Charles Hembert é francês e auxiliava a seleção brasileira na logística fora do país

Rogério Ceni chegou ao Morumbi em dezembro com dois auxiliares indicados por ele: Michael Beale e Charles Hembert. Se Beale vive cercado de elogios, por causa de seu conhecimento tático e atuação no dia a dia de treinos, Hembert tem colecionado problemas dentro do CT da Barra Funda.

O motivo: seu estilo centralizador. Na teoria, cabe ao francês cuidar de toda a logística do Tricolor. Ele já exercia função semelhante nas partidas internacionais da seleção brasileira. As reclamações em relação ao braço direito de Ceni têm a ver com outras atribuições que Hembert está tentando assumir.

E o maior desgaste é com os jornalistas que cobrem o dia a dia do São Paulo. Parceiro do treinador desde que eles se conheceram, durante curso da Federação Inglesa de Futebol, Hembert quer atuar como uma espécie de gerente de comunicação sem ter qualquer conhecimento e das particularidades do clube.

Até por isso, já entrou em rota de colisão com jornalistas com muito tempo de casa e outros que representam emissoras importantes.

No meio dessa queda de braço, Rogério Ceni tende a ficar do lado de seu auxiliar técnico. Isso porque se isolou demais de todos desde que assumiu o cargo de treinador. As únicas pessoas com quem o Mito divide opiniões são Hembert e Beale.

A pausa nos jogos pode ajudar a acalmar os ânimos na Barra Funda. Pelo menos esse é o planejamento interno, diante da convicção de que o enfrentamento com a imprensa pode prejudicar o trabalho do francês. O São Paulo só volta a campo na próxima semana, no jogo de volta contra o Defensa y Justicia, da Argentina, pela Copa Sul-Americana - houve empate em 0 a 0 fora de casa.