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Leco fica fortalecido após reeleição no São Paulo; oposição promete 'chumbo'

Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco

Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, 79, teve motivos de sobras para comemorar na noite de terça-feira. Além de ser reeleito para um mandato que vai durar três anos e nove meses, ele viu os três candidatos da situação ao conselho de administração (novo órgão dentro do clube) serem eleitos. Assim, ganhou muito mais força na sua nova gestão.



Os eleitos foram Júlio Casares, com 133 votos, Silvio Médici, com 131, e Adilson Alves Martins, com 131, todos conselheiros que votaram em Leco no pleito de terça. Eles eram os únicos representantes da situação no eleição para o conselho de administração e concorreram contra seis da oposição - Danilo Decoussau, Eduardo Alfano, Jaime Franco, Sidney Gonçalves, Silvio Antonio Cassiano e Sylvio Alves de Barros Filho.

A criação de um conselho de administração é uma exigência do novo estatuto do São Paulo e terá ao todo nove integrantes para decidir de forma colegiada os rumos do clube até 31 de dezembro de 2020, quando terminará o mandato da atual diretoria.

Além dos três eleitos, fazem parte deste órgão o presidente (Leco) e o vice (Roberto Natel) do clube. Outros três membros serão nomeados pelo próprio mandatário e o último integrante será nomeado pelo conselho consultivo, órgão que é composto por ex-presidentes do clube e são-paulinos ilustres como o empresário Abílio Diniz.

O conselho consultivo tem como presidente José Eduardo Mesquita Pimenta, que foi mandatário do clube entre 1990 e 1994 e concorreu à presidência na última terça-feira. Ainda que o órgão nomeie alguém contrário a atual gestão, Leco terá maioria absoluta. O que significa em tese que terá maior apoio nos caminhos que apontar para o clube.

Não há um prazo pré-determinado para que todos os integrantes sejam conhecidos. Leco afirmou que é prematuro pensar em uma definição nos próximos 15 dias, pois ainda terá de se reunir com seus aliados. Mas o cartola antecipou que o ex-jogador Raí, um dos maiores ídolos tricolores, será convidado para compor o conselho de administração.

Pessoas próximas ao presidente, avaliam que entre 20 e 25 dias tudo já estará definido. Um dos motivos é que a escolha dos executivos que vão ocupar cargos vitais em departamentos como o futebol precisam ter aval também do conselho de administração.

Além da reeleição e dos membros do conselho de administração serem maioria da situação, Leco ainda viu o aliado Marcelo Pupo ser reeleito presidente do conselho deliberativo, o que coroou de vez a noite do grupo da situação no Morumbi.

"Hoje tenho a consciência de estar mais seguro, experiente e conhecedor do São Paulo. Ganhar da forma como ganhei e de todas as pessoas que eu ganhei me dá um sabor excepcionalmente bom", disse Leco no discurso da vitória. Depois amenizou o tom.

"Se a oposição tem a fórmula mágica do fundo de investimento, basta me trazer. Tudo o que for bom para o São Paulo será bem recepcionado. Só que eu não acredito em milagres. Não consigo vislumbrar a possibilidade de ter o tal fundo de investimentos da forma como isso foi apregoado. Estou aberto a qualquer contribuição ou ideia que possa se bom para a instituição", afirmou ao atender os jornalistas.

Oposição se sente fortalecida

Apesar de ter sofrido uma derrota tripla - isto é, perdeu a presidência do clube com José Eduardo Mesquita Pimenta, a presidência do conselho deliberativo com José Roberto Ópice Blum e as três vagas dentro do conselho de administração, os conselheiros que compõe o grupo de oposição deixaram o Morumbi parcialmente satisfeitos.

Do lado de fora do salão nobre os gritos foram de "Pimenta, Pimenta". Alguns chegaram a comentar que agora temem até o rebaixamento, disparando críticas a Leco.

Para Mesquita, a diferença de 124 votos a 101 demonstrou que "a oposição renasceu" e por isso deixou o Morumbi prometendo cobranças e fiscalização à gestão.

"Voltei a pedido do grupo, infelizmente não deu. O importante é que a oposição saiu fortalecida. 2020 está muito longe, até lá vou continuar exercendo a presidência do conselho de administração", disse Pimenta, antes de ir embora.

Blum, que faz parte da comissão de ética do São Paulo e foi o responsável pelos pareceres que resultaram na expulsão de Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro do conselho, foi além. Mesmo derrotado na eleição do conselho deliberativo saiu orgulhoso.

"A oposição deu um voto de esperança. E esse voto quer dizer que se não andarem direito vai ter chumbo", afirmou Blum na saída do Morumbi.

Ele lembrou também que investigações importantes foram encaminhadas pela comissão de ética ao conselho deliberativo - como o caso envolvendo a compra do lateral esquerdo Jorginho Paulista, em 2002, e um prejuízo de R$ 4,6 milhões aos cofres do São Paulo pelo não pagamento de uma comissão de R$ 736 mil aprovada na época por Leco.

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