarioso, mas sem tantos recursos como parecia, ao ser contratado no ano passado.
Perdeu a aura de intocável.
O clube tentará negociá-lo na abertura da janela no meio do ano.
O que não pode acontecer é Rogério Ceni desvalorizá-lo.
E pior, deixar o ambiente ruim.
Maicon tem grande influência no elenco.
Assim como o peruano Cueva.
Está claro que ele não está suportando a maratona de jogos importantes no futebol brasileiro e as viagens para servir o Peru nas Eliminatórias. Ele teve de apressar sua recuperação de uma distensão na coxa esquerda, contra o Uruguai. Seu rendimento caiu. Até porque ele está muito mal acompanhado no meio de campo do São Paulo. Ele é o único jogador com talento para a criação. E costuma ser marcado de perto e de forma dura pelos adversários do São Paulo.
Rogério Ceni deixa claro que deseja outro meia.
Não quer mais depender apenas do peruano.
Cueva é um jogador muito sensível.
Acostumado a ser adulado desde que surgiu no San Martín.
Era ídolo no Allianza Lima e no Toluca.
Não está acostumado com cobranças públicas de treinadores.
Não bastasse questionar Maicon e Cueva, Rogério Ceni segue titubeando em relação a Neilton. Não quer admitir publicamente o fracasso de um dos seus primeiros pedidos como treinador. Quis o jovem atacante. Acreditava que seria seu jogador mais agudo pelas beiradas do campo. Só que em 11 partidas que disputou, além de ir mal demais, não conseguiu marcar um gol sequer. Ceni perdeu a paciência. E a diretoria não quer mais perder dinheiro e decidiu devolvê-lo ao Cruzeiro, com a anuência do técnico. Ele não acreditava que a notícia vazasse antes do jogo de ontem. O que só deixou o clima mais tenso.
Rogério também está se perdendo nas suas declarações.
Antes da partida contra o Cruzeiro, ele garantiu.
Não atuaria com três zagueiros.
Foi exatamente o que fez em Belo Horizonte.
"Eu não posso dizer tudo que vou fazer, se não ficaria fácil para o adversário", tentou justificar. Mas Rogério precisa aprender que não precisa mentir. Até porque será cobrado no dia seguinte. Treinador de um clube importante como o São Paulo não pode se esconder atrás de jogadores ou mentiras.
Agora, vem a falta de coerência.
Indefinição na maneira tática de montar o time.
Espelhando insegurança aos atletas.
As declarações de Ceni seguem sendo cada vez mais vazias e sem conexão com a realidade. Algo perturbador.
O clube já foi eliminado do Paulista, da Copa do Brasil, da Copa Sul-Americana. Na sequência. Começou o Brasileiro com derrota. E está jogando cada vez pior.
"Não vejo um começo de temporada tão ruim. Se analisar os número de jogos e de derrotas nos jogos não é tão ruim. É que foi eliminado em mata-mata e isso chama atenção. Hoje jogou de igual para igual com o Cruzeiro, a diferença foi um gol de lateral. Não vivemos o melhor momento no ano. Tivemos momentos melhores. Jogamos futebol de melhor nível nos dois primeiros meses.
"Tivemos lesões, como o Morato, o Wellington Nem, no qual tenho muita expectativa, se lesionou. As opções de 10, 7 e 11 diminuíram pelas lesões. O que dá para fazer pelo time mais ofensivo nós fizemos. Infelizmente o Cruzeiro faz o gol e aí temos de tomar iniciativa. Concordo que não vivemos o melhor momento. Mas não vejo uma temporada ruim, os resultados ruins foram pontuais e nos tiraram de competições."
Enquanto Rogério Ceni foge da realidade, a diretoria tenta buscar reforços.
Nilmar e Everton Ribeiro seguem como prioridades.
A única coisa animadora é saber que o próximo adversário é o fraco Avaí, no Morumbi. O departamento de marketing deverá anunciar nova promoção, com ingressos mais baratos para segunda-feira.
Só assim para garantir torcedores.
Mas esquecem que, na terceira rodada, há o Palmeiras.
Os fracassos e o fraco futebol do time são assustadores.
Pior, só as entrevistas e a postura de Rogério Ceni.
A cada dia ele demonstra o quanto ainda não está pronto.
Deveria ter terminado o curso de treinador na Europa.
Pode ser ídolo, mas se mostra um novato despreparado.
Ainda longe de poder comandar o grande São Paulo Futebol Clube.
Inquestionável é o amadorismo dos dirigentes.
Principalmente Leco e Pinotti.
Olham para o técnico e enxergam o goleiro, o ídolo.
Agem como tietes...
Ele sabe que qualquer um no seu lugar estaria demitido.
Três eliminações seguidas, frustração na estreia do Brasileiro.
Trocas constantes de esquemas táticos.
O time cada vez pior.
Tudo isso é contornável porque Rogério Ceni tem as 'costas quentes'. Ou seja, tem proteção do milionário, seu amigo particular e fã, quase um tiete, Vinicius Pinotti. O homem que emprestou o dinheiro para a compra de Centurión ganhou um cargo na diretoria. Se aproximou do seu maior ídolo, Ceni. Mostrou a tatuagem que fez com o distintivo do São Paulo no braço direito. Viraram amigos.
Milionário e bem relacionado, Pinotti foi promovido pelo presidente. Deixou o marketing e, com seu 'amplo' conhecimento como torcedor, virou o responsável pelo futebol do São Paulo. E sua primeira atitude é proteger o ídolo que o trata como amigo. Os quatro meses de trabalho do técnico já serviram para matar duas das três chances do clube de chegar à Libertadores em 2018, o objetivo deste ano.
A Copa do Brasil se foi. Assim como a Copa Sul-Americana. Eliminações precoces, desperdício de milhões. Agora só resta o Brasileiro. E o time estreou com derrota e péssimo futebol contra o Cruzeiro.
A rodada marca o próximo jogo só daqui a uma semana.
Contra o fraco Avaí, segunda-feira, no Morumbi.
Chance de recuperação; vitória fácil; promessa de reviravolta; desabafos contra a imprensa; abraços combinados dos jogadores no treinador, para demonstrar apoio; entrevista emocionada de Ceni; sorrisos do dirigente/torcedor Pinotti; livre acesso na sala da presidência no Morumbi, a conselheiros influentes.
Este seria o previsível roteiro.
Não fosse por um detalhe importante.
Rogério Ceni não está suportando a pressão. E começa a cometer o suicida erro de treinadores ameaçados. Repassar a culpa das derrotas aos jogadores. Isso sempre foi veneno para o ambiente de qualquer time, seleção.
"O jogo estava parelho. Mas nós tomamos um gol medonho, chega a ser medonho tomar gol numa bola de lateral (...) Se eu te falar que o Cueva vive sua melhor fase eu estarei mentindo para você."
Basta ter alguns neurônios para analisar o que o técnico disse na coletiva, após mais uma derrota. O jogo contra o Cruzeiro estava igualado, equilibrado. Até que a desatenção infantil de Maicon, que perdeu tempo precioso chutando a bola longe ao sair pela lateral, enquanto o Cruzeiro já cobrava nas suas costas e marcava o gol da vitória mineira.
Mesmo usando uma palavra pouco corriqueira no futebol, 'medonho' repassa a culpa para o experiente zagueiro são paulino. É como se o treinador tivesse a certeza de que o time seguraria ao menos o empate, se não fosse Maicon tentar mostrar o nível alto de testosterona dando o inútil chutão.
Maicon é um dos líderes do grupo. Sabe que o clube envolveu quase R$ 25 milhões para tirá-lo do Porto. Foram R$ 20 milhões e mais 50% de duas revelações. Isso para um jogador de 27 anos. Ele completará 29, em setembro. Empresários já tentam uma transação com a Turquia. O seu futebol não agradou. A fase que merecia o apelido 'God of Zaga' ficou para trás. Se mostra um jogador voluntarioso, mas sem tantos recursos como parecia, ao ser contratado no ano passado.
Perdeu a aura de intocável.
O clube tentará negociá-lo na abertura da janela no meio do ano.
O que não pode acontecer é Rogério Ceni desvalorizá-lo.
E pior, deixar o ambiente ruim.
Maicon tem grande influência no elenco.
Assim como o peruano Cueva.
Está claro que ele não está suportando a maratona de jogos importantes no futebol brasileiro e as viagens para servir o Peru nas Eliminatórias. Ele teve de apressar sua recuperação de uma distensão na coxa esquerda, contra o Uruguai. Seu rendimento caiu. Até porque ele está muito mal acompanhado no meio de campo do São Paulo. Ele é o único jogador com talento para a criação. E costuma ser marcado de perto e de forma dura pelos adversários do São Paulo.
Rogério Ceni deixa claro que deseja outro meia.
Não quer mais depender apenas do peruano.
Cueva é um jogador muito sensível.
Acostumado a ser adulado desde que surgiu no San Martín.
Era ídolo no Allianza Lima e no Toluca.
Não está acostumado com cobranças públicas de treinadores.
Não bastasse questionar Maicon e Cueva, Rogério Ceni segue titubeando em relação a Neilton. Não quer admitir publicamente o fracasso de um dos seus primeiros pedidos como treinador. Quis o jovem atacante. Acreditava que seria seu jogador mais agudo pelas beiradas do campo. Só que em 11 partidas que disputou, além de ir mal demais, não conseguiu marcar um gol sequer. Ceni perdeu a paciência. E a diretoria não quer mais perder dinheiro e decidiu devolvê-lo ao Cruzeiro, com a anuência do técnico. Ele não acreditava que a notícia vazasse antes do jogo de ontem. O que só deixou o clima mais tenso.
Rogério também está se perdendo nas suas declarações.
Antes da partida contra o Cruzeiro, ele garantiu.
Não atuaria com três zagueiros.
Foi exatamente o que fez em Belo Horizonte.
"Eu não posso dizer tudo que vou fazer, se não ficaria fácil para o adversário", tentou justificar. Mas Rogério precisa aprender que não precisa mentir. Até porque será cobrado no dia seguinte. Treinador de um clube importante como o São Paulo não pode se esconder atrás de jogadores ou mentiras.
Agora, vem a falta de coerência.
Indefinição na maneira tática de montar o time.
Espelhando insegurança aos atletas.
As declarações de Ceni seguem sendo cada vez mais vazias e sem conexão com a realidade. Algo perturbador.
O clube já foi eliminado do Paulista, da Copa do Brasil, da Copa Sul-Americana. Na sequência. Começou o Brasileiro com derrota. E está jogando cada vez pior.
"Não vejo um começo de temporada tão ruim. Se analisar os número de jogos e de derrotas nos jogos não é tão ruim. É que foi eliminado em mata-mata e isso chama atenção. Hoje jogou de igual para igual com o Cruzeiro, a diferença foi um gol de lateral. Não vivemos o melhor momento no ano. Tivemos momentos melhores. Jogamos futebol de melhor nível nos dois primeiros meses.
"Tivemos lesões, como o Morato, o Wellington Nem, no qual tenho muita expectativa, se lesionou. As opções de 10, 7 e 11 diminuíram pelas lesões. O que dá para fazer pelo time mais ofensivo nós fizemos. Infelizmente o Cruzeiro faz o gol e aí temos de tomar iniciativa. Concordo que não vivemos o melhor momento. Mas não vejo uma temporada ruim, os resultados ruins foram pontuais e nos tiraram de competições."
Enquanto Rogério Ceni foge da realidade, a diretoria tenta buscar reforços.
Nilmar e Everton Ribeiro seguem como prioridades.
A única coisa animadora é saber que o próximo adversário é o fraco Avaí, no Morumbi. O departamento de marketing deverá anunciar nova promoção, com ingressos mais baratos para segunda-feira.
Só assim para garantir torcedores.
Mas esquecem que, na terceira rodada, há o Palmeiras.
Os fracassos e o fraco futebol do time são assustadores.
Pior, só as entrevistas e a postura de Rogério Ceni.
A cada dia ele demonstra o quanto ainda não está pronto.
Deveria ter terminado o curso de treinador na Europa.
Pode ser ídolo, mas se mostra um novato despreparado.
Ainda longe de poder comandar o grande São Paulo Futebol Clube.
Inquestionável é o amadorismo dos dirigentes.
Principalmente Leco e Pinotti.
Olham para o técnico e enxergam o goleiro, o ídolo.
Agem como tietes...
VEJA TAMBÉM
- Titular não renovou e pode acabar reforçando clube brasileiro
- Veja a tabela de jogos do São Paulo na fase de grupos da Libertadores 2024
- Site de acompanhantes quer estampar camisa do São Paulo